But daddy i love him

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Regis, pai de Jubelian:

"-Não vou permitir esse relacionamento, terminem!

-Papai, é vergonhoso o que vou dizer, mas até hoje só experimentei amores unilaterais, e essa é a primeira vez que me sinto amada. Me desculpe, mas eu o amo, pai.

-Eu me recuso a terminar. -Maximiliam me enfrenta na frente da minha filha..."

Maximiliam, aquele bastardo, como ele ousa pensar em ter Jubel para si?

Acaricio minha têmpora, que nesse momento parece prestes a explodir. Como pôde minha filha ter um dedo tão ruim para escolher namorados? Não faz nem um mês que tive que chutar alguns desgraçados que a chamaram para acompanhá-la a um baile.

Ninguém é bom o suficiente para Jubelian, estou apenas seguindo suas próprias ambições. Minha filha me disse casualmente que para ter um homem perfeito, ele deveria ser mais forte que eu. Não há ninguém nesse reino mais forte que eu, o herói de guerra.

É por isso que meu maldito discípulo, o príncipe herdeiro não tocará na minha filha. Não importa se vou precisar queimar o palácio inteiro, ou até mesmo o reino.

Não permitirei que minha filha tão linda se meta em uma vida tão enfadonha como a família real, principalmente tendo o imperador como sogro. Não posso permitir que ela tenha contato com o homem que arruinou nossas vidas.

Encaro a janela por um momento, e sei que depois dessa discussão e ter cortado laços com Max, essa pequena criança irá apenas se revoltar, e logo Jubel irá perceber sua personalidade. Mas olhando com atenção, sua expressão está suave, e posso jurar que vi esse garoto que é conhecido como o demônio na família imperial corar.

Passei os últimos dez anos tentando fazer com que sua personalidade suavizasse, estar em uma guerra não significa que deva viver para sempre uma guerra. Não é necessário travar inúmeras batalhas com todos ao seu redor. Mas o garoto está cego de raiva, e sei que com razão, mas sua vazão de raiva o tornou um tirano.

Estaria Maximiliam mudando? E Jubel seria a influência para que ele fosse melhor?

Não posso acreditar, até poucos meses atrás ele menosprezava qualquer contato próximo, e se recusava a ter pessoas em que amasse, não querendo construir fraquezas. É assim que Max é, desde que sua mãe morreu fechou seu coração e não entende as necessidades mais básicas como empatia, e não posso permitir que um tipo desses sente-se ao lado da minha preciosa filha que é puro amor. Essa criança não merece uma vida dessa forma.

Suspiro frustrado, a culpa é inteiramente minha por não ter cuidado melhor dela, não ter mantido meu discípulo o mais longe possível dela.

Max me encara de relance, e ainda estou irritado, não é possível que ele tenha esquecido que há poucos meses chamou minha filha de rata enquanto conversava comigo de forma privada e ela passou por perto do recinto.

Nunca irei o perdoar por no dia 24 de fevereiro chamá-la de rata. Não acredito em sua mudança.

Os dois retornam para minha frente, e estou tentado a simplesmente sacar minha espada e cravar no tronco desse delinquente.

-Papai, Max quer dizer algo. -Jubel exibe um sorriso lindo e preciso de muito para não derreter.

-Eu peço desculpas pela minha insolência, mestre. Fui longe demais. -Quase reviro os olhos, profundamente irritado.

-Não me lembro de ter um discípulo. -Digo rancoroso, nossa última discussão foi para valer, não retornarei minhas palavras.

Travamos uma guerra pelo olhar, e tenho certeza que sairei vitorioso. Esse bastardo não terá minha filha.

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