Eu sabia muito bem quais eram as intenções da minha amiga Jéssica com aquele convite do final de semana. Ela não me falou com todas as letras, mas parecia que queria me afastar de tudo quanto é tipo de lugar que tivesse homem. Ela queria me deixar sob as asas dela, longe dos perigos noturnos. Jéssica era tão infantil, mas ao mesmo tempo parecia haver um instinto maternal muito bonito nela. Coisa que nunca senti da minha mãe, que não estava nem aí para o que eu fizesse.
O problema todo foi que, depois que algumas alunas infelizes e fofoqueiras me viram chupando o pau do gostoso do Léo no banheiro da escola, minha reputação nunca mais foi a mesma. E foi nesse momento que eu só confirmei minha teoria, de como esse mundo é machista! Com o Léo ninguém falou nada, pelo contrário, ele saiu com fama de garanhão.
Leonardo virou o herói do colégio. Rapazes passaram a fazer questão de tê-lo como companhia nas rodinhas de conversa nos intervalos, e um monte de garota começou a pedir para ficar com ele. Já com nós mulheres, a coisa muda de figura, o buraco é mais embaixo. Pergunte-me como ficou a minha fama? Eu nem preciso responder! A sorte foi que conseguimos colar grau. Ufa!
Eu não era fácil mesmo, isso eu admito. Gostava de aproveitar, beijar na boca... comecei a transar cedo, com quinze anos, foi meu primeiro namorado. E coisa boa depois que a gente começa a fazer não consegue mais parar, ou consegue? Eu tinha culpa por gostar de sexo? Quem é que não gosta? Sempre me disseram que uma vez que eu começasse a fazer, já era... ia querer fazer sempre, para o resto da vida. E não estavam errados.
Pois é, mas o caso que vou contar em detalhes agora foi a maior loucura que eu fiz, e olha que comigo não tinha frescura.
E o que aconteceu, mudou a minha vida para sempre.
Pois minha inocente amiga Jéssica se enganou bem quando pensou que ia me segurar, que eu ficaria quietinha na casa dela. Eu até pensei mesmo que isso ia acontecer, que ia ser um tédio esse final de semana, que eu ia ficar na minha, assistindo a séries e comendo pipoca com a Jéssica e seus pijamas de frio coloridos que ela vestia por causa do ar-condicionado na mansão dela.
Mas quando a minha amiga me apresentou o pai dela... que puta coroa gostoso, meu Deus. Não. Aquele homem era um pecado, era uma covardia! Eu nunca vi macho igual em toda a minha vida, juro. Moços e rapazes viravam moleques perto dele, fracotes, tudo sem graça. Aquilo sim era homem, homem de verdade, com H maiúsculo. Grande, largo, forte, bruto, cara de mau. O semblante duro, a voz grossa, firme, parecia que ia me engolir com aqueles olhos cor de mel, penetravam minha alma, eu me arrepiava toda. O rosto lindo. Lindo! O cabelo curtinho, só uma sombra de barba por fazer, bem aparada. Ai, chega!
Eu já adianto de uma vez, eu não tinha a menor intenção, nem nunca tinha ficado com um homem da idade dele, mas eu não consegui não notar aquele cara, foi impossível, me veio uma atração na hora! Pareceu que um banho de lava de fogo veio me queimando, meu corpo foi tomado de tesão, arrepio, a pulsação alterou, eu me despertei, me inquietei. E não foi só da minha parte, porque eu vi muito bem o jeito que ele me olhou.
Safado...
Foi por isso que...
Bom, deixa eu contar como foi aquele final de semana.
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Assim, Paizinho - Segunda Edição
Lãng mạnEla era uma mocinha sem limites. Ele era um homem feito e vivido. Ela não pensava em se apaixonar. Ele foi correto e fiel e teve o coração ferido. Era para não acontecer nada. Ele era o pai da sua melhor amiga. Uma paixão proibida. Um desejo avassal...