Patronos

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Voltei para o quarto quase correndo depois do jantar. Sirius me acompanhou. Mas James já estava dormindo.

Parecia ter desmaiado na cama de exaustão. Sirius me garantiu avisar McGonagall que ele estava bem e eu prometi ficar de olho nele.

Deixei a porta do quarto dele aberta e a minha também, para escutar alguma coisa de madrugada se preciso, mas depois do banho, acabei puxando uma cadeira e dormi no quarto dele. Velando seu sono.

Tentei acordar James para a primeira aula, mas ele nem se mexeu. Eu tive que correr para não perder a aula e voltei para vê-lo assim que acabou.

Todos estávamos preocupados.

Sirius perdeu a segunda aula tentando acordar James e na terceira eu levei Minerva para vê-lo. Que me garantiu que ele estava bem.

James apareceu na hora do almoço, banho tomado e parecendo o mesmo de sempre com um sorriso no rosto.

— Ele está vivo! — Sirius gritou animado com os braços abertos nos assustando e indo abraçar James.

— Bem-vindo de volta dos mortos. — Peter brincou e James sorriu.

— Por que não me acordaram? —  Ele perguntou se sentando ao meu lado para comer.

— Nós tentamos. Algumas vezes. — Eu resmunguei e Remus contou tudo que ele perdeu de manhã.

Contamos para ele que todos nós tentamos acordá-lo, até mesmo a professora e ninguém conseguiu.

Essa conversa durou todo o almoço entre piadinhas dos rapazes e as meninas querendo saber de tudo, pois elas ainda não sabiam do feitiço.

Depois disso meu único tempo livre eu tive que aplicar uma detenção após o jantar, então não vi James sozinho e estava até contente com isso. Eu não queria falar sobre o que vimos. Sobre o casamento, sobre o filho.

Será que foi tudo imaginação? Tudo real? Que merda foi aquele feitiço? Me deu mais dúvidas do que respostas.

Voltei para o quarto após a detenção, cansada. Ele estava como sempre, na mesa trabalhando em relatórios de monitoria.

Me joguei no sofá do salão dos monitores e ele se virou na cadeira para me olhar.

— Dia difícil? — Me perguntou com um sorriso de lado, largando a pena.

— Cabeça cheia. — Respondi e ele concordou com um aceno parecendo saber exatamente sobre o que eu falava.

James se levantou e veio ao sofá e se sentou no chão, perto das minhas pernas. Apoiou os braços no joelho e suspirou cansado.

— Como saberemos se o que vimos é real? — Perguntei mais para mim mesma e ele suspirou novamente.

— Talvez com o tempo. — Ele afirmou sem me olhar.

Fitei sua nuca apreensiva.

— James! — Pedi suplicante sem saber bem pelo quê.

— Tem um jeito. — Ele comentou parecendo que pensou muito no assunto. — Patronos. — Me respondeu e eu balancei a cabeça negando.

— Não! — Eu disse quase gritando em pânico. 

— Eu também quero saber. — Ele afirmou entre dentes chateado passando as mãos pelos cabelos.

— Eu não estou pronta para falar sobre isso, James! — Confessei e ele assentiu.

— Não precisamos falar sobre nada até você estar pronta. — Ele afirmou parecendo uma promessa. — Mas eu preciso saber. — Repetiu cansado. — Por favor!

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