Sete

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"Está pronta, Joohyun?" Wendy bateu suavemente na porta do quarto. Joohyun ajeitou o gorro em sua cabeça e caminhou até a porta, abrindo-a vagarosamente e sorrindo quando viu a menina mais alta do outro lado.

"Pronta." Joohyun assentiu uma vez. "A Seulgi vai estar aqui quando a gente voltar?"

"Ela volta da aula em uma hora." Wendy abriu mais a porta e fez menção para Joohyun segui-la. Joohyun tinha sua terapia naquele dia.

"Eu não gosto de ir lá." Joohyun confessou, enquanto seguia Wendy para fora até o carro. A tailandesa levantou uma sobrancelha, se certificando de que Joohyun tinha colocado seu cinto antes de sair para a rua.

"Por que não?" Wendy perguntou. Joohyun suspirou e balançou a cabeça.

"Eu não conheço ela." Joohyun puxou suas pernas de encontro ao seu peito e encarou a janela. "Ela não me conhece. Estranhos não são amigos."

"Eu entendo o que você quer dizer." Wendy disse, honestamente. "Mas ela é uma médica, você tem que pelo menos tentar deixá-la te ajudar."

"Por que eu preciso de ajuda?" Joohyun subiu a cabeça e olhou para a garota mais velha. Ela não entendia por que precisava ir.

"Eu não tenho certeza." Wendy batucou no volante com os dedos. "Tem apenas algumas coisas que você tem que trabalhar, só isso. Todo mundo precisa trabalhar em algumas coisas. Você só precisa de uma ajudinha extra."

"Mas nem todo mundo tem que conversar com uma estranha." Joohyun suspirou. Isso a fazer sentir diferente. A sentir estúpida. Por que ela era a única pessoa que precisa de ajuda?

"Isso é mentira." Wendy encolheu os ombros. "Eu tenho que ir depois das aulas e pedir ajuda para meus professores às vezes. É praticamente a mesma coisa. A única diferença é que eu preciso de ajuda para dançar com saltos e você com emoções. Não há nada do que se envergonhar. "

Joohyun assentiu vagarosamente. O que Wendy dizia começava a fazer sentido.

Assim que elas chegaram no consultório, Joohyun foi guiada até a pequena sala. Ela se sentou na mesma cadeira vermelha que ela havia várias vezes antes. Havia algumas cadeiras diferentes na sala, mas ela se sentava na vermelha porque era a que ficava mais longe da mesa da psiquiatra.

"Como as coisas têm estado em casa, Joohyun?" A mulher de cabelo escuro desviou o olhar de sua mesa. Joohyun abaixou a cabeça e começou a mexer com as suas mãos nervosamente.

"Bem." Ela deu de ombros e ajeitou o gorro em sua cabeça. Seulgi havia dado o gorro para ela, lembrou-se. Era o seu gorro da sorte. Enquanto vestisse-o, poderia fazer qualquer coisa.

"O que você tem feito desde que nos vimos pela última vez? "A mulher batucou seu lápis contra a mesa. O barulho apenas fez com que ansiedade dela crescesse.

"Eu fui à aula com a Bear." Joohyun se lembrou, sentindo um sorriso se formar em seu rosto.

"Você não quis dizer Seulgi?" A mulher questionou. Joohyun assentiu.

"Foi o que eu disse." A menor começou a ficar nervosa. "O nome dela é Bear. Só eu posso chamá-la assim. Ela é minha Bear."

"Oh." A terapeuta anotou algo. Joohyun não gostava de suas expressões faciais, elas as preocupavam.

"Eu fiz uma amiga também." Joohyun deixou escapar. Ela sabia que uma mulher escrevia algo sempre que ela tinha dito algo errado. "Dois amigos."

"Você fez?" A mulher olhou para cima. "Conte-me sobre eles."

"Eles são da classe da Bear. Há uma garota chamada Saeron e o namorado dela, Jae. Ele faz coisas com argila." Joohyun olhou para seu braço, onde Saeron tinha pintado uma flor. Ela havia lavado no chuveiro, mas ainda era possível ver uma leve sombra de tinta preta.

Blue (Seulrene)Onde histórias criam vida. Descubra agora