Tara Carpenter

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Você vai me destruir - Jão

Era uma sensação sufocante continuar fazendo isso sem ter certeza se ela sentia o mesmo.

Sua boca na minha é minha desgraça.

Todas as vezes em que eu ia a sua casa para finalmente perguntar o que tínhamos, tudo era esquecido quando seus lábios encontravam os meus. Eu sabia que isso alguma hora ia me destruir. Sam e Mindy me avisaram, várias vezes, mas eu queria tanto que elas estivessem erradas.

Uma vez eu deixei escapar.

Eu estava sem fôlego depois de termos passado a noite toda juntas, e em um momento de embriaguez as palavras simplesmente saíram.

— Eu te amo.

Ela só sorriu de lado, mudando de assunto logo em seguida.

— Temos um trabalho para próxima semana.

Fui bem estúpida de achar que você não tinha simplesmente escutado.

Eu tenho medo de te perguntar o que a gente é, você abala minha fé. Você não ama ninguém, Tara. E eu demorei tanto pra acreditar nessa verdade.

— Por que está aqui fora sozinha? - levantei o olhar meio embaçado até encontrar o rosto preocupado de Mindy.

A gente estava em uma festa, pelo menos era pra ser uma, Tara tinha sumido a alguns minutos e eu fui procurá-la, com medo de ter acontecido alguma coisa, eu não deveria ter ido.

Encontrei ela nos braços de Chad, e isso me destruiu.

Eu não tinha o direito algum de me sentir desse jeito, a forma como ela deixava claro que não éramos nada, ou me ignorava quando eu não servia mais pra ela era tudo que você precisava para acabar com isso. Mas ela sempre voltava e eu continuava tentando acreditar que ela sentia algo por mim.

Queria que ela tivesse me deixado seguir em frente, só me deixar, jogar na minha cara que eu não era nada pra ela, que todas as noites juntas não significava nada, mas ela não fez isso e eu continuei alí feito uma idiota.

— Vi Tara e Chad juntos - eu não precisei olhar pra saber que ela me olhava com pena.

— Sinto muito, Jess.

— Acho que preciso de um tempo sozinha, Mindy.

Ela assentiu, compreendendo, e me deixou ali. Eu me afastei da casa, da música alta e das risadas que agora pareciam zombar de mim. Caminhei até um pequeno parque nas proximidades e me sentei em um banco vazio, tentando organizar meus pensamentos.

Tudo parecia tão claro agora. Eu não poderia continuar vivendo assim, presa a um sentimento não correspondido. Tara nunca me daria o que eu queria, o que eu precisava. Eu estava me destruindo aos poucos, e isso precisava parar.

Peguei meu celular e, por um momento, contemplei a ideia de ligar para ela, dizer tudo o que estava sentindo. Mas me contive. Eu sabia que não adiantaria. Já havia tentado tantas vezes e sempre acabava da mesma maneira: ela me desviava com um sorriso e mudava de assunto.

Me sentia idiota por está sofrendo dessa maneira por uma coisa tão óbvia.

— Ei, está tudo bem? - a voz suave e tranquila de Sam soou do outro lado da linha.

— Não, nenhum pouco - respondi com uma risada sem graça no final.

— Jess, o que aconteceu?

— Aconteceu o que todo mundo previu, Sam.

— Eu vou aí buscar você, tá bom? - eu murmurei uma concordância enquanto tentava parar de soluçar - Jess, vai ficar tudo bem.

Era hora de seguir em frente, por mais doloroso que fosse. Eu precisava me libertar dessa prisão que eu mesma havia criado. Tara era meu passado, e eu já me destruí demais esperando por ela.

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