𝔻𝕖𝕞𝕠̂𝕟𝕚𝕠𝕤 𝕥𝕒𝕞𝕓𝕖́𝕞 𝕒𝕞𝕒𝕞? - 𝕁𝕚𝕜𝕠𝕠𝕜 [🔥] (concluída)

🔥Capítulo 12🔥

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Narrador

Com um grande sorriso nos lábios, Jungkook voltou ao lugar onde realmente pertencia. Era quase meia noite, e ele estava desejando a sua cama naquele momento.

Ao se aproximar do seu quarto, viu seus dois homens de confiança ainda no mesmo lugar onde os havia designado.

Com um aceno breve de cabeça, dispensou os homens e entrou logo em seguida no quarto, onde encontrou Hoseok sentado na cama.

Ao ouvir a porta se abrir, Hoseok lançou um olhar cortante em direção a Jungkook, absolutamente certo de que era ele quem estava entrando.

E o sorriso de Jungkook desapareceu instantaneamente, pois em todo aquele tempo convivendo com Hoseok, nunca o tinha visto olhá-lo daquela forma. Com uma velocidade impressionante, Hoseok avançou sobre ele. Jungkook não teve tempo para reagir e levou um soco de direita que o derrubou no chão. Hoseok não parou por aí; continuou a golpear o rosto de Jungkook repetidamente, só parando quando viu-o ceder sob seu peso.

Ao se levantar e deixar Jungkook caído, Hoseok afastou-se respirando fundo, tentando controlar a raiva que fervia sob sua pele.

Jungkook tentou se levantar com um pouco de dificuldade, sentindo uma ligeira tonteira. Apoiando-se na cama com o braço, conseguiu ficar minimamente de pé e ergueu a cabeça para encontrar os olhos de seu amigo, que naquele momento não parecia o Hoseok que ele conhecia.

― Agora é hora de você me explicar o motivo dessa reação.

Ele falou ressentido.

Com um empurrão forte de Hoseok, Jungkook foi jogado na cama. Hoseok subiu em seu tronco, posicionando as pernas de cada lado do corpo dele. Colocando a mão no pescoço de Jungkook, apertou com força suficiente para sufocá-lo.

Jungkook não morreria com aquilo; na verdade, ele não podia morrer. Nenhum ali podia. Era o castigo deles. Então, não importava o que Hoseok fizesse, Jungkook não morreria, mas ele sofreria o bastante para se arrepender dos seus atos.

― Eu te pedi, não... Eu implorei para você não fazer isso, para não brincar com Jimin, para não fazer com ele o que fez com os outros, para não magoá-lo. Eu falei que você se arrependeria. E o que você fez? Exatamente o contrário, deixa eu adivinhar, você foi embora sem se despedir, deixando apenas um bilhete? Ah seu...

Jungkook, sufocado pelas mãos do amigo, não tinha forças para se mover, mas via nos olhos dele antes cheios de ódio e mágoa, agora exalando tristeza e dor.

― Eu te amo, Jungkook, mas eu serei o primeiro da fila a te ver sofrer. Eu quero estar lá, de camarote, para contemplar sua dor. Não a mesma dor, mas uma ainda maior do que aquela que você fará Jimin passar. Estarei lá como um lembrete de que eu te avisei, te alertei para não fazer isso.

Libertando o pescoço de Jungkook, Hoseok se levantou e saiu da cama, secando as lágrimas que escorriam pelo rosto com brutalidade.

Jungkook, tentando recuperar o fôlego, fez um esforço para se levantar.

Sem sucesso.

Hoseok lançou um último olhar para Jungkook e saiu do quarto, batendo a porta com força suficiente para fazer a parede tremer.

Depois de mais alguns minutos, Jungkook conseguiu reunir forças suficientes para se levantar e foi em direção ao espelho para ver os estragos que Hoseok havia feito ali.

O lado direito do seu rosto continuava igual, mas o outro lado estava irreconhecível: inchado e com vários hematomas que já começavam a escurecer. Seu olho estava fechado e sua bochecha cortada por anéis que Hoseok nunca tirava do dedo.