A princesa verde.

prólogo

Os gritos da mulher poderiam ser ouvidos por todos do castelo, a tempestade caindo violentamente do lado de fora das enormes janelas de pedra tornando o momento mais frio e amedrontador.

A Royce gemia de maneira sôfrega sentindo um enorme cansaço se espalhando por seu corpo, as damas de companhia e os mestries ao seu lado a deixando mais afobada.

Enquanto a senhora de Runestone estava à beira de um colapso para por a vida de sua filha no mundo, a rainha Alicent sofria do mesmo sentimento angustiante, tentando por seu terceiro filho no mundo cruel.

Um grito em conjunto foi ouvido por todos, um raio cortando com a agressividade do grito de ambas as mulheres. Um pequeno choro foi ouvido de uma das salas, a rainha havia dado a luz a um lindo menino de cabelos brancos como a neve e olhos azuis profundos.

Na sala ao lado, o silêncio reinava. Uma linda menina havia nascido, seus cabelos ruivos como o fogo com mechas prateadas espalhadas de maneira aleatória e seus olhos violetas profundos, mas ela não chorava.

Alicent pegou seu filho no colo com um enorme sorriso amoroso no rosto, seu guarda juramentado ao seu lado soltando um suspiro de alívio.

Rhea Royce pegou a menina nos braços com um sorriso cansado, rindo levemente quando olhou a coloração dos cabelos da menina dando um olhar significativo para o seu guarda que a deu um aceno com a cabeça com um mínimo sorriso.

O príncipe cruel estava na baixada das pulgas quando recebeu a notícia de que a vadia de bronze havia dado a luz a uma vadiazinha de cabelos ruivos com mechas prateadas. Ele xingou em alto Valeriano, elas não haviam morrido no parto, ele teria que fazer isso por conta própria.

Na hora do lobo, o príncipe entrou nos aposentos onde a Royce estava dormido, de maneira sorrateira carregando em sua mão um travesseiro, ele fechou a porta atras de si indo lentamente em direção a  mulher que dormia com uma mão apoiada no berço de sua filha.

Ele subiu lentamente na cama pressionando o travesseiro na face da mulher que se debateu mas logo foi sucumbido a morte por falta de ar, o homem deu um sorriso se aproximando do berço indo fazer o mesmo com a menina mas, foi interrompido pelo guarda da mulher agora morta na cama. O moreno jogou o príncipe longe que caiu no chão abrindo os braços rindo. Ele estava completamente bêbado.

O rei sabendo da tentativa de homicídio contra a sua sobrinha, e o assassinato da sua cunhada, exilou seu irmão na guerra por longos anos deixando apenas nos sussurros o verdadeiro motivo de sua ordem.

A pequena bebê foi recebida nos braços amorosos da rainha verde, que se sentiu com a perda da menina e por seu pai lunático, dando o nome de Daella, Doce Daella.