corrente do bem Passe o bem a diante

Capítulo 69

Boa leitura

- Eu e o Mew começamos a nos preparar para o nosso casamento. As coisas vêm dando tudo certo, parece que o universo está conspirando a nosso favor. Os familiares e amigos estão nos ajudando, nos dando mais tempo livre. Já procuramos o cerimonialista e o templo budista, e marcamos a data que escolhemos. Ainda bem que deu tudo certo. Depois disso, eu e Mew vamos até Bangkok. Mew precisa ir até lá.

- Mas antes de fazermos essa viagem, fomos ao ateliê de costura para tirarmos as nossas medidas e dar início aos nossos trajes. Minha mãe e a mãe do Mew estão muito felizes com a nossa união.

- Certo dia, estávamos conversando sobre como escolher um salão de festa, e estávamos com dificuldades para conseguir um lugar para a nossa festa de casamento. Até que Grace, do nada, sugeriu: “Por que não fazemos a festa aqui mesmo na ONG?”

- Nós quatro olhamos um para o outro e todos repetimos numa só voz: “Como não pensamos nisso?”

- Minha mãe falou: “Como não pensamos em fazer a festa aqui mesmo no salão? Contratamos uma equipe que possa nos ajudar com a decoração, alugamos mesas e a comida. Nós podemos encomendar doces, salgados e outras coisas que nós mesmos podemos preparar. Será perfeito.”

- Olhei para o Mew, que me olhou de volta e disse: “Elas estão resolvendo as nossas vidas diante de nós.” E demos risadas.

- Mas realmente concordamos. Havia tantas pessoas que queriam assistir à cerimônia do nosso casamento. Seria perfeito que pudesse ser no salão da ONG, porque os nossos amigos, aqueles mais humildes que queriam nos prestigiar e nos presentear, acharam que não podiam fazer isso. Sendo ali no salão da ONG, todos eles poderiam passar por lá. Perfeito, a nossa festa de casamento vai ser no salão da ONG.

- Deixamos a decoração e a contratação da equipe toda com as nossas quatro mães: a minha mãe, a mãe do Mew, a tia Delayne e a senhora Glenda. Sei que com essas quatro juntas as coisas sairão conforme o que elas querem.

- Após decidirmos que a nossa festa será no salão da ONG e fazermos a segunda prova dos nossos trajes, Mew precisa ir até Bangkok resolver algumas coisas da empresa dele e também resolver algumas coisas da empresa do pai dele antes da nossa viagem. E eu vou acompanhá-lo. Nós ficaremos uma semana e depois voltamos. Dessa vez fomos só nós dois.

- E se Mew tiver um tempinho, ele vai me mostrar alguns pontos turísticos de Bangkok. Hoje, sábado, estamos indo para Bangkok. Meus pais, os pais dele, meus tios e Grace foram nos levar ao aeroporto. Depois de todas aquelas recomendações que os pais sempre fazem, nos despedimos e fomos para o embarque.

- Ao chegarmos em Bangkok, fomos direto para a casa dos pais do Mew. Precisávamos nos refrescar e nos alimentar. Tínhamos que ir até a agência de modelo do Mew, porque tinha um desfile da Valentino onde ele era um dos convidados de honra e vários modelos da sua agência iriam desfilar. Mew está parando de desfilar aos poucos. Esse tempo que ele ficou longe da mídia fez com que ele quisesse isso. Quando ele reapareceu, várias empresas queriam que ele desfilasse. Algumas ele aceitou, mas esse negócio de ficar indo e vindo para Bangkok estava deixando-o cansado. Então, ele começou a recusar alguns convites. Agora, ele só comparece para algumas empresas nas quais fica difícil recusar, e a Valentino é uma dessas.

- Passamos no ateliê e na agência para ver se estava tudo certo. Depois, fomos para casa descansar um pouco, porque logo mais à noite teremos o desfile e depois uma festa para comemorar em uma boate.

- Eu e o Mew saímos para comprar um traje de gala. Afinal, faz tempo que nós não frequentamos grandes festas, por isso não mantemos esse tipo de roupa. Mew alugou uma limousine para nos levar para o local do desfile. Chegando lá, Mew grudou em minha mão e disse: “Não solte a minha mão, fique sempre ao meu lado. Todos têm que saber que você é meu. Você está muito lindo e eu não quero ver ninguém dando em cima de você. Não quero ser obrigado a ser rude com ninguém.”