Miguel 🥷
Observo um dos noias que tá devendo mais trez mil reais, se contorcendo na minha frente, continuo sentado na cadeira queimando meu baseado.
Nunca fui um cara de fazer nada por impulso, exceto a vez que eu matei o caramelo do meu avô, porra cachorro enchia a paciência latino, eu queria atirar ninguém deixava, uni o últil ao agradável.
Tiro a atenção do noiado e olho meu rolex no meu braço direito vendo que falta dez minutos pras 16h, faço sinal pro maridão vir até mim.
Arcanjo: Mata e desova. - sou simples e objetivo nas minhas palavras como sempre, maridão só confirma com a cabeça e sai, dou meia volta montando na minha Gs310, e saio em direção a minha casa.
Passo a mão pelo meu cavanhaque por fazer, era pra ter feito ontem, mais tive um problema na Gomorra, uma das minhas boate mais faladas na Zona sul do Rio de Janeiro, e não consegui chegar a tempo de fazer antes do banho.
Bagulho que me tira do plumo, e eu precisar mexer na minha rotina, não suporto ter que deixar pra fazer depois oque eu estou acostumado a fazer na hora.
Tenho tudo sempre calculado, dias, horários tudo tem o dia e a hora certa de ser executado, meu cabelo é cortado uma vez a cada 7 dias, no mesmo dia da semanas e geralmente no mesmo horário, minha barba é feita a cada dois dias no banho das 16h.
Isso vem des da infância, apartir do momento que começei entender que manter uma rotina com horários regrados pra tudo na minha vida me fazia bem, eu comecei e des de então sigo nessa linha.
Há mais de 18 anos tô no crime, entrei novo, 16 anos, minha sorte foi meu avô me abraçar nesse k.o, porque meu pai tava querendo me levar com eles pra fora..
Hoje tanto ele quanto minha mãe vivem bem lá com a Gabriela, já faz alguns anos que não tenho mais contato com eles, prefiro não manter relações, sempre que minha mãe vem com papo de se estou tomando meus remédios acabo perdendo a paciência.
Já estou a 10 anos no comando do complexo da maré, fiquei oito anos no vidigal com meu avô, mais eu não me via ali, não queria nada ganhado, queria conquista o meu sozinho, dito e feito, quando o Urso caiu, os terceiro chegou tomar,mais não durou nem dois dias, peguei a tropa do meu avô e envadi firme.
No começo sempre é complicado mais hoje é tantos anos na gestão que fica tranquilo.
Paro minha moto no portão, os meninos que fazem a segurança aqui da casa me comprimenta mais eu nem respondo, sigo direto vendo que falta exatamente dois minutos pra quatro.
Largo o fuzil na mesa da cozinha e sigo pro banheiro, tiro a minha roupa e assim que da 16h em ponto eu entro embaixo do chuveiro, relaxando meu corpo, na água gelada.
Muitos me perguntam se hoje eu me envolvo com alguém ou algo assim, mais não, outro bagulho que me fode todo e ter que me relacionar com alguém, claro que sinto vontade é tudo mais, mais é foda, se vierem me encher muita paciência depois tem o mesmo fim que Nathalia teve, 10 tiros na cara, caixão fechado, a Impulsividade nunca nunca foi meu feitio, entretanto sempre tinha uns capeta pra me tirar da minha paz inabalável.
Termino meu banho, me seco e coloco a toalha pendurada na guarda da cama, coloco uma roupa limpa, deixando a suja dobrada no cesto, pego meu celular e vou olhar os grupos que eu to pra ver as novidades.
Vejo uns cinco números diferentes, marmita nunca para de encher o saco, nego com a cabeça respirando fundo.
Vejo umas mensagem do maridãoe do Agente das meninas que ficam com o ramo da casa de swing.
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Maridão: vou descer com uns chegados pra gomorra hoje, você vai?
Luan: gamei numa putinha lá na. semana passada, tentar dar a sorte de ver ela hoje novamente.Eu: se der eu compareço!
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Respondo só a do Luan, deixo pra falar sobre a casa de swing com o agenciador quando chegado lá.
Coloco um calça jeans preta, uma blusa da boss preta, e calça um tênis da balenciaga, desço procurando minha pistola cromada já coloco na cintura e vou em direção ao meu carro, saindo do complexo.
Entro na avenida Brasil irritado com a porra do trânsito, sigo escutando major RD no som do carro baixinho, chego na boate que fica localizado em Ipanema, zona sul do Rio.
Chego vendo o ambiente com clima pesado de libertinagem, o cheiro, as músicas, tudo gira em torno de sexo.
Sem falar nada, ou dar satisfação a alguém subo pra área privada da boate, que fica localizada no segundo andar, os vidros pretos garante a privacidade de tudo que acontece no segundo andar, mais de lá de cima todo mundo consegue ver tudo que acontece na pista.
Já chego sentando numa poltrona vendo o maridão com uma garota loirinha, e mais uma morena que está com a loira, nem foco, tiro o olho olhando pros vidros na frente que me possibilita a visão completa da boate.
Fico de canto olhando tudo, cada canto,cada garota de programa, cada cliente, um tempo depois vejo o Victor — agentes que cuida das partes de fetiche que a minha boate oferece — vir na minha direção, dou uma tragada longa no meu baseado vendo ele parar na minha frente.
Victor: Estava tentando falar com voce des da manhã, estou com um problema com seu soldadinho - ele aponta na direção do Luan e eu passo a língua nos lábios ressecados, já me acendendo um alerta que preciso de uma manteiga que cacau - ele está com a Pietra des da hora que chegou, e ela é uma das poucas que participa da área de swing e voyverismo.
Ajeito meu relógio no pulso enquanto a bixinha pão com ovo vai falando, bagulho que eu odeio e que fiquem enrolando, porque a pessoa não pode ser simples e objetiva? Respiro fundo levantando o olhar pra ele e novamente falando só o básico.
Arcanjo: arruma outra. - ele tenta abrir a boca dele pra falar alguma coisa eu já respiro fundo ficando inquieto por ter que falar de mais - quando ele for embora, você pega a sua puta e coloca ela pra foder com quem você quiser, mais enquanto ele tiver com ela, a mesma permanece aqui Victor.
Acabo me alterando, já citei acima que eu não gosto de ficar falando, sempre fui simples e objetivo.
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