⊹ ࣪ ˖ㅤ──ㅤEM ANDAMENTO .ᐟ
i feel so 𝐡𝐢𝐠𝐡 𝐬𝐜𝐡𝐨𝐨𝐥ㅤ🤍 ˖
ﾟ .ㅤ˖ㅤ everytime i look at 𝒀𝑶𝑼.
Com o primeiro dia do ensino médio chegando, as emoções a flor da pele vem de brinde. Leona Myhton, mesmo sendo a patricinha mais famosa e aclamada...
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ㅤAlgumas boas semanas se passaram desde a primeira ida de Leona à casa de sua mais nova melhor amiga Riley. Semanas essas que ficariam na memória da garota para sempre. Sentadas juntinhas no ônibus compartilhando o fone, andando de mãos dadas no intervalo, fofocas que Riley nunca imaginaria descobrir... Leona nem podia acreditar. A garota queria só pensar naquilo tudo o dia inteiro. Se não fosse sua primeira corrida do ano de hipismo a impedindo, ela até ficaria.
Suas mãos estavam geladas, os cachos ruivos rebeldes grudados na testa e no pescoço devido ao suor frio, tudo pareciam sufocar seu pescoço apertado naquele momento. Finn tagarelava sobre como os cavalos das adversárias pareciam magrelos comparados ao de Leona, e mesmo que tivesse o hábito péssimo de falar alto, sua voz parecia abafada ao se chocar no ouvido da irmã mais nova. Seus olhos estavam grudados nas unhas violetas que insistiam em arranhar a própria pele. Uma nuvem de angústia lentamente consumia Leona cada vez que ela tentava respirar, e custava toda sua força para isso.
── Ei, ruiva, você não parece bem... Quer cancelar sua participa...
── Não! ── Leona levou suas cordas vocais ao ápice enquanto dirigiu um grito de raiva ao irmão mais velho. Finn a lançou um olhar empático e respirou fundo, murchando a postura e se sentando no banquinho do vestiário ao lado da garota. Lágrimas começaram a escorrer no rosto avermelhado dela, e Finn sabia que naquele contexto era impossível fazê-las pararem.
Finn se calou. Para ele, os sons do lado de fora do estádio eram inevitáveis de se ouvir, ainda mais os burburinhos das oponentes de Leona que a encaravam pelo seu estado. Para a garota, não era possível ouvir quase nada. Tudo parecia tão distante, quase como se Leona não pudesse tocar até no banquinho sob ela, muito menos ouvir a euforia dos torcedores lá fora. Seu pulmão lutava contra o ar que ela queria que entrasse. Sua respiração se estabilizou apenas quando Finn a abraçou com força e aconchegou o corpo da irmã no seu.
Era como nos velhos tempos. Finn, de quatorze anos, sozinho e abandonado com a irmãzinha de só dez. Abraçados até o momento que o choro da garotinha cessasse. Nada mudou. Leona sorriu ao devolver o braço e em seguida, se afastar. Seus olhos ainda estavam meio enchados e as bochechas ardendo de tão vermelhas. Finn tirou um lencinho da bolsa de emergência e limpou o rosto da mais nova com cuidado. Leona não tirou os olhos do irmão em nenhum momento. Suas pupilas brilhavam sempre que o garoto fazia algo, sempre foi assim.
