Eu Voltei.

- Gostaria de pontuar alguma coisa Blitzø?

- Não obrigado. - respondeu o diabrete mansamente. Fazer terapia era uma coisa que a poucos meses atrás soava como algo inútil, quer dizer porque ele pagaria para falar dos seus problemas com alguém, ele tinha o Moxxi e Fizz para isso.

Mas seu peito ainda doía, sempre que lembrava do Stolas beijando aquele cara aleatório naquela maldita festa. Eles provavelmente foram além naquela noite, Stolas provavelmente fez aqueles ruídos fofos de pássaro para aquele cara.

Só de imaginar, Blitzø tinha vontade de pegar sua arma e caça aquele ladrão de passarinho, até os Confins do inferno e do céu se necessário.

- Tem certeza? Você geralmente sempre pontua alguma coisa. - perguntou Scott. Um demônio pecador de meia idade, com a pele azulada, e um terno marrom. Ainda não entrava na cabeça do diabrete como um psicólogo poderia vir parar no inferno, mas existe vagabundo em todo lugar.

Provavelmente deve ter transado com algum cliente.

Blitzø apertou a lista de defeitos em seu bolso, que havia feito de si mesmo, depois da sua primeira seção. Mantendo o olhar fixo no chão, com o punho cerrado apertando um pedaço de sua calça.

- Você. - iniciou com a voz mansa. - Acha que eu fiz algum progresso? Mínimo que seja?

Um sorriso largo se formou no sorriso do pecador.

- Acho sim. - Blitzø ergueu o olhar. - Quando você chegou aqui você disse que não sabia de nada e que não entendia as "merdas que rodeavam a sua vida" na seção de hoje, você me citou uma lista de comportamentos que você tentou melhorar essa semana.

Uma pequena onda de relaxamento passou pelos membros tensos de Blitzø.

- Se orgulhe disso Blitzø.

O diabrete deslizou lentamente, para fora do sofá do consultório, para passar pela porta.

- Valeu.

A recepção tinha cheiro de hospital, o ar era tão frio que era como se você pudesse sentir o aroma do ar-condicionado.

O branco envolvia as paredes do consultório, se estendendo até o chão, que parecia ser feito de vidro. O diabrete manteve o olhar na direção da porta, assim que seu olhos avistaram uma planta carnívora de decoração.

Definitivamente não pensado em Stolas, ele deixa a onda de calor o envolver assim que deixa as portas do prédios.

Sua van estava a alguns quarteirões de distância.

Blitzø não achou que seria possível, encontrar um lugar que fosse mas luxuoso que o palácio de Stolas, mas o Anel da ganância realmente sabem se exibir.

Ver a sua van velha, no meio de um monte de Lamborghinis era quase como escrever na própria testa, "eu sou pobre".

"Oi, meu pequeno IMP" as palavras de Stolas costumavam ser como um soco no peito. Ninguém poderia culpa-lo por ter razão, Blitzø era a porra de um   IMP perto de Príncipe. Stolas não precisava respeita-lo, nunca precisou.

Se chamado de IMP era tão natural quando respirar, ele não tinha que ficar putinho só por ouvir Stolas dizer a verdade.

Ele bateu fortemente a porta da van assim que entrou. Uma pilha de papelada estava jogada no banco no passageiro. Geralmente o Moxxi cuidava disso, mas forçasse demais Moxxi será o próximo a ir embora.

Seu celular vibrou no bolso de sua calça. O diabrete rezou a lúcifer, que não fosse outra notificação do Instagram.

Stolas parecia um adolescente nas redes sociais desde de deu para aquele ex maldito. Era Story o tempo todo, fotos, Twittes, estava até postando aquelas figurinhas de bom dia de vó.