Cap. 3 Insensatez

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Agora com novas habilidades, você tem a brilhante ideia de vender doces no almoço da escola para juntar dinheiro. A promoção teria a duração de uma semana e meia, que na sua cabeça era tempo o suficiente para conseguir completar seu plano.

Você embala seus doces e corre para chegar na escola o mais cedo possível - de preferência, antes de todo mundo. E assim que o portão se abre, você pula para dentro da escola e se dirige rápidamente até o refeitório. Quando a cozinha se abre, você vai em direção a ela.

- "Bom dia tia! Posso colocar esse cooler aí dentro com vocês? Eu pego ele de volta na hora do almoço!" - Você coloca o grande cooler encima do balcão.

- "Hmm, posso saber o que tem aí?"

- "Só uma sobremesa para os meus queridos colegas."

- "E eu vou ganhar um também?"

Você ri - "Claro tia."

Assim que o sinal toca você se apressa para ir para a aula. Com sorte, ninguém tentaria fazer nenhuma loucura hoje.

Na sala de aula tudo ocorre normalmente, exceto pela ansiedade que aos poucos te consome sobre ser zoada pelos seus colegas por vender doces.

"E se eu oferecer meus bolos pra eles e eles começarem a me zoar porquê sou pobre?? Ah é, todo mundo é pobre também KKKKKK" É o tipo de pensamento que ocorre enquanto você encara a lousa, nem prestando atenção na explicação do professor.

*Riinnngggg* O sinal toca, sinalizando o horário de almoço.

Você corre novamente até a cozinha e pega o seu cooler - sem esquecer de cumprimentar a tia da cozinha é claro - e o leva até o pátio, onde seus pensamentos intrusivos começam a te controlar e a mandam berrar:

- "GENTE!! ALGUÉM AÍ QUER BOLO, BRIGADEIRO, BEIJINHO, MUSSE-..." - Mas antes que você possa terminar sua frase, um enxame de alunos sedentos por um docinho vem para cima de você. - "CALMA GENTE É SÓ UM MUSsE"

A briga pelos seus doces foi feia, com os doces acabando em menos de 15 minutos. Porém, olhando pelo lado bom, você faturou 152 reais só hoje!

Você se senta em um tijolo embaixo de uma árvore ao lado da escola para relaxar junto de seu cooler agora vazio. Ao olhar para ele, a ficha cai para você de que todo o esforço de ontem teria que ser feito hoje de novo, e amanhã, e a semana inteira... Você fica com preguiça só de imaginar.

- "O Pizzaplex tá mais longe do que eu imaginava..." - Você coloca sua cabeça entre seus braços enquanto suspira.

O que te impede de desistir é o pensamento de que essa realmente é uma oportunidade única para você - e seus pais - de finalmente conhecer o Montgomery Gator de verdade - e os outros glamrocks.

- "O que eu faço Monty?!" - Você apoia sua cabeça contra a árvore.

- "Se eu fosse você, eu vendia meus órgãos, até porque qualquer amoeba sabe que 150 reais por dia não chegam a 1200 em uma semana." - Uma voz igual a de Monty ecoa em sua cabeça.

"Cala a boca, seu bosta." - Você pensa, tentando encontrar uma alternativa diferente da qual o jacaré da sua cabeça sugere. Isso também te faz lembrar do porquê você está fazendo esse esforço. Esse "porquê" tem nome, endereço, e muitas linhas de programação.

"Talvez se eu apostar no tigrinho, na lotofácil ou vender foto do pé na internet eu faça mais dinheiro..."

- "A do pé é a mais rápida... Mas quem ia querer ver o seu pé hein?" - A voz imaginaria de Montgomery contínua te atormentando, e dessa vez, se rachando de dar risada.

- "EU JÁ NÃO DISSE PRA VOCÊ FICAR QUIETO?? SE NÃO É PRA AJUDAR ENTÃO NÃO ATRAPALHA!" - Você esfrega seu rosto como uma maneira de se desestressar.

- "EU JÁ NÃO DISSE PRA VOCÊ FICAR QUIETO?? SE NÃO É PRA AJUDAR ENTÃO NÃO ATRAPALHA!" - Você esfrega seu rosto como uma maneira de se desestressar

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|| 𝐴 𝐵𝑒𝑙𝑎 𝑒 𝑎 𝐹𝑒𝑟𝑎 ❀ - Monty × ReaderOnde histórias criam vida. Descubra agora