Obamitsu.
Oneshot;
★ -Mitsuri, a Pilar do Amor. Ela sempre foi apaixonada por Iguro Obanai, o Pliar da Serpente, mas sua relação era repleta de altos e baixos. Ora eles estão próximos, ora estão tão distantes.
A pilar se vê incapaz de esquecer Obana...
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What I'm tryna say is not to forget. You see only the good, selective memory.
★
De todas as vezes que me senti péssima, essa é uma daquelas que eu me sinto como o que as pessoas costumam apelidar de "fundo do poço".
Eu, Mitsuri, me encontro perdida em um turbilhão de emoções.
Obanai é tudo que eu consigo pensar, mesmo quando ele age de forma fria e distante comigo. Olho para minha cama e sem esforço algum consigo lembrar de quando ele me segurou a noite inteira. Se caso olho para as minhas roupas, consigo sentir a memória fresca de quais usei quando saímos para jantar fora nos dias em que acabávamos sem missões. Não importa o quanto eu tente, eu simplesmente não consigo esquecê-lo, ele parece estar por toda a parte.
Depois de uma longa conversa que tive com Shinobu, me lembro de ter colado um post it na cabeceira da cama, dizendo para eu não cometer os mesmos erros, quais eu costumo fazer quando se trata dele.
Às vezes quando estamos próximos, sinto que posso escutar suas reclamações sobre coisas banais do dia a dia, sinto que posso senti-lo, sinto que posso o amar.
Isso me faz lembrar de uma tarde que passamos juntos após uma reunião com o mestre Kagaya.
♡... Andávamos lado-a-lado, de mãos dadas. Eu segurava firme em sua mão, como se pudesse perde-lo a qualquer momento – que para ser sincera, essa hipótese não estava nada errada.
Estávamos no meio da mata, sem ninguém por perto. Obanai se soltou do meu aperto aos poucos, me fazendo sentir uma pequena pontada no peito. Então ele se virou de costas para mim e se aproximou de uma árvore que estava à poucos passos de nós, nem me arrisquei a perguntar o que ele estava fazendo.
Ele olhou para cima e então se virou para mim. Gesticulando com a mão para que eu fosse ao seu encontro.
— Vem cá, Karonji. - seu tom soou calmo, eu amava ouvir aquela voz aveludada pronunciar o meu sobrenome – principalmente quando se tratava dessa calmaria toda.
Eu me aproximei do moreno, ele segurou a minha mão e começou a olhar para cima. Sem pensar muito, fiz o mesmo.
— Ali. - ele ergueu o indicador na direção que nos dois olhávamos. — Acha que consegue subir naquele galho sem ajuda? - se virou para mim.
— Acho que consigo. - gaguejei assim que abri minha boca, me xinguei mentalmente por isso.
Consegui vê-lo sorrir por debaixo da máscara. Isso fez as borboletas do meu estômago entrarem em colapso.
