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A notícia da gravidez da Princesa Irulan foi um baque para todos, até mesmo para seu marido Paul, que não havia previsto esse acontecimento e por conta disso rumores se espalharam pelos corredores do palácio que a criança no...
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━━━━ O nascimento do pandemônio ━━━━
A visão de Irulan estava turva e sua cabeça estava entre a consciência e a inconsciência, a dor era infernal, ela sentia seu útero queimar como o fogo do inferno e as pontadas cada vez piores a faziam delirar por tamanha dor. Wensicia permaneceu ao seu lado segurando sua mão e lhe dizendo as mesmas palavras que Dalak disse a ela no parto do filho. ela sabia como era doloroso e assustador passar por isso, principalmente sem seu marido ao seus lado já que lady Jessica literalmente jogou Paul para fora do quarto dizendo que alí não era lugar de um imperador.
Wensicia viu que Paul queria ficar,que estava preocupada com Irulan por dar a luz tão cedo e também ele com certeza sentiu o cheiro de veneno misturado ao sangue que saia do ventre de Irulan. Veneno para abortos ou partos adiantados, poderia matar a mãe se ela não tivesse um corpo treinado pelas Bene Gessicts. Ela sabia que ele sentiu isso, porque conseguia ouvir os gritos de fúria de Paul mandando os guardas acharem o responsável por isso.
Irulan gritou apertando a mão da irmã.
── empurre! Princesa, você precisa fazer isso ── disse Amalyn que já tinha lágrimas nos olhos enquanto colocava o pano úmido na testa de Irulan, buscando abaixar a febre.
A parteira olhou para o meio das pernas ensanguentadas da princesa, uma poça de sangue já se encontrava ali.
── estou vendo a cabeça, minha lady ── disse ela para Jéssica que encontrava-se sentada observando tudo ── minha princesa empurre! ── ela se direcionou a Irulan agora e Wensicia estava começando a ficar com raiva dela e de Jéssica.
── Não tá vendo que minha irmã já estava fazendo força, sua veia burra!
Irulan soltou um grito estridente e empurrou com todas as forças que tinha e depois de um dia e meio,ela pode deitar a cabeça no travesseiro quando sentiu um dos filhos sair de dentro dela e um choro agudo ressoou pelo quarto. Ela ergueu um pouco a cabeça para ver seu bebê, estava ensanguentado e se contorcia nos braços da parteira. Mas estava viva e isso era tudo que importava.
── O que é? ── perguntou Jessica, se levantando da cadeira e andando até a moça que segurava seu neto ou neta.
── uma menina, minha lady ── disse a parteira percebendo o desgosto no rosto de Jéssica quando viu os olhos azuis sobre azuis da neta, mesmo assim Jéssica tirou a criança dos braços da outra e se encaminhou para limpá-lá.
Irulan começou a sentir a dor novamente e buscou tentar respirar enquanto observava sua sogra levar sua filha embora e o choro diminuindo com o passar do tempo, e o desespero começou a tomar conta do coração dela de novo.
