RYAN ANDRADE

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( 🌌 ) 𝗕𝗟𝗔𝗖𝗞𝗕𝗟𝗢𝗢𝗗 ~ •̀๑042

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( 🌌 ) 𝗕𝗟𝗔𝗖𝗞𝗕𝗟𝗢𝗢𝗗 ~ •̀๑
042. 𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢 𝗤𝗨𝗔𝗥𝗘𝗡𝗧𝗔 𝗘 𝗗𝗢𝗜𝗦

 𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢 𝗤𝗨𝗔𝗥𝗘𝗡𝗧𝗔 𝗘 𝗗𝗢𝗜𝗦

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𝕽𝗬𝗔𝗡 𝗔𝗡𝗗𝗥𝗔𝗗𝗘

Papai me disse uma vez que haverá momentos em que me sentirei tão presa que uma saída parece impossível. 

Eu vou sufocar. 

Vou me sentir tão fora de mim, como se todas as paredes estivessem se fechando em minha cabeça. Ele disse que se me sentir assim, a chave é manter a calma, não deixar o medo tomar conta de mim.

"Um desastre pode ou não matar você, princesa. Mas ter medo dele definitivamente destruirá você."

Gostaria de ter acesso suficiente ao meu cérebro para poder usá-lo para colocar as palavras do papai em prática. Gostaria de ser forte como ele, Yu ou Alex. Gostaria de não estar pensando em maneiras de explodir minha mente para fugir dela. 

Não posso evitar a sensação angustiante que me levará a um ataque cardíaco em breve assim que acordo e recebo as memórias da noite anterior. Cenários falsos - causados pela minha paranoia excessiva - cortam minha mente machucada e vozes feias gritam na minha cabeça.

Respire.

Apenas respire.

Forço uma calma que não tenho, forçando a minha mente de volta à verdadeira realidade e então noto duas coisas.

Primeiro, em algum lugar no meio da noite, nossas posições mudaram, e agora, minha cabeça está no peito de Clarisse enquanto ela me abraça, seu braço direito jogado sobre minha cintura - por baixo da minha camisa - e sua perna está sobre as minhas.

Segundo, se o relógio na mesa de cabeceira que marca sete horas da manhã, então eu não tive o pesadelo.

Nem ele. Nenhum outro.

Eu sempre tenho pesadelos. Paralisias de sono ou o pacote completo. Durante toda a minha vida, foi assim. Raramente me lembro de alguma vez que acordei e não pensei em cair na escuridão novamente assim que a gilete entrasse em contato com a palma da minha mão.

BLACKBLOOD // Clarisse La RueWhere stories live. Discover now