Claro como cristal | Daryl x Leitora Palavras: 2773 Avisos: lágrimas e menções de beijo
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Pena é uma coisa estranha. Você tinha certeza que era isso, pena.
Por que mais alguém lhe daria abrigo? Você mal falava com qualquer um deles, e não podia lutar ou caçar, então tinha certeza de que eles só deixavam você ficar por pena, pena da garota tímida com um pingente de ágata azul em volta do pescoço, e não muito mais para distingui-lo.
Esse comportamento despretensioso contrastava com uma rica vida interior dentro de você, uma mente pensativa e curiosa que estava mais sintonizada em ouvir do que em falar. O único resquício dessa vida interior que você permitiu exibir ao mundo foi aquele pequeno colar, a única coisa que estava mantendo você em movimento.
Quando o mundo acabou, você apenas se recolheu ainda mais para dentro de si mesmo, falando com os outros do seu grupo quando necessário e permanecendo em seu próprio mundinho, aquele que não tinha acabado, sempre que tinha a oportunidade.
Ainda assim, você assistiu. Você escutou. Você viu as coisas que os outros não viram, e você simplesmente assumiu que todos os outros também as viram.
Havia várias pessoas no seu grupo, algumas das quais você nem conhecia, mas muitas das quais se tornaram amigas distantes, pessoas que você via quase como personagens de um filme, e a visão à sua frente era a tela na qual suas personalidades distintas eram projetadas.
Lá estava Lori, a mãe do grupo. Ela cuidava de todos e sempre parecia verificar como você estava. Ela te chamava de "querida" e saía do seu caminho para te trazer comida.
E Shane, o líder. Ele era corajoso e agia quando ninguém mais sabia o que fazer. Você queria ser mais como ele.
Glenn era um raio de sol, sempre alegre e tentando manter o ânimo de todos. Acima de tudo, ele era bom e muito inteligente. Ele tinha feito algumas incursões de suprimentos na cidade sozinho e sempre saía vivo.
Andrea era forte e confiante. Ela conseguia se manter firme e fria, e era muito mais forte que você.
A irmã de Andrea, Amy, era tão doce e amigável. Ela se sentava ao seu lado às vezes e tentava iniciar uma conversa com você, não para arrancar nada de você, mas apenas para conhecê-lo.
Dale era o avô do grupo. Ele cuidava de todos e sempre tinha algum tipo de conselho para dar. Ele era sábio e realmente queria ver o lado bom das pessoas.
T-Dog era gentil, vibrante. Ele tinha um bom senso de humor e parecia o tipo de cara que não hesitaria em ajudar alguém em necessidade.
Carol era muito parecida com você, quieta e tímida. Você não falava muito com ela, mas parecia haver um respeito mútuo ali. Os quietos têm que ficar juntos.
Jacqui fazia você sorrir, e frequentemente colocava uma mão reconfortante em seu ombro. Ela parecia tratar todos com respeito, e nunca causava um conflito. Você podia admirar isso.
