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Estava acontecendo uma pausa nas atividades da arena, então todo mundo devia ter saído de lá para comer alguma coisa ou ir para a enfermaria.
Meus olhos arregalaram após ver aquela cena. Toya que já estava chorando, paralisou por completo e suas lagrimas ainda saiam. Até mesmo Bakugou ficou chocado.
O Halks e a Midnigth estavam se beijando, ou melhor, se engolindo e acabaram entrando na sala sem perceber que estávamos lá.
Halks nos viu e arregalou os olhos, empurrando Midnigth para longe dele.
A moça de cabelos azulados tomou um susto com nossa presença, fazendo seu rosto ficar avermelhado como um tomate.
— T...TOYA?!— Exclamou a mulher.
— Mamãe? O que é isso?— disse Toya em meio a soluços.
—O que você está fazendo aqui, Toya? Como entraram aqui?— Perguntou Midnigth nervosa.
— Eu achei que você viria me parabenizar pela minha vitória, Mamãe... eu vim à sua sala para falar com você.— A garota voltou a chorar. Seus olhos já estavam inchados e avermelhados.
Midnigth ficou sem palavras. Apenas olhava para a filha com os olhos arregalados e com a mão na boca.
— Poxa... eu nunca imaginei que você faria isso comigo e com o papai! Porque...?— perguntou Toya.
Midnigth permaneceu quieta. Uma lágrima escapuliu de seu rosto.
—POR QUE?!— Toya já estava enfurecida.
— PORQUE?! VOCÊ AINDA PERGUNTA?— Finalmente Midnigth reagiu.— O SEU PAI MAL FALA CONOSCO DURANTE A SEMANA! SEMPRE ESTÁ FOCADO NO TRABALHO E NAQUELE MALDITO VERDINHO! EU NÃO CONSIGO VIVER SENDO UMA SEGUNDA OPÇÃO, TOYA!— A sala ficou em silêncio enquanto as duas Migth choravam.
Halks abraçou Midnigth gentilmente.
— O Halks me ajudou com a solidão, Toya... ele faz eu me sentir importante.— Midnigth olhou para Toya.— Durante esses tempos difíceis entre eu e seu pai, ele que me ajudou.
Eu e Bakugou nos olhamos assustados. Nunca o vi ficar tão quieto desse jeito.
— O que está acontecendo aqui?— para piorar a cituação, All Migth apareceu para ver da onde vinha tanta gritaria.
— Puta merda, isso aqui tá melhor que novela mexicana— murmurou Bakugou
— Cala a boca, seu merda.— murmurei sem tirar os olhos de All Migth.
— Aconteceu alguma coisa, Halks? A minha mulher se machucou?— perguntou All Migth chegando mais perto.
— Que milagre se importando comigo, All Might.— Disse friamente Midnigth.— Aonde estava?
All Might confuso, olhou para Toya e depois para nós.
— Estava na enfermaria com o jovem Midoriya. Porque Toya está chorando?— Preocupado, perguntou o herói.
— Quantos segredos vocês dois ainda escondem, hein?!— disse Toya.— Eu só descubro as coisas agora?
— Do que está falando, filha?— pergunta All Might.
— Porque não me disse que o Midoriya tinha a mesma individualidade que eu?!— rosnou Toya, fazendo All Migth ficar sem saber o que responder.
— O...oque?— Foi tudo que conseguiu dizer.
— Desde que o Midoriya entrou na U.A, você nunca mais teve um tempo comigo, pai. Aposto que nem sabia que eu também possuía o One For All.— Após terminar a frase, All Might se calou, desmanchado o grande sorriso que sempre estava em seu rosto.
— Você... também tem o One For All?
Toya riu de desgosto e se levantou da cadeira se dirigindo à porta.
— Até o senhor Halks presta mais atenção em mim do que você.— foram as últimas palavras da garota antes de sair correndo da sala.
Eu e Katsuki saímos ligeiramente da sala.
— Puta...merda— disse Bakugou rindo.
— Não era para a gente ter presenciado isso.— falei com o peso na consciência.
— Como assim? Eu achei foda! Me senti dentro de uma novela. Eu sabia que uma hora o trouxa do All Migth ia levar gaia.— Riu Katsuki.
Revirei os olhos após ouvir o garoto.
— Se um dia você for corno eu vou rir TANTO.— gritei na orelha do loiro.
— Impossível alguém me chifrar! Aliás, isso nunca vai acontecer. Mulher é perda de tempo.— rosnou Bakugou.
— Idiota.— Voltamos para a arquibancada e Todoroki veio em nossa direção.
— Cadê a Toya?— perguntou o bicolor.
— Ela tem que ficar sozinha um pouco.— falei gentilmente.
— Sozinha? O que houve?— Shoto arqueou as sobrancelhas curioso.
— Nem te conto, foguinho.— riu Bakugou.
— Casos de família, Todoroki.— respondi em um suspiro.
Todoroki arregalou os olhos.
— Não me digam que...— mexi a cabeça afirmando.— Meu Deus, vocês são fofoqueiros demais, e pior que sempre estão juntos quando descobrem alguma coisa. Suspeito.— disse Todoroki se sentando ao meu lado.
— ATÉ VOCÊ, SHOTO?— berrei incrédula.
— TÁ ME ESTRANHANDO, É? SEU BICOLOR DE MERDA?— Bakugou ameaçava avançar em Shoto.
— Ué, mas eu não falei nada demais.— respondeu Shoto no seu jeito tranquilão de sempre.
...
Um tempinho se passou e o apresentador foi trocado pelo President Mic. A senhora Midnigth deveria estar tão devastada que não conseguiu continuar apresentando. Muitas lutas aconteceram até chegar ao fim do primeiro dia de campeonato.
— Finalmente acabou!— disse Kirishima se espreguicando.
— Eu tô devastada! E pior que amanhã tem mais!— choramingou Mina.
— Temos que descansar bastante hoje, pessoal! Nada de festinhas.— ordenou Iida.
— Exatamente. Vão para os seus dormitórios e durmam. Vocês fora muito bem hoje, pessoal. Se preparem para amanhã.— Aizawa nos parabenizou.
— Pai.— cheguei perto do mesmo.
— Harumi. Parabéns, filha, você foi ótima hoje.— disse Aizawa me abraçando com um leve sorriso de orgulho.
— Obrigada.— sorri de volta para ele— Treinando com o meu velho é óbvio que vou ser ótima!
Isso roubou um riso nasal dele.
— Soube o que aconteceu hoje na sala da Midnigth. Você não está envolvida nisso, não é?— perguntou Aizawa que agora estava sério.
— Por que eu estaria envolvida?— perguntei.
— Vai saber, não tinha motivos para você e aquela bomba ambulante estarem lá. As vezes eu penso que vocês dois juntos tem mais probabilidade de morrerem do que se protegerem.— disse Aizawa colocando a mão em sua cintura.
— Que isso, pai. Ele que me mete em confusão. Mas vou confessar que fiquei entretida com toda aquela situação.— Falei convencida
— Que horror, vá dormir.— Ordenou meu pai sem nenhuma expressão. Soltei um beijo no ar para o mesmo e fui ao meu dormitório.