Ele apenas me defendeu

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P.O.V Harry 

Minha garganta estava seca, precisava de água ou alguma coisa que matasse aquela sede. Como o meu '' quarto'' era trancado, então eu não poderia sair. Tive a ideia de chamar alguém pra que me trouxesse a água.

- Por favor, alguém está ai? Preciso de água. – Gritei para o lado de fora, encostado ainda na porta, ouvi um barulho de alguém se aproximando, tive certeza quando ouvi o barulho de saltos batendo contra o assoalho. Ouvi a maçaneta da porta se abrindo lentamente, até que estava completamente destrancada. Vi a sombra de uma mulher, pela má iluminação que se encontrava no local, não consegui ver nada além de uma mulher alta, magra e loira.


- Vejo que temos um novato. Como se chama gatinho? – Ela falou em um tom malicioso, sorri da mesma forma, porém de uma forma mais intensa.


- Meu nome é Harry e o como é o seu Vadia? – Quando ouviu ser chamada daquela forma, apenas deu de ombros e sorriu de uma forma divertida.


- A minha graça é Ambre!! – Como eu já esperava, era mais uma Puta encubada.


- Ambre, será que você pode me trazer um pouco de água?


- Claro, também posso lhe oferecer muito mais. – Saiu com u sorriso malicioso no rosto.


Os dias foram se passando lentamente, as lembranças daquele dia fatídico ainda preenchiam a minha mente. Ambre fazia algumas visitas e sempre matava o meu desejo, se é que você me entende. Aquela menina de cabelos ruivos, com olhos tristes, eu a via quase todos os dias, ela sempre se mantinha afastada dos outros. Tomei um último pingo de coragem que me restava e fui a sua mesa a onde ela costumava sentar para fazer suas refeições. 


- Ei posso me sentar aqui? – Perguntei, mas não obtive nenhuma resposta.


Ela nada disse, os seus pensamentos estavam longe. Quando tentei me encostar a ela para ver se ela estava bem, ela rapidamente se esquivou, e de repente foi como se ela tivesse despertado. Olhou para mim e se assustou.


- Calma eu não vou lhe fazer nenhum mal.


- Por favor, me deixe só. – A sua voz era suave como a mais bela melodia que já tinha ouvido, era suave e ao mesmo tempo firme. Ela abaixou a cabeça.


- Só saio se você me disse pelo menos o seu nome.


- Pra que você quer saber? Eu não sou ninguém.


- Claro que é!! Quero ouvi só o nome da linda moça desse local.


- Eu não sou a mais bonita... Lucy. – Respondeu tímida, senti que ela corou mesmo não vendo seu rosto senti que ela ficou ainda mais linda.


- Lindo nome, para uma bela mulher. – Disse galanteador.


- Você é sempre assim?


- Assim como? Lindo, a isso eu sou todo dia. - Vi um sorriso de canto se forma em seus lábios. – Fico feliz, por isso.


-Pelo que? – Perguntou ela inocente.


-Por você ter me dado à honra de admirar pelo menos um sorriso seu – Respondi sincero e calmo. E como resposta ela apenas levantou a cabeça e me mostrou aqueles olhos que tanto me fascinavam e como brinde o sorriso de canto ainda estava lá, tímidos, mas ainda estavam. Ela estava linda, tudo nela para mim representava uma harmonia, seu cabelo ruivo volumoso e cacheado destacava os olhos verdes, e suas bochechas levemente rosadas pareciam maças, em sua boca não via sequer um vestígio de rachaduras e ela parecia tão suave, ela era perfeita não parecia ter usado maquiagem nunca na vida, de repente a curiosidade resolveu dar as caras.


- Você... Já usou maquiagem? - Fiquei surpreso com a reação dela.


- Ma... Maquiagem?

- Espere! Você nunca usou maquiagem? – Negou com a cabeça, arregalei meus olhos e pensei se alguém já havia se perguntado se existe ou já existiu uma mulher no mundo que nunca passou um blush sequer no rosto e é bonita (autora- Eu!), pois eu respondo, existe!
Antes que pudesse concluir meu pensamento, o loirinho (vulgarizando nathaniel) entrou com a irmãzinha dele agarrada ao seu braço, mas o soltou e começou a me procurar no refeitório, quando encontrou abriu um sorriso malicioso, que logo se desfez ao perceber Lucy ao meu lado, Ambre direcionou seu olhar a Lucy, que ao notar a mesma com aquele olhar para ela, seus olhos antes vazios se preencheram de medo, ela começou a tremer e a suar frio, fiquei preocupado e tentei ajuda-la a se acalmar, mas aí percebi que todos os outros estavam do mesmo jeito, como se alguém pudesse matá-los a qualquer momento, mas Lucy estava pior.

P.O.V Lucy

Estava tremendo, suando frio e com muito medo, por mais que eu já tenha me acostumado ainda sinto medo dela, das surras dela, desse lugar, tudo aqui me dá medo por mais que tente não aparentar minhas emoções elas sempre dão um jeito de transparecer e me fazer parecer fraca. Depois do anuncio do loirinho, no qual eu não prestei atenção, pois estava com medo de Ambre, tentava não direcionar meu olhar a ela, mas sempre que fazia isso que sem querer o medo me dominava. Deixaram-nos sair novamente, e eu corri para aquela mesma árvore e me encolhi em um de seus galhos na tentativa de me esconder, espero um tempo e começo a ouvir passos que não pareciam ser de uma mulher, mas mesmo assim me encolhi mais, de repente esses passos param e começo a ouvir vozes, pareciam ser de Ambre e de Castiel.


- Harryzinho, você me deixa brincar com você hoje – disse ela o pressionando contra o tronco da árvore e demonstrando um sorriso malicioso, senti nojo daquela voz.


- Tanto faz, apareça quando quiser e eu estarei pronto, mas hoje não tá. – Acho que vou vomitar


- Então me diz quem era aquela puta com você hoje no refeitório. - disse ela nervosa. Castiel olhou para mim, pensei que ele fosse dizer meu nome e que eu estava bem encima dela, mas...


- Uma puta foi feita para saciar meus desejos não para ficar me fazendo perguntas, e sobre ela...- ele a agarrou pela gola da blusa - nunca mais ouse chama-la disso, senão...


-Se não o que? Vai me bater? – Perguntou com um sorriso insano no rosto como se ela estivesse gostando daquilo.


- Não, desculpe decepciona-la mas não sujo minhas mãos com o que não presta.

Depois disso ela saiu bufando e pisando forte, ele novamente olhou para cima, e me fitou, subiu na árvore, sentou-se ao meu lado e mostrou um sorriso brincalhão e calmo que ao ver aquele sorriso meu coração se acalmou, não estava mais tremendo, nem suando, e como num passe de mágica as noites que eu não dormi começaram a pesar, adormeci e a última coisa que vi foi a cara de desespero de Castiel, provavelmente com medo que eu caísse vendo isso sentia que dormiria segura, porem mesmo em eu sono as mesmas palavras se repetiam vezes e mais vezes em minha cabeça.

Ele apena me defendeu.

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⏰ Última atualização: Jul 08, 2015 ⏰

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