60s, raphael veiga

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R A P H A E L V E I G A

São Paulo é quente no verão. As praias são lugares incríveis de ir, mas só vamos durante a noite que é quando os surfistas liberam a praia. Durante o dia, meu lugar favorito é a lanchonete Machado's. Abel é simplesmente o cara mais legal que existe, ele sempre me deixa beber mesmo sabendo que não tenho idade para isso.

Nossas gangues são grandes, por isso sempre nos dividimos em grupo menores. Meu grupo com certeza é o melhor: Piquerez, Gabriely, Gómez, Delfina, Dudu, Natalia, Paula. Ganhamos de todos os outros nas disputas de motos nas pistas de Campo Grande até São Paulo.

Estávamos numa boa quando ouvidos risadas mais altas que as nossas do lado de fora da lanchonete. Eram os surfistas.

-- Bem que senti cheiro de peixe podre. -- Disse Gómez quando eles passaram pela porta.

-- Bem que senti cheiro de óleo estragado. Pensei que fosse muito nojento para tocar nas embreagens da própria moto, Gómez. -- Retrucou Jazmin.

Eles esbanjavam pela lanchonete seus maiôs e shorts de praia exageradamente cheios de vida, eles não sabem que a moda é jaqueta de couro preta e vermelha? A líder do grupo, S/n, apareceu logo atrás de Jazmin, ambas com os cabelos brilhantes extremamente, S/n é mais cacheada que Jazmin. Seguido por elas, Endrick, Calderan, Rios, Keyt e Bruna.

-- Uau, a que devo o prazer de vocês na nossa lanchonete? -- Disse me encostando na mesa de sinuca e largando a bola que estava em minha mão.

-- Sua lanchonete? -- Rios riu de forma irônica. -- Que eu saiba, isso aqui não é propriedade dos motoqueiros.

-- E nem lugar para surfistinhas. -- Avançou Paula.

-- Ei, calma, meu amor. -- Disse Dudu segurando de leve no braço de Paula. -- Eles já estavam de saída, né?

-- É, nós voltamos de noite, que é quando vocês vão poluir nossas praias. -- Disse S/n com um sorriso sarcástico no rosto.

-- Não se incomodem. Mi casa, es su casa. -- Sorri para ela.