A história de Percy, parte 1

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Meu nome é Percy Jackson. Tenho doze anos. Até alguns meses atrás, era aluno de um internato, na academia Yancy, uma escola particular para crianças problemáticas em Nova York.
Já sei até o que você está pensando.
Se eu vou uma criança problemática?
Bom, vamos se dizer que sim.

As coisas começaram a ir realmente mal no último mês de Maio, quando minha turma do sexto ano fez uma excursão a Manhattan, para o Metropolitan Museum of Art, a fim de observar velharias gregas e romanas.
Eu sei, parece tortura. E realmente foi uma.

Eu esperava que tudo desse certo na excursão. Pelo menos tinha a esperança de não me meter em encrenca dessa vez. E como sempre, eu estava errado. Coisas ruins sempre me acontecem em excursões escolares.

Ao longo de todo o caminho para a cidade, tive que aguentar Nancy Bobofit, aquela ruiva sardenta, acertando a nuca do meu melhor amigo, Grover, que era um alvo bem fácil. Ele era magrelo, chorava quando ficava frustado e, ainda por cima, era aleijado.

Assim que chegamos, sr. Brunner nos guiou pelo museu. Ele foi na frente com suas cadeiras de rodas, passando por estátuas de mármore e caixas de vidros cheias de cerâmica.

Ele nos reuniu em volta a coluna de pedra com quatro metros de altura, e começou a explicar o que era aquilo. Eu estava tentando ouvir o que ele dizia, porém com as pessoas ao meu redor falando era impossível, e cada vez que eu dizia para calarem a boca, a outra professora que nos acompanhava, sra. Dodds, me olhava de cara feia e fechada.

Sr. Brunner apontou para uma das figuras na estrela.
"Pode nos dizer o que essa figura representa?"
Olhei para a imagem e senti uma onda de alívio, porque de fato a reconhecia.
"É Cronos comendo os filhos, certo?"
"Sim" Diz o sr. Brunner.
"E ele fez isso porque..." continuou sr. Brunner.
"Bem" eu estava tentando lembrar para continuar minha fala.
"Cronos era o deus-rei e..." falei o máximo que me lembrei.
"Rei?" perguntou sr. Brunner.
"Titã" rapidamente me corrijo vendo meu erro e, logo continuo.
"E, ele não confiava nos filhos, que eram os deuses, então Cronos os comeu, certo? Mas sua esposa escondeu o bebê Zeus e deu a Cronos uma pedra para comer no lugar dele. E depois, assim que Zeus cresceu, enganou seu pai, que vomitou seus irmãos e irmãs.
"Que nojo!" diz uma menina que estava atrás de mim.
"E então houve toda aquela grande briga entre os deuses e os titãs, e os deuses levaram a vitória" continuei dizendo.

Sr. Brunner diz para nós sairmos e comermos nosso lanche. Grover e eu sentamos na beirada do chafariz que havia lá, afastado dos outros.

Eu estava prestes a desembrulhar meu sanduíche quando Nancy Bobofit apareceu diante de mim com suas amigas feiosas, e deixou seu lanche, metade comido, cair no colo de Grover
"Ops, caiu.." Ela arregalou um sorriso para mim.

Tentei ficar calmo, pois o orientador da escola já me disse um milhão de vezes: "Conte até dez, controle seu gênio!" Mas eu estava tão furioso, que me esqueci disso.
Não me lembro de ter tocado nela, mas quando percebi Nancy estava dentro do chafariz, berrando: "Percy me empurrou!"

"Venha comigo" disse sra. Dodds.
"Espere! Fui eu. Eu empurrei ela." Disse Grover.
Olhei para ele incrédulo. Não acreditava que ele estava tentando me proteger. Ele morria de medo de sra. Dodds.
"Acho que não sr. Underwood" Ela lançou um olhar tão furioso que fez o queixo de Grover tremer.
"Mas.." Tentou Grover novamente.
"Você. vai. ficar. aqui." disse sra. Dodds fazendo pausas, para deixar bem claro.
"Tá tudo bem cara, obrigado por tentar" digo a ele.

Me viro para enfrentar sra. Dodds, mas ela estava postada à entrada do museu. Como ela chegou lá tão rápido? Eu tenho milhares de momentos assim em minha vida, meu cérebro adormece ou algo assim, e quando me dou conta, vejo que perdi alguma coisa. O orientador da escola me disse que isso era parte do transtorno do déficit de atenção.

Fui atrás de sra. Dodds, e quando me dou conta, ela havia desaparecido de novo, desta vez, estava dentro do edifício. Eu a sigo museu adentro e, quando finalmente a alcanço, estávamos de volta à seção greco-romana, e vejo que a galeria estava completamente vazia, havia apenas nos dois ali.

Sra. Dodds estava de braços cruzados na frente de um grande friso de mármore com os deuses gregos.
"Você está nos criando problemas." disse sra. Dodds.
"Sim, senhora" fiz o que era seguro e disse.
"Você achou mesmo que ia se safar dessa?" a expressão em seus olhos era bem mais que furiosa, era perversa. Bom, ela é uma professora, não irá me machucar.
"Eu.. vou me esforçar mais, senhora" um trovão alto se manifesta.
"Nós não somos bobos, Percy Jackson." ela diz e logo continua: "Seria apenas uma questão de tempo, até que o descobríssemos, confesse, e sentirá menos dor."
Eu definitivamente não sabia do que ela estava falando.
"E então?" ela exige
"Senhora, eu não.."
"Bom... seu tempo esgotou."

Então seus olhos começaram a brilhar, os dedos se esticaram, se transformando em garras, seu casaco se fundiu em grandes asas de couro.
As coisas começaram a ficar ainda mais esquisitas, se é possível.
Sr. Brunner, que estava na frente do museu, foi com a cadeira de rodas até o vão da porta da galeria, segurando uma caneta.
Sim, uma caneta!!
"Percy!!" gritou ele, e lançou a caneta pelo ar, até mim.

Agarrei a caneta no alto, mas assim que ela chegou na minha mão, já não era mais uma caneta. Era uma espada.

Sra. Dodds voa para cima de mim. Fiz a única coisa que me ocorreu naturalmente.
Acertei-a com um golpe da espada, sua lâmina atingiu o ombro dela e passou direto pelo seu corpo, como se ela fosse feita de água.
Ela explodiu em areia amarela!

Olhei ao redor e percebi que Sr. Brunner não estava mais lá, e havia apenas uma caneta esferográfica na minha mão.
Será que eu havia imaginado tudo aquilo?
Volto para o lado de fora e, tinha começado a chover.
Grover estava sentando no chafariz com um mapa do museu. Nancy Bobofit ainda estava lá, encharcada pelo banho no chafariz, reclamando para suas amigas feiosas. Assim que ela me avista diz: "Espero que a sra. Kerr tenha chicoteado sua bunda!"
"Quem é sra. Kerr?" digo confuso.
"Nossa professora, Dãã." diz Nancy
Mas, não tínhamos nenhuma professora chama assim. Pergunto a Nancy de quem ela estava falando novamente, e ela revira os olhos e da as costas.
Pergunto a Grover onde estava a sra. Dodds
"Quem?" respondeu ele.
"Não tem graça, Grover, isso é sério" digo e logo um trovão estourou no alto.

Vejo sr. Brunner sentando debaixo de seu guarda-chuva, lendo seu livro, como se nunca tivesse saído de lá. Vou até lá.
"Ah, é a minha caneta. Traga seu próprio material no futuro, sr. Jackson"
Entrego a caneta para ele. E pergunto:
"Senhor, onde está a sra. Dodds?"
Ele me olha com uma expressão de duvida.
"A outra professora que nos acompanhava, sra. Dodds, professora de álgebra." Continuei com minha fala.
"Percy, não há nenhuma sra. Dodds aqui e, nunca houve uma sra. Dodds na academia Yancy. Você está bem?"
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• a maioria do que está aí é do livro Percy Jackson e os olimpianos, o ladrão de raios.
• 1224 palavras.
• votem e comentem!!
• está é minha primeiro fanfic, então desculpem qualquer erro.

After The StormOnde histórias criam vida. Descubra agora