Gina sabe que não é lerda

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Quando acordou, Scorpius não estava mais no quarto e todos (o que parecia incluir a família inteira), já se encontravam no andar inferior. Albus se vestiu surpreendentemente rápido para uma manhã de inverno, tamanho era o desespero para encontrar Malfoy e perguntar sobre o acontecimento da noite passada. Quase não havia conseguido dormir após o beijo e tinha a impressão de que Scorpius também não havia tido a melhor das noites de sono.

Antes mesmo de descer as escadas, já conseguia escutar as vozes altas e felizes dos Weasleys. Molly deveria estar radiante por ter conseguido atrair todos os filhos para a festa, supôs ao ver a maior parte do andar composto por cabelos ruivos.

–Olha se não é o Albus!--Jorge Weasley o puxou para um abraço de tirar o fôlego quando, enfim, Albus começou a se movimentar entre a massa de pessoas--Como vai a vida na Sonserina?

Se afastou com dificuldade do tio, que ria às avessas, como se tivesse bebido uma quantidade considerável de álcool para a manhã de Natal.

–Muito bem, tio.--Albus tentou soar o mais alegre possível, embora estivesse olhando ao redor em busca de um cabelo beirando ao branco.--Inclusive, Rowle explodiu um banheiro em Novembro por causa de uma de suas gemialidades.

–Que bom, cara! --O banheiro literalmente havia ficado fedendo por mais de três semanas.--Fico feliz pelos sonserinos gostarem dos meus produtos!

Visivelmente, tio Jorge havia bebido.

Albus afastou-se quando viu o tio andar até James, que comia uma fatia de bolo na cozinha. Ao ver o tio, o garoto mais velho sorriu, mas, ao notar que ganharia um abraço, James pareceu entrar em desespero, já sabendo que acabaria com as costelas doloridas.

Albus olhou ao redor novamente, considerando que Scorpius não poderia estar em qualquer outro lugar da casa, senão junto ao pessoal. Gina e Harry teriam o encorajado a conhecer a maré de Weasleys. Cumprimentou os tios e os primos enquanto os empurrava com cuidado, finalmente encontrando Malfoy depois de um esforço doloroso. Ele estava sentado sozinho na poltrona ao lado do sofá. Visivelmente nervoso, quando o notou, Scorpius olhou desesperado ao redor, como se desejasse correr.

–Nem vem.--Albus largou-se sentado no chão em frente a Scorpius e passou a sussurrar.--Precisamos conversar.

–Aqui?

Albus olhou ao redor. Era um péssimo lugar para sequer cogitar ter uma conversa.

–Vamos subir lá para cima?--Sugeriu, rezando para Scorpius deixar aquela expressão terrível de nervosismo na sarjeta.

Malfoy não pareceu favorável à ideia, talvez segundos antes tivesse cogitado ter fingindo que tudo não passou de um sonho. Felizmente, Albus não era burro. Se Scorpius tentasse, ele não acreditaria um segundo sequer nas palavras do loiro.

Para o completo ódio de Albus, Harry se aproximou junto a Rony, os dois visivelmente alegres. Felizmente, não pareciam ter bebido igual a Jorge, embora Rony estivesse com as pupilas levemente dilatadas.

–Hein, meninos!--Rony os cumprimentou.--Harry e eu estávamos pensando em convidar os senhores para uma caminhada até a casa dos Lovegoods! Aposto que Luna está lá para o Natal!

–No meio dessa neve congelante? Estão brincando, não é?--Albus não conseguiu barrar a fúria explosiva.--Nem fudendo!

Harry não ficou muito feliz com a falta de educação advinda do filho do meio. Albus imaginou que a lição de moral não demoraria muito tempo, porque os olhos de Harry se arregalaram antes de ele assumir aquela expressão de super pai irritado.

Maldito garoto enlouquece(dor)-ScorbusOnde histórias criam vida. Descubra agora