2. * Pontos*

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*Capitulo 2*


* Enquanto encaro o militar mascarado de cima da sacada, eu observo como seu corpo largo e grande é bem moldado por sua farda negra. Eu engulo seco e o homem desvia o olhar, andando pra longe e desaparecendo na escuridão. Me sinto diferente, um sentimento de perigo e ...desejo?.
No dia seguinte, eu sigo pra enfermaria pra começar meu primeiro dia. Lá, eu encontro uma enfermeira mais velha, e um médico idoso. Depois de me apresentar e mostrar serviço fazendo curativos em alguns soldados com cortes de missões, eu sigo com a enfermeira Nera, que parecia ter uns 40 anos. Nos sentamos pra almoçar no refeitorio*

_Nera...posso perguntar uma coisa?

Nera: claro querida, qual o problema?

_.....ontem a noite...eu estava na sacada e ...vi um homem...com uma máscara de caveira

* Ela muda ligeramente sua expressão pra tensa e desvia o olhar*

Nera: não e ninguém...não se preocupe com isso Amy

* Ela parece desconfortável, mas sou curiosa*

_...Nera...por favor...

* Ela suspira e me olha, deixando os talheres no prato*

Nera: Ghost...Tenente Ghost...., ele é um dos melhores daqui, forte, determinado e corajoso...

* Ela para de falar por um momento*

_..e o que mais?

Nera: bem....ele..não e o que mais respeita as regras aqui..., muitas vezes ...quando trazem algum prisioneiro de guerra, depois que Ghost os interroga.....eles não saem muito...lúcidos.

_esta falando de ...tortura psicológica?

Nera: e física...., dizem que Ghost foi muito torturado na juventude, e que agora...não sente muita coisa e muito menos empatia. Isso resultou num treinamento intenso de seus soldados e sua técnica de combate e brutal...e cruel .... Ele tem muito sangue nas mãos

* A olho tensa*

_...sabe mais alguma coisa?

Nera: bem...isso são as histórias que ouvi sobre ele em todos os anos que trabalhei aqui, mas uma coisa eu digo..onde há caveira...há perigo, então fiquemos em nossos lugares, e ficaremos bem

* Eu concordo tensa e volto a comer. Depois do que ouvi, não consigo pensar em como ele foi torturado ao ponto de resultar tanda violência como a dona Nera descreveu.
Sigo pro alojamento depois de terminar meu dia de serviço, enquanto ando pelo patio e vejo o sol se pondo, eu vejo uma pequena comoção em uma sala de banhos, curiosa como sou, eu decido ir ate la. Olho pela janela e vejo alguns homens sem camisa disputando uma queda de braço no assento do vestiário, outros soldados ao redor torcendo. Eu coro um pouco vendo os músculos e sei que estou errada em estar aqui e que deveria ir direto pro quarto. Assim que me viro pra sair, um soldado me flagra e ri*

Soldado: olha so o que temos aqui! A nova enfermeira veio nos ajudar rapazes!

* Meu coração acelera e eu vejo os outros soldados saindo do vestiário, alguns só de toalha na cintura. Eles me cercam*

Soldado: o que faz aqui garota?

_eu so estava passando, estou indo

*ele fica em minha frente bloqueando a saída, eu o olho tensa*

_me deixe ir

Soldado 2: acho que estou com um ferimento aqui doutora!

*o soldado2 tira sua toalha e balança seu pênis, eu arregalo os olhos e fico apavorada vendo o horror*

_Ah! Que nojo!

* Eles riem e eu coro, eu nunca tinha visto um antes...e e horrivel. Eles continuam rindo e eu ouço um rosnado, como se alguem estivesse limpando a garganta. Eu e os soldados olhamos pra cima, na sacada do 1° andar, era ele...Ghost.
Ele nos encara friamente e os soldados, assustados e tensos, saem em retirada voltando ao vestiário. Eu coro e o olho, ele fuma seu cigarro e assim que os soldados somem da minha vista, Ghost vai pra dentro de seu apartamento, desaparecendo atras das cortinas brancas. Eu suspiro aliviada por ter saido daquela situação. Volto pro meu quarto pensando no que aconteceu.
No dia seguinte, depois de um dia longo de trabalho, eu estou prestes a fechar a enfermaria e ouço alguem abrindo a porta. Estou de costas arrumando a gaveta de bandagens*

_estou fechando..

*me viro e assim que meus olhos captam a pessoa que entrou, eu coro e arregalo ligeramente os olhos. Minhas pernas endurecem. Ghost estava parado na porta, me olhando friamente.

Ele começa a andar e eu congelo o vendo ficar cada vez mais perto, seus olhos passam por mim me olhando de cima a baixo e logo se desviam, ele se senta na cadeira e arregaça uma das mangas,  pondo o braço grosso na mesa, fazendo um som pesado*

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Ele começa a andar e eu congelo o vendo ficar cada vez mais perto, seus olhos passam por mim me olhando de cima a baixo e logo se desviam, ele se senta na cadeira e arregaça uma das mangas, pondo o braço grosso na mesa, fazendo um som pesado*

Ghost: Pontos

* Eu estremeço ao ouvir o som grosso e estridente de sua voz. Observo seus músculos fortes e tatuagens escuras, cicatrizes de batalha passam por seu biceps e vão ate um novo ferimento levemente profundo, mas comprido seguido de seu pulso ao bíceps. Eu fico olhando e percebo ele virando o rosto lentamente e me olhando, esperando que eu faça meu trabalho. Rapidamente me movo e pego um pano seco, agulha e liquidos para limpeza. Me aproximo dele, seu corpo era enorme comparado ao meu, costas largas e veias grossas em seu braço. Lentamente e tremendo, seguro seu braço, meus dedos tocam sua pele e eu me arrepio, sentindo sua textura áspera e com cicatrizes. Eu engulo seco e passo o algodão limpando o ferimento*

_.....como aconteceu?

Ghost: faca

*ele diz friamente....e sem me olhar, quase atropelou minha pergunta. Eu respiro fundo e faço meu trabalho, tentando não parecer uma mísera garota boba e envergonhada. Costuro seu ferimento, ele nem se mexe... como se não sentisse. Depois de terminar o curativo, lentamente, eu passo as mãos por seu braço, observando suas veias... Me assusto quando ele se levanta bruscamente, puxando seu braço e abaixando a manga. Meu coração continua acelerado enquanto o vejo sair*

_...meu deus.....

𝑨𝑴𝑬 𝑨 𝑴𝑶𝑹𝑻𝑬Onde histórias criam vida. Descubra agora