Capítulo II- Perdidos

7 1 0
                                    

      O dia passou rápido, o  trabalho foi árduo e difícil. Parece que os lúpus estão tentando desobstruir uma linha de metrô do distrito norte. Para o nosso azar, a maioria das linhas cederam com as explosões das bombas e os conflitos entre gangues ou contra a Unity.  

A área de metrô  em que trabalhei  tem 10 metros limpo. O trabalho de desobstrução nas áreas, até que está funcionando.

      Quando parei de trabalhar foi feito um cálculo do meu tempo de serviço. Por incrível  que pareça 12 horas de trabalho me renderam apenas 24 Credys. Um esforço danado para ganhar um monte de nada. Era nítido que os trabalhos eventuais estavam me rendendo bem mais.

     Já e fim de tarde, corro pra casa aproveitando a sombra que os prédios fazem. O  mesmo o sol já não tem mais tanta intensidade de horas atrás.  O fim da tarde é o melhor horário para todos, pois o risco de exposição a tamanha intensidade solar pode causar graves consequências. 

Já em casa, Max dorme feito um anjo, como se ele tivesse algo mais importante para fazer.  

Caminho em direção ao banheiro, para tomar minha ducha. A água não cheirava tão mal, mas ainda sim eu não me arriscaria bebe-la. 

Ouso em dizer que alguns dos moradores fervem essa sujeira para beber. Vejo os mesmos  adoecendo e vomitando até às tripas, pois a  água corrente não é  nenhum pouco confiável.

Saio do chuveiro, abro meu gaveteiro e puxo minha camiseta e calça jeans. Visto minha jaqueta marrom, calço os tênis, coloco a arma na cintura  e saio para me encontrar com Mephils. 

O sol já estava quase totalmente escondido e as pessoas já estavam nas ruas perambulando por aí.  

Durante o percurso, minha mente vaga preocupada no alvo do certo trampo, 

 Se o alvo está no distrito leste provavelmente deve estar se escondendo debaixo das asas dos palhaços da Vórtex. Não é seguro estar em um distrito onde você nunca sabe o que vai acontecer. Isso me leva as suspeitas iniciais de estar em um lugar protegido. 

Não demora muito até que eu cheguei no local de encontro. Mephils estava do mesmo jeito que mais cedo, intacto. Ele estava encostado na porta principal da loja segurando algo. Por uma fração de segundos me pergunto de onde veio esse cara?

— E aí! Conseguiu as paradas? — Pergunto com entusiasmo.

— Claro que sim — Ele me olha surpreso. — Por algum momento você duvidou? —  Ele fala com autoconfiança, aquilo não parece me cheirar bem.

Mephils  estende sua mão para que eu pegue uma espécie de caixa de madeira. Abro a tal caixa e me deparo com um objeto eletro do tamanho da palma de uma mão. 

No leitor havia uma mensagem que ia para esquerda escrito ‘’Méphils- nenhuma mensagem.’’   Isso ia me ajudar muito com os próximos trampos. 

Minha vida inicial como mercenário ou como trabalhador eventual estava começando a dar os pontapés iniciais. 

Do lado do objeto eletrônico, tinha uma pequena caixinha transparente de acrílico. Quando abro, me deparo com uma única lente de contato, acho que era disso que ele estava falando quando se referiu a lente de captura de imagem.  

      Mesmo após a guerra e todo o lance com o sol, algumas tecnologias que vem da cidade murada, acabam chegando aqui fora de um jeito ou de outro. Seriamos feitos de bonecos de testes?  Ou estamos  desinformados de coisas que nem sonhamos que possa existir. 

 Depois da queda de todos os serviços globais de comunicação, a gente pensa que tudo que existe não vai mais evoluir independente da ocasião ou ambiente hostil que nos encontramos...mas...o ser humano sempre encontra um jeito de mudar, modificar ou adaptar coisas que param nas nossas mãos. No fim, nunca deixamos de ser o ‘’homem primitivo da caverna’’. 

No Mercy: Sua salvaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora