Capítulo 04

75 10 1
                                    

Sei que já faz um tempo desde que atualizei esta história. Espero que vocês ainda estejam interessados. Aproveitem!


Quando Bonnie abre os olhos, é de manhã. Uma manhã nublada e fria, ela pensa, sentando-se. Eles estão na floresta, cercados por uma névoa espessa. Ela estremece. A névoa é um elemento permanente neste mundo. O que quer que tenha me tocado está lá fora? Está observando? Ela se pergunta com um leve tremor sobre seu corpo.

Há um gosto metálico estranho em sua boca, Bonnie franze a testa.

"Eu te dei meu sangue."

Bonnie encontra Klaus sentado no chão, bem na frente dela. Suas costas estão apoiadas em uma árvore sem folhas.

Bonnie lambe os lábios. A dor nas costas e no ombro desapareceu, graças ao sangue de Klaus, sem dúvida. O híbrido também a cobriu com sua jaqueta, desde quando Klaus Mikaelson é um cavalheiro? Bonnie se pergunta enquanto o observa em silêncio. Ela não sabe o que fazer com ele. A única coisa que ela sabe é que ela preferiria ficar presa com ele do que sozinha. Este mundo é assustador e perigoso e ter o híbrido com ela lhe dá alguma segurança. É loucura, mas é a verdade.

Klaus cruza os braços sobre o peito e a observa silenciosamente. Sua expressão é neutra, sua postura indiferente. Naquele momento, Bonnie deseja poder ler mentes para poder dar uma espiada dentro da cabeça dele.

"Obrigada", ela diz finalmente. O sangue dele curou a marca de mordida na mão dela e os cortes também. Sua fome, sua sede e seu cansaço também se foram. Ela se sente revitalizada. Ela sente que pode escalar a montanha mais alta ou correr por quilômetros sem nunca se cansar. Como ela não poderia, o sangue dele é poderoso, ele é um híbrido de mil anos, afinal. Ela se sente um tanto estranha sabendo que tem o sangue dele fluindo dentro de suas veias.

Klaus assente, os olhos vagando em direção ao pequeno fogo entre eles. Está morrendo. "Vou pegar mais lenha." Ele diz se levantando.

"Não há necessidade." Bonnie olha para as chamas e o fogo ganha vida mais uma vez. Ela não se sente mais relutante em usar magia. Não só isso, mas há uma facilidade na maneira como sua magia flui dela para o fogo que a surpreende. Geralmente, é preciso um pouco de concentração antes que ela possa usar sua magia. Depende de quão difícil é o feitiço, mas desta vez ela acendeu o fogo sem pensar. Há um formigamento dentro de seu corpo que a faz se sentir quente e ela poderia jurar que sente algum tipo de corrente elétrica girando dentro dela. Ela olha para suas mãos se perguntando o que mudou para fazê-la se sentir assim.

Klaus encara as chamas antes de mover seu olhar para ela novamente. "Você revidou?", ele pergunta de repente, inclinando a cabeça para o lado e olhando para ela com um estranho tipo de intensidade.

"O quê?" Bonnie olha para cima confusa, o jeito que ele está olhando para ela a deixa nervosa. É quase como se aqueles olhos azuis pudessem ver através dela.

"A coisa que te atacou na casa", Klaus diz — seus olhos nunca deixando o rosto dela. "Você revidou?", ele pergunta novamente.

Bonnie balança a cabeça. "Eu não vi... Eu podia sentir alguém, mas não vi nada." Arrepios se formam em sua pele enquanto ela se lembra do medo que sentiu na noite anterior. "Eu nem pensei em usar minha magia contra isso." Ela admite com um leve rubor nas bochechas. Mas minha magia me ajudou a escapar abrindo a porta , ela lembra.

"Você precisa começar a pensar e agir como uma bruxa." Klaus diz a ela de forma reprovadora. "Qual o sentido de ter todo esse poder se você não sabe como usá-lo corretamente?"

"Eu sou uma bruxa." Bonnie olha para ele, não gostando do tom de sua voz.

"Você não age como uma." Klaus retruca com seu sorriso muito familiar no lugar. "Você age e pensa como um humano humilde, não como a bruxa que você é."

𝕭𝖑𝖔𝖔𝖉 𝖔𝖓 𝕿𝖍𝖊 𝕽𝖆𝖎𝖑𝖘, 𝔟𝔬𝔫𝔫𝔦𝔢 𝔟𝔢𝔫𝔫𝔢𝔱𝔱Onde histórias criam vida. Descubra agora