Uma semana depois do incidente lá no laboratório minha mão estava normal novamente, e eu já podia sentir-lá.
Isso é muito estranho. Minha mão estava vermelha no começo, mas depois foi voltando ao normal, como se precisasse apenas de alguns dias para se recompor. Será que os outros poderes dos infectados era assim ? Eles machucavam e depois de dias o ferimento sarava ? Não sei. Isso é algo interessante para pesquisar.
"Pensando em algo ?"
Aquela voz me assustou e eu voltei à vida. Era a Esther, uma amiga de trabalho
"Não...Só estou um pouco destraída" respondi calmamente, enquanto levava minha xícara de café à boca
"Temos um novo infectado. Dizem que ele pode hipnotizar" tremeu
"Aham" olhei para o chão e balançei os pés
"O que destraí ?" sentou ao meu lado "Seria um...Garoto ?"
"Tá mais pra um homem" bebi um gole "Ele parece ser mais velho que eu"
"Quantos anos aproximadamente ?" brincou com a ponta dos seus cachos
"Sei lá...Uns 25, acho" dei de ombros
"Você tem 19, então essa idade está em sua altura" sorriu
"Hm" limpei o canto dos lábios com o guardanapo e levantei da cadeira "Tenho que entrevistar esse tal hipnotizador" ri
"Boa sorte e vê se não faz contato visual com ele" acenou
Acenti e entrei novamente no laboratório, encontrando dois parceiros de trabalho paralizados.
Olhei para a cela e tinha uma criança lá dentro.
Toquei no ombro da Kelly e do Daniel e eles pareciam estar petrificados
"O que você fez à eles ?" perguntei, sem olhar-lo
"Eu mandei eles se fazerem de estátua" riu
"Quantos anos você tem ?"
"10"
"10 ?" falei surpresa
"Sim. Porque não me olha ?"
"Porque você irá me hipnotizar" falei como se fosse óbvio
"É" riu
"Qual seu nome ?"
"Peter"
"Você tem família, Peter ?" perguntei, escrendo algo em sua ficha
"Não. Meus pais morreram na guerra e eu fui criado por uma mulher" falou triste
"Aonde..." quando eu ia passar para a próxima pergunta ele fungou
"Eu sinto falta do meu papai e da minha mamãe" sussurrou
Mesmo lutando para não olhar-ló, foi impossível depois de ouvi-lo chorar baixo.
Me agachei a acariciei seu cabelo. Ele era tão inofensivo. Deve ser horrível para uma criança crescer sem os pais ao lado.
"Hey...Não chore"
"Eu quero voltar pra minha segunda mamãe" fungou
Olhei para os lados e mordi o lábio
"Eu vou te tirar daqui, mas preciso que me prometa que não irá fazer nenhum mal à ninguém quando sair desse lugar"
"Eu prometo" sorriu e limpou o rosto
Abri a cela e ele saiu, abraçando minha cintura. Bagunçei seu cabelo de leve e ele riu
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Immortal || Niall Horan
Science FictionClarice Jones é uma caçadora, uma caçadora de infectados. Infectados são pessoas que foram modificadas por gases tóxicos durante a terceira guerra mundial. Ela caçava e estudava-os, depois eles eram executados. Mas havia um que não podia ser executa...