Não passava do primeiro período de trabalho mas o rapaz já não aguentava mais. Porra! Se formou em medicina veterinária mas a única coisa que fazia no momento era ficar sentado na recepção atendendo os clientes com seu melhor sorriso. Gyuvin era bom com as pessoas tanto quanto era com os animais, e entendia que em um negócio pequeno todos os funcionários tinham diversos deveres, mas terem o colocado na recepção logo no dia que ele não está tão receptivo foi uma grande palhaçada. Havia terminado um relacionamento há poucos dias, e minutos atrás recebeu uma ligação da sua mãe o alertando que sua cachorra tinha fugido de casa, não poderia estar pior. Morria de preocupação, claro, mas não podia sair do trabalho para achá-la.
- Ei Gyuvin, a Yeji já chegou? Ela marcou pras três mas até agora nada.
Apenas balançou a cabeça em negação. Seu irmão, Taerae, era quem estava cuidando das consultas hoje, o pet shop da família apesar de pequeno era bem famoso no bairro.
- Vamo lá cara, o que você tem? Não pode atender as pessoas com essa cara de cu. – o Kim mais velho balançava o irmão para tentar obter um sinal de vida mas era como se ele estivesse congelado.
- Tô preocupado com a Eumppappa, e nossa, que saudade da minha ex... - foi acertado com um tapa na nuca antes que terminasse de falar. Mas que merda! O mundo odeia os bissexuais.
- Se liga Kim Gyuvin, você tá trabalhando – ouviu a porta abrir anunciando a chegada de alguém – a Yeji chegou, vou entrar, vê se faz seu trabalho direito! – o moreno só murmurou um "hm" e continuou olhando atentamente a rua esperando dar de cara com sua Eumppappa.
Coisa que por incrível que parça não demorou a acontecer. Gyuvin preferiu acreditar que foi a lei da atração que trouxe sua filha de volta quando saiu correndo de trás do balcão para a receber, mas descartou a hipótese quando no meio do seu abraço de pai e filha escutou uma voz meio arrogante. Ah claro, tinha ficado ocupado demais para notar que ela não veio só até o petshop.
- Então... - o cara o olhava de cima, era assustador. Se levantou... ah sim, era mais alto, não era difícil ser mais alto que alguém quando se tem quase dois metros. – você conhece essa cachorra estranha?
[Kim Gyuvin foi duramente esfaqueado...]
O jovem não se achava exagerado, se autonominava "incapaz de esconder reações", e isso ficou obvio com a expressão que fez ao ouvir as palavras "cachorra" e "estranha". O homem parado a sua frente continuou.
- Achei essa magrela na rua ali perto da cafeteria mendigando comida, dei um pedaço de pão pra ela mas acho que faz mal né...
[Kim Gyuvin foi tristemente abatido...]
- Pensei, "meu Deus, essa cachorra não deve ter comida em casa, a mãe ou o pai dela deve ser muito irresponsável", aí lembrei desse pet shop e resolvi trazer a filha da mãe pra ca...
[Kim Gyuvin foi loucamente acertado por várias flechas envenenadas...]
- E aparentemente a malandra fugiu daqui mesmo né?- Em todos seus vinte e cinco anos de vida tinha se sentido tão ofendido.
- Ei loirinho, você sabe que acabou de ofender a mim, a minha cachorra e a minha mãe, né? Mas eu vou fingir que não ouvi nada, já que você salvou a Eumppappa.
- Você acha? E quem é "opapa"?
- Acho, e é Eumppappa.
- Que seja, tudo mesma coisa, quem é?
- A minha cachorra!
- Ah sim, é que no pouco tempo que passei com ela eu dei o nome de madona.
[Kim Gyuvin morreu...]
- De qualquer forma, de nada, tô tendo que ir! – E o loiro saiu acenando como se nada tivesse acontecido.
Respirou fundo.
- Eumppappa você comeu pão! Quantas vezes te disse pra não aceitar comida de estranho?
Que se dane, só queria cuidar de tudo logo e ir pra casa.
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Cat & Dog
FanfictionGyuvin é um veterinário passando por maus bocados. Além do término recente, também anda preocupado com sua cachorra que está fugindo de casa frequentemente. Até que um dia um homem arrogante a trás de volta e ainda tem coragem de a chamar de "magrel...