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|LUNA|

Duas semana depois...

Cada dia parecia mais sufocante. Viver de aparências era uma tortura constante, e fingir que estava tudo bem com Grego era uma tarefa impossível. As noites eram especialmente difíceis, sentia falta de Coimbra.

Sentada no meu quarto, me virei para Olívia, que estava jogada na cama, mexendo no celular.
Ela estava me ajudando muito, me fazendo companhia... sem ela eu já teria surtado.

— Olívia, eu não aguento mais isso. — comecei, a voz carregada de frustração. — Fingir que está tudo bem com o Grego, viver sob vigilância. Ele colocou ainda mais gente para me vigiar. - bufo.

Olívia levantou os olhos do celular, me encarando com preocupação.

— Imagino amiga. Isso não é vida pra ninguém, odeio te ver no meio dessa merda. - faz bico.

— Pior de tudo, não to conseguindo falar direito com Coimbra.

Sentindo um nó se formar na minha garganta.

— Toda vez que tento ligar, alguém aparece. E quando conseguimos falar, é sempre com pressa, com medo de alguém ouvir. Eu odeio isso. Odiava viver vigiada, e agora está pior do que nunca. - passo a mão no rosto.

Olívia se levantou e veio se sentar ao meu lado, acariciando meu cabelo.

— Você precisa relaxar a mente, respirar novos ares. - levanta animada. — E se a gente ir em algum lugar pra relaxar? Falo com Marçal pra chamar o Coimbra, inventamos uma desculpa e seu pai nunca vai desconfiar. - sorri. — acho que ele confia em mim.

A ideia parecia maluca, mas ao mesmo tempo, poder sair desse lugar e a esperança de ver Coimbra sem restrições era tentadora.

— E que desculpa a gente pode dar? — perguntei, curiosa.

Olívia sorriu, com um ar de conspiração.

— relaxa baby, vou te tirar desse lugar. - me abraça.

E assim fizemos, Olívia inventou toda uma história para meu pai, até chorou contando.

Ele acreditou por incrível que parece, após ouvir que estávamos indo para casa de uma tia dela que tinha morrido, e como as duas eram muito próximas Olívia havia ficado abalada com a notícia, e como amiga, ela precisava de todo o meu apoio nesse momento difícil.

E assim saímos do morro na sexta de manhã, ficou combinado que no sábado de tarde eu estaria de volta.

Marçal tinha avisado que Coimbra tinha chaves de uma casa na praia que era de sabiá. Decidimos ir só nós pra lá, acho que todos precisávamos dessa folguinha... por mais que seja por pouco tempo.

[...]

- porra, tava morrendo de saudade de tu preta. - cheira meu pescoço.

- também, muita muita. - deposito um selinho em seus lábios. - nem acredito que consegui sair de lá. - encaro coimbra.

- e como estão as coisas? Conseguiu mais informação? - se ajeita na cadeira de sol.

Os sons das ondas quebrando exalava pela primeira vez uma tranquilidade que eu não sentia a tempos, estávamos deitados nas cadeiras de sol que ficavam na areia. Havia pouco tempo que tínhamos chegado, Coimbra não contou pra Tucano pra onde ia. Por mais que acreditamos que ele não contaria ao meu pai, preferimos evitar.

- não consegui nada. - bufo. - fico só fazendo contas e organizando documentos, e quando não to na boca fico presa em casa.

- caralho, esse grego é um carente mermo. Na moral ele deve ter merda na cabeça - faz carinho em meu braço. - também não consegui nada novo, ninguém lá comenta sobre isso.

- e seu pai até hoje nada né. - olho para horizonte vendo alguns pássaros passarem no céu.

- Não. - murmura

Ficamos em silêncio apenas aproveitando o clima e a companhia um do outro, me aconcheguei mais em seus braços sentido seu perfume invadir ainda mais minhas narinas.

- quero mostrar um lugar pra tu mais tarde. - sussurra em meu ouvido. - acho que você vai se amarrar.

- que lugar? - encaro sua Íris escura com animação.

- Surpresa amorinha. - me da um selinho demorado

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NOTA

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Beijos da Cindy 💋

Até o próximo...

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