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aurora bellavouir, point of view

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As pessoas abriam caminho quando eu passava pelo corredor

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As pessoas abriam caminho quando eu passava pelo corredor. Me olhavam como se tivessem vergonha de si mesmos, e aquilo me incomodava. Não fiz nada para merecer toda aquela atenção, não sei qual é o motivo de eu tê-la.

Mas tenho certeza que não é por causa do meu cabelo curto ou minhas vestes, isso não está mais na moda, e hoje em dia você precisa de algo a mais para chamar atenção.

Sempre tive muitos amigos. Desde o primeiro dia que estudei nesta escola, consegui fazer amizade com um grande número de pessoas, e acho que foi um dos motivos por me tornar tão popular como sou hoje.

Mas não fiz nada além disso para merecê-la. Antigamente, as pessoas gostavam muito de mim. Mas como nem tudo na vida é um rio de rosas, muitas fofocas acabaram surgindo na boca do povo, e mentiras absurdas eram ditas sobre mim, o que me fez ser um pouco mais grossa com as pessoas do que antes, e isso aumentou o número de pessoas que me odeiam.

Mas aquilo estava afetando minha saúde mental, não havia como continuar com aqueles comentários horríveis que estavam dizendo.

Mesmo que exista muitas pessoas que não gostam de mim, todas elas me seguem. E não sei se é por inveja, ódio, ou porque estão enganando elas mesmas, mas me tornei ainda mais conhecida depois que comecei a me proteger.

As aulas acabaram de voltar, e esse é o primeiro dia depois de meses de férias. Eu ainda não estou acostumada acordar cedo novamente, mas isso não me impede de me maquiar ao menos um pouco. Até porque, eu ganhei o status de popular, e não quero arruina-lo. Não vou mentir, gosto muito disso.

Vou para a sala da minha primeira aula, que é literatura, e me sento em uma das primeiras cadeiras.

Nenhuma das minhas amigas mais próximas fazem essa aula comigo, então eu mexo no celular enquanto espero a aula começar.

— Bom dia alunos — o professor Murillo diz ao entrar na sala. — Antes de começar a aula, gostaria de apresentar novo aluno da escola para vocês. Este é o Richard Ríos. — Ele aponta para o aluno que se sentou na última cadeira da sala.

Ele está de cara fechada e com uma jaqueta de couro velha, que aposto que era de seu pai, pelo estado que se encontra. Richard não fala nada, nem dá moral ao professor, e torna o clima da sala mais estranho que deveria.

— Você não quer se apresentar sr. Ríos?

Professor Murillo pergunta, mas o novato apenas rola os olhos e cruza os braços.

— Bom, parece que o dia do nosso motoqueiro não está tão bom. — O mais velho brinca tentando amenizar o clima estranho dentro da sala.

Ele então dá continuidade a aula, mas eu não consigo olhar para frente, meus olhos permanecem no aluno novo que se encontra de mal com a vida.

Ele tem cabelos moreno, porém platinado, e o resto de sua vestimenta é preta.

O cabelo tampa um pouco seu rosto, então não consigo ver seus olhos, mas posso jurar que sinto seu cheiro daqui.

Eu quase chego a fechar meus olhos para que sinta com mais intensidade, até que seu rosto se vira até mim.

Ele me olha como se estivesse me avisando sobre algo, mas não diz nada, e por algum motivo não desvio o olhar.

— Srta. Bellavouir — ouço alguem me chamando, mas não ligo, até que o novato para de olhar para mim.

— Srta. Bellavouir! Eu te fiz uma pergunta, onde você estava com a cabeça? — É o professor. Me viro para frente rapidamente e tento recompor minha postura.

— Sim? Me desculpa professor, ainda estou em clima de férias, você pode repetir? — Digo tentando disfarçar o fato de que fiquei completamente hipnotizada por Richard.

Um aluno logo atrás de mim levanta a mão, e o professor da a palavra a ele.

— Andrews já vai falar! — ele diz.

Passo o resto da aula escondendo minha vergonha da turma inteira, principalmente do aluno novo. Isso nunca havia acontecido antes.

O tempo não demora muito para passar, e logo estou sentada em uma mesa do refeitório almoçando com meus amigos.

— Aurora, Aurora — minha amiga Amanda me chama desesperadamente.

— O que foi?

— Você já viu o aluno novo? — aponta para ele com a cabeça.

Ela pergunta, e olho para o lado, o vendo entrar no refeitório, e se sentando na mesa mais vazia do lugar.

Agora com o sol batendo pelas janelas, consigo ver seus olhos, que são cores de mel, capazes de hipnotizar qualquer um, então eu não tenho culpa neste aspecto, mesmo que não tenha conseguido ver seus olhos naquela hora.

— Sim, nós fazemos aula de literatura juntos — digo despreocupada. — Porque? Gostou dele?

—Você não?— Ela diz como se o fato dele ser bonito fosse óbvio — Fiquei sabendo que ele foi expulso de outra escola, por isso que está aqui. E isso é ainda mais excitante.

— Bom, ele não é grande coisa, já vi alguns mais bonitos.

— Então por favor, me apresente! Porque faz tempos que eu não conheço alguém assim. — Ela o encara como se fosse devorá-lo ali mesmo.

— Por que não vai até ele? O apresente a escola. — Digo empurrando seu ombro na direção dele. — Se é que você me entende...

Ela ri e junta coragem para ir falar com ele. Amanda é muito bonita, seus olhos são castanhos, e seus cabelos são ruivos, ela tem um sorriso de dar inveja, e um corpo maravilhoso. Ela com certeza
pode ter quem quiser.

A observo ir na direção dele, mas Guilherme Henrique atrapalha minha visão.

— Oi meu amor! — Ele me
cumprimenta me dando um selinho. — Estava com
saudade. — Antes que eu possa falar algo, sua língua está dentro da minha boca mais rápido do que eu poderia contar.

Olho de relance para Ríos e Amanda, e vejo que ele está olhando para mim, então capricho no beijo que estou dando em Gh.

O agarro com força e passo minhas mãos no cabelo dele o puxando para perto de mim.

Guilherme passa a mão pelas minhas costas e vai descendo, e quando chega na minha bunda, eu me solto dele.

Olho para Gh que está bronzeado por ir muito á praia. Ele está parecendo um tipico surfista, mesmo que não surfe.

Qualquer pessoa que olhasse para ele, iria ver seus olhos castanhos um pouco escuros e seu cabelo também castanho.

— Eu também — digo com um sorriso malicioso.

Olho novamente para o novato, que continua me observando, mesmo que Amanda esteja enchendo os ouvidos dele de palavras.

Volto a atenção para o meu almoço, e tento esquecer o que acabou de acontecer.

Não sei porque estou fazendo isso, tenho um namorado extremamente atraente, que me ama e me respeita. Porque estou dando atenção para um menino que foi expulso de uma escola?

𝐃𝐈𝐆𝐀 𝐌𝐄𝐔 𝐍𝐎𝐌𝐄, 𝗋𝗂𝖼𝗁𝖺𝗋𝖽 𝗋𝗂𝗈𝗌Onde histórias criam vida. Descubra agora