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Grace Blanchard

Deixei que Oliver escolhesse a música e vim diretamente para a cozinha do meu apartamento procurar pelo meu melhor vinho. Estávamos conversando já tinha alguns bons minutos e estava na hora de partir para a ação. Ele era interessante e sabia como levar uma conversa, mas não veio até aqui para isso.

Peguei a garrafa de vinho do armário e a abri com facilidade por ser uma grande apreciadora de vinho. Sempre que podia estava bebendo. Alcancei duas taças de vidro e voltei a caminhar em direção a sala. Oliver estava sentado no sofá com seu celular em mãos e tinha colocado para tocar uma música que não reconheci, mas o ritmo era lento e até mesmo bem sexy.

Ótimo.

A medida que me aproximei ele sorriu largando seu celular e coloquei a garrafa de vinho na mesa eo centro da sala. Lhe entreguei a taça já com o líquido dentro e sem perder tempo vim a me sentar em seu colo. Seus olhos se arregalaram e eu sorri.

Claramente não estava acostumado com uma mulher de atitude como eu.

— Tudo bem? — Ele perguntou parando com uma mão em minha cintura e com a outra levando a taça até seus lábios.

— Tudo ótimo, e com você? — Sorri para ele e levei até a taça até meus lábios, tomando um pouco do vinho.

— Melhor impossível. — Ele disse se ajeitando no sofá e notei que parecia meio tenso.

Sorri para o mesmo e larguei minha taça de vinho, levando as mãos até seus ombros e passando a massagear ali.

— Por que está tão tenso? Não é como se nunca tivesse tido uma mulher sentada no seu colo. — Perguntei e mantive minhas mãos em seus ombros, fazendo uma leve massagem.

— Você é... diferente de todas elas. — Ele murmurou fechando os olhos e suas duas mãos pararam em minha cintura.

Franzi o cenho mas acabei por ignorar e ousei rebolar em seu colo. Oliver inspirou profundamente e sorri mais satisfeita.

Tirei a taça da mão de Oliver a colocando em cima da menina também e voltei toda minha atenção para ele.

— Não parei de pensar em você por um segundo desde que te vi na festa me olhando. — Falei em um tom mais baixo e aproximei meus lábios de seu pescoço, deixando um beijo molhado em sua pele.

— É impossível não olhar para você, Grace. — Ele falou já num tom mais baixo e seus dedos se apertaram em minha cintura com força

— E por que não está olhando agora? — O provoque voltando a rebolar lentamente em seu colo.

Soltei um suspiro levando minha mão até a do moreno e a descendo até minha bunda. Não sabia porque estava com medo de me tocar.

Seus olhos se abriram vindo a se encontrar com os meus e encontrei suas pupilas dilatadas.

— Você é muito bonita, sabia? — Ele falou subindo uma mão até meu rosto e afastando alguns fios de cabelo dali. — Muito bonita mesmo, Grace.

Revirei os olhos não evitando sorris e neguei com a cabeça enquanto passava meus braços pelo pescoço de Oliver.

— Você também é muito bonito, Oliver. — Falei aproximando mais meu rosto e rocei meus lábios nos do moreno.

Sua mão que ainda estava em minha bunda apertou ali sem tanta força e ele a subiu para minha nuca, puxando meu rosto para mais perto do seu.

— Eu quero tanto beijar você... — Ele sussurrou com os lábios praticamente colados nos meus.

Terminei de juntar nossos lábios apenas para morder seu inferior sem muita força e o empurrar para trás contra o sofá.

— Pode me tocar, Oliver. Pode me beijar, pode fazer o que quiser. — Murmurei e dessa vez vim a acabar de vez com toda a distância que existia entre nós.

Sabia que se não tomasse controle da situação ele não iria tomar, e eu o queria tanto para fazer a difícil.

Ele ainda me olhou por longos segundos antes de voltar a colocar os lábios contra os meus e me deixar mais satisfeita. Me ajeitei melhor em seu colo e dessa vez suas mãos foram até minha cintura, me puxando mais para cima e me arrumando melhor ali. Passei minhas pernas por cada lado de sua cintura e o beijo passou a tomar um ritmo um pouco mais rápido.

Não deixei de sorrir.

Talvez ele só fosse tímido.

Levei minha mãos até a nuca do moreno puxando seu cabelo sem muita força e puxo seu corpo mais para mim, se é que isso fosse possível, já estávamos praticamente colados, e eu estava gostando de toda essa proximidade. Desço minha mão livre até os botões da camisa que Oliver estava usando e começo a desabotoar um por um.

Ele tombou sua cabeça para trás dando um gemido baixo quando deixei uma mordida em seu pescoço e acabei por me arrepiar apenas com isso. Precisava o ouvir gemer mais vezes.

— O que está fazendo? — Ele murmurou já com a respiração ofegante e suas mãos voltaram para a minha cintura.

— Te beijando. Não gosta? — Perguntei levantando meu olhar para o olhar e sorri de lado.

— Gosto... — Ele murmurou baixo e o olhei confusa. Não estava tão assim convencida.

Suas mãos subiram até meus ombros e deslizaram por meus braços. Franzi o cenho e retornei a beijar seu pescoço de forma lenta enquanto descia cada vez mais.

Deixei um último beijo em seu peito e levantei meu olhar novamente, me afastando um pouco.

— Você não está no clima. — Murmurei frustrada arrumando meu cabelo e me ajeitei em seu colo. — Não parece querer nada disso.

— Eu quero! Quero sim. — Ele tratou de falar de maneira rápida e negou com a cabeça. — Por que está dizendo isso?

Não segurei um sorriso cínico. Ele estava no mínimo se fazendo de sonso. Era perceptível o seu nervosismo embaixo de mim.

— Está todo tenso, parece que não queria estar fazendo isso. — Falei negando com a cabeça e não evitei uma careta. — Tudo bem se quiser ir embora, não é obrigado a nada.

— Mas eu quero isso! Só estou um pouco sóbrio demais. — Ele falou trazendo as mãos até meu rosto e me fazendo encara-lo. — Você não quer?

Suspirei de forma pasada e afastei suas mãos. Eu o queria como nunca antes quis alguém.

— Eu queria, mas não quero mais agora que praticamente disse que só ficaria comigo se estivesse bêbado. — Falei negando com a cabeça e me levantei de seu colo.

— Não foi isso o que eu quis dizer! — Ele disparou passando as mãos no rosto e suspirei meio frustrada com toda a situação. — Eu estraguei tudo, não é?

Nem fiz questão de o responder.

— E o que é que você quis dizer então? — Pergubtei cruzando os braços e mandei um olhar feio.

— O problema não é você, sou eu! — Ele falou o óbvio e apenas confundi o olhando, esperando por mais. — Não costumo fazer isso tão... sóbrio.

Fechei meus olhos por breves segundos e os abri novamente. Não sabia o que pensar.

— Eu não sei nem o que te falar, Oliver. — Disse dando de ombros e passei a caminhar em direção ao corredor. — Eu vou tomar um banho, se quiser continuar aqui pode me esperar no meu quarto.

— Eu... posso ir com você?! — Ele veio a falar de forma rápida e eu franzi as sobrancelhas confusa. — Mas só se você quiser.

Caminhei na direção de Oliver segurando sua mão e comecei a fazer meu caminho até meu quarto.

— Não pode, mas pode me esperar aqui. — Falei o empurrando para que se sentasse na cama. — Não vou demorar.

— Tudo bem. — O ouvi dar um suspiro que me pareceu mais frustrado do que qualquer outra coisa. — Eu posso passar a noite aqui?

- Pode, fique a vontade. — Respondi com um sorriso e caminhei em direção ao banheiro.

Precisava de um banho, esfriar a cabeça depois de todas essas frustrações.

down bad !¡ oliver bearmanOnde histórias criam vida. Descubra agora