Há momento para tudo

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Há muito tempo os humanos comuns contrairão uma doença que matou muitos. Implorando proteção aos deuses e buscando um meio de sobreviver, um deus se compadeceu daqueles sofredores e cedeu-lhes uma graça ao juntar suas almas com a dos lobos. Assim eles poderiam aprender o valor da união e ver beleza nas pequenas ações.

Então todo o mundo mudou novamente em prol ao que o deus disse e fez.

Na nova comunidade surgida, os alfas, providos de grande força física e mental, ficaram responsáveis por prover alimentos a sua família. Os betas, mais próximos dos antigos humanos, ficaram responsáveis por ensinar os novos e voltados a trabalhos domésticos. Já os ômegas eram responsáveis pela reprodução da nova espécie já que não possuíam força física como as outras duas classes.

Por meio século a classe ômega foi venerada como deuses, pois eles geravam novos descendentes e cuidavam para a geração ser ainda mais forte, porém tudo mudou quando um beta deu a luz e outros também começaram a gerar e foi percebido que a geração nascido deles eram mais resistentes… Então a classe ômega foi rebaixada e maltratada.

Não se sabe se o deus se compadeceu novamente ao ver tal sofrimento vindo da criatura que era para ser trata com respeito e amor, mas um dia um ômega foi extraordinário para sua matilha que passava por fome e sede. De suas mãos tudo tocado ganhava vida e a matilha sobreviveu.

Esse foi o primeiro relato de um dom no mundo.

Os anos transcorreram bem e em paz, porém com a evolução guerras vieram, mais dons surgiram e o poder enlouqueceu os fracos.

Uma das maiores guerras foram contra a matilha Wen.

Toda matilha composta de alfas e betas, os poucos ômegas eram tratados com desprezo e maus-tratos, usados somente para procriação, e se não tivessem filhotes alfas ou betas… O pequeno filhote era morto na frente de todos. A força bruta dessa matilha levou muitos a temê-los e se submeter aos desejos hediondos que eles queriam, ou seja, fazer as outras matilhas seguirem suas leis.

Tudo somente mudou quando cansados as outras matilhas se reuniram e começaram uma guerra, pois ninguém mais queria perder seus filhos ômegas.

- … Com as forças unidas e os deuses nos abençoando, conseguimos vencer e hoje o mundo é próspero e de quase igualdade! Quando você crescer, poderá cultivar e ser um guerreiro valente!- Sizhui terminou sorrindo e o filhote resmungou sonolento.

- Ele parece inquieto desde a manhã- JingYi murmura. - O que houve? Não gastou ainda toda essa energia?- pergunta risonho pegando o filhote do ômega.

- Devagar A-Yi!- reclama, mas o filhote riu segurando o rosto do alfa.

- Podem ir. Posso cuidar dele!- Lan Xichen murmurou depois de pôr a bandeja de chá na mesa.

- Só queremos saber se está tudo certo o senhor ficar aqui.

Depois daquele encontro estranho com o Líder de LanLingJin, os mais jovens providenciaram um pavilhão para seu líder se estabelecer, já que ele se recusou a ir ao Hanshi. Foi bom porque ficava mais próximo aos próprios quartos e a área de treinamentos. Quem sabe isso não animava o mais velho.

- Gege...- o pequeno chamou se remexendo para ser solto.

JingYi sorriu e o colocou no chão vendo o pequeno correr para sentar no colo do mais velho em busca de carinho. Realmente era fofo, esperava que um dia tivesse filhotes adoráveis como o pequeno… E que todos fossem a carinha fofa de Sizhui, só bastava o ômega aceitar.

In my eyes /Xicheng/Onde histórias criam vida. Descubra agora