Amon
Kaíque era tão... desgraçadamente atraente. Aquele jeito meio esquisito dele chamava minha atenção. Giovana não entendia o porquê eu sempre encanava com ele, mas ela, assim como todos, não sabiam que na verdade eu tinha era tesão naquele nerd filho da puta. Tímido, cheio de sardinhas na bochecha, boquinha carnuda e perfeita para... vocês sabem.
Eu conseguia imaginar aqueles lábios fartos dele em volta da minha pica. Ele tinha uma carinha de boqueteiro do caralho, e eu sempre zoava ele com isso. Kaíque ficava vermelho como um pimentão, cheio de vergonha e caralho... Meu pau chegava a pulsar só de ver a carinha de timidez dele.
- E aí, boqueteiro? - Sussurrei no ouvido dele. Ele estremeceu ao ouvir minha voz de perto e meu pau deu uma mexida dentro da cueca sentindo aquele cheirinho de creme hidratante no pescoço dele. Metrossexualzinho do caralho, gostoso, filho da puta. Eu amava xingá-lo na minha mente, já pensava em mil putarias.
- O que você quer, Amon? Não fala comigo. - Era fofinho o jeito que ele ficava tenso, suando frio e balançando a perna direita quando se sentia ameaçado. A professora estava distribuindo as provas e eu continuei próximo do ouvido dele, percebendo seu nervosismo e querendo tirar proveito disso.
- Só para te lembrar que eu tô contando com você. - Estávamos há alguns minutos do início da prova e eu sentei atrás dele já pensando em arrancar algumas respostas. Kaíque sempre me ajudava. Não por livre e espontânea vontade, é claro, mas ajudava.
- Silêncio, gente. A prova já começou. Não é só porque eu estou distribuindo e vocês ainda não estão com ela em mãos que podem conversar. - A professora chamou a atenção, e eu sentei corretamente na cadeira com um meio sorriso nos lábios. Cutuquei a perna de Kaíque com o meu tênis e ele se afastou todo pilhado e nervoso. Dei uma risada sincera e a professora me encarou com os olhos semicerrados. Ergui ambas as sobrancelhas para ela e me comportei o restante do tempo.
Dessa vez a prova foi diferente. Além da professora ficar perambulando pela sala, ela fez o favor de mudar as provas, alterando a posição das questões, droga. Minha prova era uma e a do nerd era outra. Ainda assim eu tentei chamar a atenção de Kaíque para que ele pudesse me passar alguma resposta, mas ele era ansioso demais, não sabia disfarçar. Tentei por várias vezes pegar cola com ele, porém o filho da puta me ignorava, fazendo sua prova atentamente. Fiquei puto, fiz a prova de qualquer jeito e saí da sala já pensando em como eu iria me vingar do nerdola esquisitão.
Kaíque
Era difícil ser aluno do Colégio Félix Pedroso. Quando eu era gordo, implicavam comigo. Emagreci e continuam implicando comigo, só que bem menos. Na real, Amon von Hoffman era o único que pegava sempre no meu pé. Eu pensei que quando eu emagrecesse, ele iria sumir e parar de ser um babaca comigo, mas não. Na verdade ele sequer deve saber quem eu sou, pois quando eu era gordo, pertencia a outra turma. Agora sou da mesma turma que ele só que com alguns quilos a menos. Muitos quilos a menos. Isso fez com que algumas pessoas largassem do meu pé e outras me encararem de um jeito... diferente. Mas eu menosprezo todas essas pessoas e só trato bem quem sempre esteve comigo.
Meu intuito nunca foi um body revenge, eu emagreci porque tive depressão mesmo, mas essa parte ninguém sabe. Minha terapeuta tinha recomendado atividades físicas para eu tentar curar essa doença e junto com ela eu também comecei a praticar boxe e calistenia. Com isso eu fiquei com um corpo atlético, melhorei um pouco a aparência e consegui ficar um pouco menos depressivo, entretanto alguns monstros do passado ainda me assombram, mas como eu ainda não parei com a terapia, tenho tempo de tratá-los ainda.
Eu estava em meu quarto jogando League of legends quando Samanta entrou como se fosse um furacão cor de rosa. Retirei o fone de ouvido já me arrependendo de ser uma pessoa tão empática e solidária.
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Hit Me Hard And Soft (+18)
Short StoryUma série de contos one shot (eróticos ou não) inspirados nas canções do álbum Hit Me Hard And Soft da Billie Eilish. Irei tentar traduzir o que a Billie quis dizer com o título do álbum. Apesar de ser com força, ainda dá pra fazer com carinho...