Precoce rosa perfumada.

001.

Cassie sempre teve complicações em sua vida, principalmente depois que o velho Rogerio morreu, eles tinham um barzinho que por pouco não foi a falencia pois o pai fez um emprestimo, teria sido bom se Rogerio tivesse feito apenas um, mas não foi o caso, ele foi pedindo mais e mais emprestimos na esperança de fazer algum negócio dar certo, porém o velho morreu deixando sua divida de 50mil a cargo de sua filha. 

  A garota nunca foi boa em fazer muita coisa, ate mesmo no bar ajudava apenas atendendo no balcão,  se Cassie fosse de mesa em mesa anotando os pedidos o bar teria fechado antes mesmo de fazer dois anos, a questão é que ela é muito estabanada, já foi demitida de mais de  empregos. Em meio a tanta tristeza de perder o pai, e ter que pagar uma divida de 50mil sem ter nenhum trabalho, e os credores já a estavam pressionando a um tempo.

'' tudo oque meu pai deixou foi o bar, mas pelas ameaças que ando recebendo parece que vou ter que vender''  neste  momento Cassie tomou a decisão de vender tudo oque tinha pegar o dinheiro e ficar o mais longe possivel dos cobradores ou qualquer filiados a facção das Brumas vermelhas. Chegando perto de sua casa viu uns usuários de dr*gas  na frente do portão do bar. ''oque vcs querem? não estão vendo que já fechou'' olhando aqueles projeteis de gente quase caindo no chão '' calma ai tia, a gente só quer tomar uma e vazar''    '' pois vão tomar uma, mas bem longe daqui '' não adiantaria discutir com esse tipo de gente. Após abandonar os drogados na calçada entrou dentro do quarto e procurou por um jeito de dormir, mas falhou na procura. 

no dia seguinte já tinha colocado seu plano em ação, vendou muitos de seus pertences e alugou um quarto ate encontrar um comprador para o bar. teve que sair de casa, os agiotas estavam a ameaçando cada vez mais, '' sei que papai sempre dizia pra encarar os problemas de frente, mas esse é um problema muito grande, nem que eu trabalhasse minha vida toda não iria conseguir pagar'' decidiu também economizar tudo oque puder, um banho por dia, comida duas vezes por dia e a agua ela pegava da casa da prefeitura. 

* dois dias depois*

Cassie já estava ficando nervosa os cobradores haviam conseguido o número dela mesmo tendo trocado de chip, e nada de um comprador pro bar, bom talvez os cobradores não tivessem acha do o número dela se ela não tivesse colocado embaixo da placa vende-se o contato, mas se não tivesse colocado não teria como vender. '' ah droga, oque que eu vou fazer agora e se eles me acharem já faz dois dias que não dou sinal de vida, eles vão achar que eu to fugindo e eu realmente estou mas se.....Seu Firmino'' Cassie lembrou-se de um homem que anos atrás tinha feito uma proposta a seu pai a respeito do bar. 

A casa de seu Firmino ficava na zona oeste, ou seja ela teria de passar muitas horas correndo, mas era isso ou nada, ela corria como se sua vida dependesse disso, se olhar por outro lado dependia mesmo, olhando pros lados ela viu uma coisa um tanto interessante uma moto paradinha na calçada '' com uma belezinha daquelas eu chegaria em quinze minutos, se eu não chegar rápido aqueles fura moletom dos brumas vão me achar e eu vou de arrasta'' poucos segundos depois que o dono da moto puxa a chave ela a pega, da partida e desce a ladeira em alta velocidade buzinando para as pessoas saírem da frente. Por pouco não atropelou um bando de crianças que brincavam no meio da rua. 

A casa do velho era um tanto diferente, digamos que seja um pouco mais jeitosa que as outras, seria pelo fato de ter mais condições?, '' seu Firmino, cadê tu?'' ela batia na porta, mas não havia nenhum sinal do homem, a forma desesperada como batia na porta era de esperar que ela caísse, do jeito que estava parecia que ninguém iria abrir, veio a mente de Cassie a ideia de quebrar a porta. Levantou a moto caída e foi em direção a porta que caiu sem nenhuma dificuldade '' mas que droga é ess... ah meu Deus, Marcia liga pra policia arrombaram nossa porta'' disse ele vendo uma moto no chão e uma pessoa extremamente desesperada vindo em sua direção. '' não, ninguém vai chamar a polícia, só vim conversar e acho bom o senhor ouvir oque tenho a dizer'' ela olhou ao lado e viu o sofá e logo assentou-se o Firmino foi logo atrás. ''então, lembra daquela oferta que vc fez ao meu pai uns a anos ? queria saber se ela ainda esta de pé'' ele a olhou de cima abaixo boquiaberto '' ahh entendi a mocinha que quebrou a minha porta é a filha do Rogerio, como cresceu, da ultima vez que te vi era só uma magricela cheia de espinhas''   '' isso não respondeu minha pergunta, a oferta tá ou não de pé?''  '' sobre a oferta, bom isso foi naquele tempo, mas agora não estou mais interessado, não preciso de um bar caindo aos pedaços'' Cassie trincou os dentes, chama-la de tripa seca e espinhenta era uma coisa, mas falar do bar que seu pai lutou tanto pra manter era a gota d'água . '' escuta aqui seu velho o lugar não tá caindo aos pedaços e se não está mais interessado vai sentir interesse agora'' disse ela indo até a cozinha '' olha como fala sua encardida, quem em sã consiencia ia querer comprar um lugar como aquele, além do mais pensa que eu não sei, o idiota do Rogerio se envolveu de mais em dividas se aparecerem trombadinhas lá pipocando tudo, eu é que não vou querer estar numa porcaria daquelas'' o homem finalizou seu discurso chegando a porta da cozinha, quase teve um ataque cardiaco, a garota estava com uma faca bem proximo do pescoço dele '' tu tem duas opções, compra a droga do bar agora e fica com seu pescoço ou fica falando merda por mais tempo e a tua cabeça vai sair rolando que nem bola''   ''........................'' um silencio se instalou no cômodo, parecia que Firmino tinha  morrido em pé '' que foi? te dei duas opções escolhe logo''     '' quem tu acha que é em sua piranha, vem na minha casa, arromba minha porta e agora tá me obrigando a comprar a porra de um bar'' Cassie bufou e aproximou ainda mais a faca '' 1..2..3.. ''   '' mais que DROGA abaixa a faca, quanto tu quer?'' porém ela não abaixou '' quanto pode me dar ?''          '' tenho 2mil no banco''  '' só isso ?? ah que seja, tranfere pra mim agora''  como nem um sinal foi obtido ela o puxou pela gola e arrastou ele até o banco onde foi feita a transferência.

Depois de conseguir oque queria Cassie só pensava em fugir do Rio o mais rápido possível.