Confusão no banheiro

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A noite se passou bem tranquila, consegui dormir bem e não vomitei, mas parece que isso só se aplicava à noite, já que assim que eu acordei, senti uma vontade imensa de colocar o café da manhã (que eu nem tinha tomado ainda) todo para fora. Então corri para o banheiro, onde o líquido presente no estómago foi parar no vaso. Bom dia para você também coisa que habita em mim!

Desci as escadas usando apenas o moletom de Jay, que chegava na metade das minhas coxas. Eu precisava comer alguma coisa antes de me arrumar para a escola, então fiz meu café e fui tomar um banho.

O cheiro do Jay estava muito fraco na blusa e parece que essa coisinha (sei là como chama-lo, não estou emocionalmente preparado para chamar de bebė) já estava percebendo, pois as náuseas estavam se intensificando. Se eu fosse sozinho para a escola nesse estado, com toda certeza ia dar alguma bosta no caminho, então mandei uma mensagem para o Jay, pedindo para ele passar aqui para irmos juntos.

Cinco minutos depois eu estava sentado na varanda de casa esperando o alfa e finalmente sinto seu cheiro quando ele estava virando a esquina. Achei um pouco estranho, geralmente eu não tenho um nariz tão sensível assim, deve ter relação com a coisinha. Corri até o alfa e pulei nele, entrelaçando minhas pernas ao redor de sua cintura e encaixando meu rosto na curva de seu pescoço. Como eu precisava daquele cheiro!

- Tá tudo bem Wonie? - Jay perguntou, enquanto segurava minhas pernas para que eu não caísse - Eu sei que minha presença é incrível, mas você nunca demonstra afeto em público.

- Eu precisava do seu cheiro - Respondi simples - Vomitei quando acordei e quase fui de novo umas quatro vezes depois do café.

- Então agora eu vou ser usado assim? - Ele perguntou com uma falsa expressão de indignação - Você não gosta de mim, só está me usando por causa do bebê - Continuou, agora forçando uma voz chorosa.

- E você vai se aproveitar disso - Disse e dei um selinho no mais velho, que sorriu com o ato - Então estamos quites, agora vamos, se não vamos chegar atrasados e não quero que o senhor Kwon me faça dar voltas na quadra.

- Você não vai descer do meu colo? - Ele perguntou e eu neguei rapidamente com a cabeça, sorrindo travesso.

- Me leva e aí eu posso pensar em gostar de você e não só te usar por causa da coisinha.

-Coisinha? - Ele tombou a cabeça para o lado, confuso.

-Não estou preparado para chamar isso - Apontei para minha barriga - de outra coisa no momento.

Ele riu e foi caminhando comigo até a escola. Eu queria dizer que pedi para ele me levar só porque eu estava com preguiça mesmo, mas a verdade é que eu estava me sentindo meio fraco, a coisinha tá me sugando demais. Jay parou de andar uma rua antes da entrada da escola e me colocou no chão.

- Para o bem da minha vida, é melhor você ir andando por agora - Ele disse, segurando minha mão - Por enquanto a coisinha não pode ser órfão.

- O Sunghoon vai acabar com você quando souber da existência da coisinha - Eu ri e começamos a caminhar em direção à escola - Mas eu espero que ele não te mate, eu ainda preciso do seu cheiro.

- Falando nisso, quando vamos contar a eles? - Jay perguntou e eu não vou mentir, fiquei pensando nisso por um bom tempo durante a noite.

- Eu tinha pensado em falar no fim de semana, que aí nossas famílias já vão saber - Disse quando paramos na porta do local - Vou chamar todo mundo para ir lá em casa aí você vai também e nós contamos.

- É bom que o Jeonghan hyung não deixa o Sunghoon me castrar - Jay concluiu.

- E porque eu deveria te castrar? - Uma voz atrás de nós pergunta e quando nos viramos, encontramos Sunghoon e seus namorados nos observando.

A Culpa é sua!! - Jaywon abo Onde histórias criam vida. Descubra agora