Passos apressados pelo corredor de mármore, tilintando devido ao plástico firme da sola preta do sapato da garota. Seu vestido chacoalha conforme Maggot corre, seu olhar desespera-do indo de um lado ao outro, piscando incessantemente. Só percebeu que toda essa correria lhe deu um nó no estômago quando parou em frente à porta, acima de exatamente 206 andares que Maggot subiu para chegar lá. Inspirou fundo antes de abrir a porta, forçando ela porque é absur-damente pesada para seu tamanho. Entrou no quarto e trancou imediatamente a porta, largando a chave na mesa de cabeceira e suspirando antes de despencar nas cobertas rosa bebê, mais macias que qualquer tecido. Agarrou o travesseiro e enfiou-o em sua cara, gritando. A garota se levantou e passou as mãos na saia, como se retirando poeira presa nela. "Que ódio! Não aguento mais isso." Disse, e sentou na beira da cama, seu rosto se contraindo em algo como uma expressão de raiva misturada com cansaço. O seu vestido branco de seda está manchado com algo vermelho, que cheira a carniça fresca, ela olhou para a mancha, com nojo, e tristeza. No peito de sua mão, a luva rasgada mostra o corte, não muito profundo, mas doloroso, feito por uma faca fina, talvez uma adaga. Seus olhos mostram olheiras profundas, e sua respiração está pesada. Ela se levanta mais uma vez e vai até o espelho, dando passadas curtas. Analisa a situação de seu rosto, pálido, seus olhos cor de âmbar marcados pelas olheiras, lábios vermelhos, um pequeno corte ainda sangrando no meio de sua boca. Seu vestido é branco feito de seda fina, preso por uma faixa de mesma cor, as mangas bufantes possuem babados nos pulsos, adornados de flores bordadas em linha branca e estrelas de mesma cor.
Algo parecido com isto.
Mas as manchas escuras de sangue estragavam a beleza da roupa, fazendo-a cheirar carniça. Havia manchas maiores na direita, perto da cintura, ainda escorrendo pelo resto da saia. Também haviam manchas menores na barra, quase secando, mas estas não escoriam, manchando mais ainda a roupa tão delicada. Maggot ouviu batidas na porta, e logo foi atender. Abriu a porta com cuidado, quase se escondendo atrás dela, para que quem quer que estivesse ali não vesse a situação do vestido. Uma das criadas estava parada na frente da porta de cabeça baixa, mãos encolhidas, o cabelo liso pendendo da cabeça, se destacando na roupa branca das empregadas do castelo. "Princesa." Murmurou baixo, e Maggot deu um passo para trás, aparecendo parcialmente na porta, olhando fixo para os olhos azuis da moça. "Entre" A voz da princesa estava firme, e a criada entra no quarto.
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⋆⭒˚。⋆ 𝐎 𝐄𝐬𝐜â𝐧𝐝𝐚𝐥𝐨 𝐝𝐚 𝐏𝐫𝐢𝐧𝐜𝐞𝐬𝐚 ⋆⭒˚。⋆
FantasyUma história que eu fiz porque estava no tédio. Espero que goste! <3