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        Dianna. ☀️

acordo sentindo uma dor forte sobre o corpo os olhos baixos é pesados meus braços doloridos com as feridas de cortes abertas novamente, terapia? bom fiz por um bom tempo mais do que adianta terapia se em casa é o próprio inferno

o dia já começa quente com ondulações de calor em plena sete da manhã, pelo silêncio acho que dona flora foi trabalhar e sim essa paz é passageira, claramente o mesmo ritual de sempre voltará a acontecer depois das quatro da tarde

levanto arrumo minha cama, faço minha higiene matinal coloco um pagode na tv começo a fazer algumas coisas olho em meu celular, me assusto ao ver que já são onze é meia começo a preparar algo pra comer
termino de almoçar vou até a pia lavo toda louça do almoço, vou até meu quarto e visto uma roupa leve pra ir tomar açaí com a jade

saio de casa e já vejo a mesma no portão provavelmente me esperando por um simples atraso de meia hora uma besteirinha né
saio andando em direção a mesma ajeito meus cabelos pretos grandes e cheio por cima do meu vestidinho solto branco com detalhes azul

jade- atrasada como sempre né nunca muda- vejo sua face de deboche e continuo sem da a mínima -

- nem é pra tanto coisa de umas meia horinha só dramática

vou pro lado da mesma andando nesse sol quente do Rj vejo algumas crianças brincando na rua enquanto o movimento tá bem eufórico por aqui vejo uma roda de gente em frente ao bar do seu joaquim todos olhando pra uma mesa em específico, um homem com o semblante fechado tatuado moreno de porte médio mesmo assim ainda é maior que eu

vejo duas mulheres brigando por alguma razão
observo alguns homens tatuados com fuzil e armas do lado do moreno alto tentando separar as mulheres que brigavam bolando sobre o chão, vejo um homem forte com o tom da pele queimado vindo em nossa direção

xxx- eai jadezinha- o mesmo comprimenta ela e me dá um abraço retribuo calada sem saber quem é o mesmo -

jade- eae lobinho- lobinho? é cada nome que misericórdia- porra, o zangado mal chegou e as doida já tão arrumando briga pelo patrocínio- fico igual cega em tiroteio sem entender nada mais também não questiono sobre

- é melhor a gente sair antes que der b.o pra nós, vamos tomar nosso açaí- chamo a jade que logo vem pro meu lado junto com o lobinho lá continuando a andar chegando no açaí da dona cleide -

sento em um mesa vendo a jade sentar do meu lado e o cachorro lá o tal lobo sentar de frente pra nós duas, observo os dois conversando e vejo que homem adora uma fofoca também pelo menos esse lobo aqui gosta

lobo- não é de hoje que a samira briga por conta de macho, mulherzinha baixa ela- creio que ele se refere a loira que estava em cima da ruiva dando socos e tapas -

jade- eu ouvi dizer que ela tava querendo pegar a filha da cleidinha da rua 9 no baile- observo tudo atentamente vendo meu açaí chega- samira sempre foi barraqueira desde de pequena é de família já

- mais até onde eu sei a filha da cleidinha ela é casada com um homem do movimento- resolvo me manifestar pela primeira vez na conversa dos dois -

lobo- mais senta pra outros do movimento, aquela ali é piranha treinada mona- vejo ele afinar a voz e dou uma risada da forma como ele se expressou -

depois de um tempinho conversando termino meu açaí indo pagar o mesmo, saio da lanchonete com a jade e o lobo indo pra praça sento na arquibancada observando o jogo dos envolvidos

lobo- aquele ali de calção preto sem camisa- aponta pro homem tatuado moreno que estava pingando suor correndo atrás da bola- dono do jacaré, foi corno pela mulher e pela amante e ainda foi vazado vídeos íntimos das mulher com os amantes, geral gasta dele

jade- chocada bixa- impressionante como esses dois não para de falar da vida do povo- eu fiquei sabendo por altos que ele tinha cobrado e a amante tava grávida do outro homem la- o lobo confirma com a cabeça afirmando a fala da cacheada -

lobo- foi bixa, deu mo treta no comando por que é lei não bater em mulher tá ligada? mais o mano tava na base do ódio no coração

observo o movimento eufórico e todos olhando pra entrada da quadra, vejo o moreno de mais cedo entrando na quadra vindo em nossa direção, ele usava um calção preto fino blusa do mengão jogada no ombro, kenner no pé, corrente fina no pescoço relógio no pulso a própria perdição 

vejo o moreno conversando com o lobo atraindo olhares pra onde estamos, olhares principalmente de mulheres ou melhor projetos de gente, tudo nessa vida tem um limite mais esses tipos de gente não tem um pinguinho de senso, mais se reparar bem nessa perdição de homem elas tem razão de não ter um alto controle

as vezes as coisas boas estão onde a gente menos espera, pelas brigas das menina desse morro esse homem que é o tal chefe deve ser melhor que doce pra criança
saio dos meu pensamentos vendo as horas levanto do banco que estou sentada limpando meu vestido na poupa da bunda abaixado o mesmo olho pra jade levantando também se despedindo dos meninos

saio da quadra andando do lado da minha morena cacheada indo em direção a minha casa, se eu falar que minha mente não está pensando no tal chefe estarei mentindo muito mais não irei comentar nada sobre pra manter minha postura de boa moça.

                                     sou uma leoa indefesa             apenas nos olhos de quem ver.

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⏰ Last updated: Aug 13 ⏰

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Diana Where stories live. Discover now