CAPÍTULO DE DEGUSTAÇÃO

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Capítulo de degustação de AMOR E LIBERDADE para vocês sentirem um gostinho da história...

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CAPÍTULO 1

A nevasca chega forte no início da madrugada. Papai me pediu que ficasse em casa hoje à noite, o que acabou sendo mais entediante do que eu imaginava. Todas as minhas amigas estão no Festival da Neve enquanto eu leio junto à lareira, bebericando o chá de erva cidreira feito por Madame Daisy. Sem sono, assisto aos flocos de neve batendo furiosamente contra o vidro da janela de meu quarto. Minha fina camisola branca de linho roça o piso da madeira morno quando levanto da poltrona e ando em direção à cama.

Papai disse que amanhã será um dia especial, pois um visitante estrangeiro muito importante virá tratar de negócios sérios com ele e eu devo estar presente e disposta para a recepção. Meu pai é Agdar, duque-administrador de Liriel, o que quer dizer que é função dele zelar pela segurança e bem-estar das pessoas que vivem em no ducado. Por causa da autoridade que ele exerce na região, vários comerciantes e mercadores vêm buscar sua autorização a fim de fazer negócios por aqui. O visitante que está chegando provavelmente é apenas um desses homens de negócio, então não entendo por que papai me quer em casa — especialmente durante um dos festivais mais tradicionais de Liriel. É frustrante ser a única garota da vila a não comparecer.

Minha gata, Lana, se espreguiça aos meus pés e mia, pedindo por comida. Deixo meu lugar na janela e a pego no colo.

— Está tarde para me aborrecer, não acha, lady Lana? — sussurro, rindo.

Ela ronrona. Rodopio com ela pelo quarto, me imaginando no festival.

— Um dia nós duas iremos à corte, Lana. Seremos convidadas para os bailes e chás privados da rainha Vytoria, e todos vão implorar por nossa atenção... — Olho para ela e beijo seu nariz gelado. — Bem, no seu caso os gatos é que farão filas imensas para cortejá-la.

Eu sempre quis deixar Liriel, nem que fosse por um dia. Anseio por conhecer a vida na corte de Omem, ir a eventos sociais importantes e flertar com nobres bonitos. Tenho pedido autorização para viajar desde que completei dezoito anos, mas papai diz que meu papel em Liriel como sua única herdeira é importante demais e que nosso ducado precisa de mim, o que, na minha opinião, é muito menos nobre e interessante na prática. Ele é um duque perfeito e nunca precisou da ajuda de ninguém para administrar e resolver problemas — não entendo como eu seria útil nesse quesito.

Decido dar uma rápida caminhada noturna e vou à cozinha, completamente silenciosa à essa hora da madrugada. Encho a tigela de Lana de leite fresco e ela agradece com um miado entrecortado e mata sua sede avidamente. É uma linda gata branca de olhos azuis. Quando a ganhei e ela era só um filhote, pensei que havia nascido da neve e que no inverno era ela quem trazia as nevascas.

Ouço, de repente, sussurros na sala de estar e vou até lá nas pontas dos pés.

Papai e Madame Daisy — a mulher que não apenas é nossa governanta e administradora da casa, mas também o mais próximo que tenho de uma mãe —, ainda estão acordados, discutindo diante da lareira. Permaneço escutando escondida atrás das escadas de madeira, intrigada. Eles não costumam conversar tão tarde da noite.

Amor e Liberdade [DISPONÍVEL ATÉ 12/07]Onde histórias criam vida. Descubra agora