Algumas poucas horas se passaram depois de tudo aquilo. A jovem mente de Cassie estava fervilhando preocupação. Carter havia deixado a esposa gravida de seu primeiro filho, a jovem tenente se sentia terrível, fraca, inútil... Sentia como se não fosse boa o suficiente para estar ali. Talvez não fosse realmente boa mesmo.
O jato pousou no heliporto da BSAA, após alguns horas de voo. Christopher, o capitão, desceu primeiro e auxiliou todos os seus soldados na descida. Quando a Tenente Morgan finalmente desceu, ele a olhou e suspirou._Vem, precisamos conversar..._ Chris disse meio relutante, ele sabia que tinha ter um papo sério com Cassandra. Naquele momento, eles não eram amigos. Era um dialogo de um tenente e seu superior. _Sabe que eu não gosto de enrolação. Então, quero você fora desse caso. Você é uma ótima agente, Morgan, mas você é... Jovem. Parece não entender com o que estamos lidando por aqui, isso não é postura que um tenente deve ter.
O que ela ia dizer? O olhar de Christopher era quase fuzilante, pesado... Frio. Talvez esse trabalho necessitasse disso. Frieza. Cassie sabia também, que seu capitão preocupava-se muito com o bem estar de seus companheiros de farda.
Ainda tremula pelos acontecimentos, a atual ex-tenente, tirou seu distintivo do cós da calça e o entregou na mão de Chris. Finalmente, seus olhos voltaram-se para os dele. Ela se sentiu intimidada._Eu vou te pedir uma última coisa._ Ela suspirou, olhou seu capitão. Seus olhos estavam cheios de lagrimas. Tudo tinha sido tão... Real. Real até demais. _Eu quero levar os pertences para a viúva. A última coisa que ela precisa é da frieza de um agente com mais "postura" do que eu.
Chris coçou seus olhos com o polegar e o indicador. Ele sabia que Cassandra tinha razão sobre isso, a última coisa que uma viúva precisava era a frieza de um militar. _Beleza, faça como quiser. Vamos só entregar as amostras para a Rebecca, ok? Depois de fechar esses ferimentos e limpar essa cara, você faz o que quiser._
_Valeu..._ A jovem disse começando a dar alguns passos curtos, rumo a ponte que dava acesso aos elevadores da BSAA. Seus passos cambaleantes e frágeis chamaram a atenção de Chris, que foi a ajudar.
_Vem, Mackenzie. Eu te ajudo._ O rapaz caminhou até ela, passando o braço da garota ao redor de seu ombro e a mão pela cintura dela. Obvio que ele precisou se abaixar um pouco para que conseguisse ajudá-la. _Tire uns dias pra você, ok?_
Com cuidado e passos lentos, Chris conseguiu levar Cassandra até o laboratório, no qual Rebecca estava. Sem perder tempo, o capitão Redfield, entregou as amostras do vírus nas mãos da doutora Chambers.
A mesma colocou sob cuidados da equipe de cientistas da BSAA, os mesmos estão reesposáveis por descobrir uma forma de deter aquilo, mas também saber do que o aquilo era formado. De uma coisa o Chris tinha certeza, existia traços do T-Virus por ali._Como você pode ter tanta certeza disso, Chris? Existiu algo familiar nessa missão?_ Rebecca perguntou enquanto higienizava os ferimentos de Cassie, nada passava de alguns arranhões. Alguns profundos, mas a jovem ficaria bem.
_Aquelas coisas... Com línguas enormes e cérebros expostos. Aquelas coisas nojentas foi criação do resultado do T-vírus, não é? Então, pra mim é uma grande familiaridade. _Redfield disse, enquanto se sentava num banquinho ali perto. Seus olhos se estreitaram na porta quando ele ouviu passos. A porta foi aberta quase de forma instantânea, revelando ser Jill Valentine.
_O que é familiar?_ A mulher pergunta enquanto entra na sala e fecha a porta atrás se si. Ela carregava um buquê de flores. Tulipas mais especificamente. No meio do buquê, existia uma carta, que no mínimo devia ser romântica. Chris arqueou as sobrancelhas quando viu Jill carregando aquele buquê.
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Resident Evil: WORM PROJECT.
HorrorAté que ponto pode-se chegar a ganância humana? Talvez seja suficientemente alta para destruir pessoas, famílias, mentes e até nações inteiras. Mas qual o motivo por trás de toda essa destruição? Entre todos os possíveis, podemos afirmar que o mais...