A COR DA INSUFICIÊNCIA.𖧧
𖥧12 de julho de 2018(manhã)
"ᴜᵐᵃ ᵖʳᵒᶠᵉˢˢᵒʳᵃ ᵈᵉ ᶠⁱˡᵒˢᵒᶠⁱᵃ ˡᵉᵘ ᴋᵃⁿᵗ ᵗᵒᵈᵃˢ ᵃˢ ᵗᵉʳᶜ̧ᵃˢ ᵃ ⁿᵒⁱᵗᵉ
ᴇⁿᵠᵘᵃⁿᵗᵒ ᵉᵘ ᵃᵗʳᵃᵛᵉˢˢᵃᵛᵃ ᵒ ᵐᵃʳ ᵈᵉ ˢᵒⁿᵒ ˡᵃᵗᵉⁿᵗᵉ.„"Seungmin, o que é a vida?"
մma professora de filosofia me perguntou no turno da tarde durante sua aula a alguns anos atrás. Infelizmente foi uma pergunta que eu não soube responder e, até hoje, essa pergunta me persegue para todos os lugares que ando e já andei. Alguém, em algum momento encaixado na minha vida, me disse que há questões na vida que nos perseguem até que descubramos a resposta. Comparou com a lua que corre atrás de nós durante a noite; mas realmente me pergunto porque uma questão tão complicada e, por vezes, tão dolorosa, precisa tanto que logo eu descubra a resposta. Por que eu, afinal?
Ouço aquela voz calma e tipicamente aguda todas as manhãs, durante a madrugada, rouca, ela grita nos meus ouvidos consecutivamente. Nada respondo. Meu instinto é ignorar as questões da vida, guardar tudo que há em mim, até que um dia, todo o meu ser se exploda e pinte as paredes do meu quarto de vermelho e azul.
Azul. Odeio azul.
Azul é a cor da confiança, da harmonia, mas alguém também decidiu que seria a cor da solidão, da melancolia e da frieza. Como pode algo tão desonesto consigo mesmo ser levado a sério? E logo essa é a cor que me cerca.
Mas dizer "Odeio tudo ao meu redor!" não soa egoísmo? Evito tanto a frase, mas por muitas e diversas vezes eu realmente... Realmente...
Por isso prefiro guardar os meus sentimentos apenas para mim; meus sentimentos. Decido então continuar odiando o azul com tanta fé que me torna crente de que reconheço nossa viés semelhança.
Eu sei que soa chato e negativo falar sobre ódio logo pela manhã, não batendo nem 7 horas no relógio, mas listar coisas que você não gosta é uma parte crucial na vida de um pessimista. E este que vos fala é um pessimista nato.
Não por opção, se assim você pensa. Foi simplesmente a vida que tive, meus relacionamentos familiares, românticos. Tudo contribuiu para o nascimento deste eu - inamável pelos outros. Poderia ser diferente, no entanto, não foi, não é e não vai ser. Só há uma coisa que posso fazer e ainda que odeie, estou aqui, fazendo e sendo.
Estou encarando o teto forrado de um quarto mal iluminado por mais de mil segundos, apenas pensando - ou talvez não realmente estivesse. É que meu relógio marca seis da manhã, mas a um segundo atrás eram apenas cinco horas. Minha cabeça dói porque é como se o dia nascesse quando fecho os olhos. O que vai acontecer se dormir mais do que devia? E se eu perder a hora? Instintivamente me mantenho acordado entre cochilos para não me perder. Se me perco entre os sonhos, em meus pesadelos meu teto desaba e engole tudo o que tenho.
Entretanto, ainda que meu corpo quase entre em combustão por tanto sentimento, pensamento, emoção e sensação, eu ainda estou aqui, existindo em mim, prestes a abrir a janela do segundo andar e dar de cara com uma cidade pouco popular e que abriga gerações.
Ainda que pense mais do que devia, meus pés se encontram colados no chão gelado do quarto. A claridade de fora invade o cômodo com toda a minha permissão, revelando até mesmo para mim, que vivo a maior parte do tempo no escuro, as pilhas de papéis que acumulava. Vários papéis e todos cheios de algo. Estava com pouco tempo para, finalmente, dá-los um fim, então mais uma vez os chutei para o canto do quarto. Outro dia, outra hora.

VOCÊ ESTÁ LENDO
𓇢ᴜɴɪᴠᴇʀ-sᴇ̈: ᵒˡʰᵒˢ ᶜⁱⁿᵉᵐᵃᵗᵒᵍʳᵃ́ᶠⁱᶜᵒˢ 𓆸 ── chanmin
Fanfiction˚ ༘ 🌊𖦹⋆。˚ 𝘚𝘦𝘯𝘴𝘢𝘤̧𝘰̃𝘦𝘴 𝘥𝘦 𝘴𝘦𝘯𝘵𝘪𝘳 𝘯𝘢 𝘱𝘦𝘭𝘦 𝘮𝘦𝘮𝘰𝘳𝘢́𝘷𝘦𝘭 𝘦 𝘦𝘵𝘦𝘳𝘯𝘰 𝘵𝘰𝘲𝘶𝘦 𝘥𝘦 𝘢𝘮𝘰𝘳, 𝘥𝘦𝘴𝘦𝘫𝘰 𝘥𝘦 𝘴𝘦𝘯𝘵𝘪𝘳 𝘴𝘦𝘯𝘴𝘢𝘤̧𝘰̃𝘦𝘴 𝘥𝘦 𝘭𝘦𝘮𝘣𝘳𝘢𝘯𝘤̧𝘢𝘴 𝘢 𝘴𝘦𝘳𝘦𝘮 𝘭𝘦𝘮𝘣𝘳𝘢𝘥𝘢𝘴. ₊❏❜ ⋮[🐟...