"Se eu ganho um beijo seu eu vou até o céu." - Falando Segredo
Eu amava a sexta-feira, era o começo do meu descanso depois de uma semana árdua de trabalho e estudo, toda sexta eu e meus amigos da faculdade assim que acabava a aula íamos para um barzinho tomar um geladas e dançar um pouco ao som de pagode e funk, eu amava, amava sair, curtir e aproveitar a vida, converso com Sarah falando um pouco mais alto que o normal devido ao barulho, estávamos combinando de ir a praia amanhã e depois ir almoçar em uma restaurante na Rocinha, um lugar que tinha uma vista linda.
-Dizem que a comida de lá também é muito boa. -Ela comenta, falando perto do meu ouvido.
-Sim, o Diego também vai? -Pergunto, Diego é um ficante de Sarah, mas eles vivem em pé de guerra então era difícil saber quando os dois estavam bem. Sarah revira os olhos.
-Eu acho que não, você acredita que ontem ele brigou comigo por causa do Alexandre? -Soltei um risinho, Alexandre era nosso colega de turma, um homem muito bonito porém muito gay também.
O grupo de pagode volta do intervalo e começa a tocar um dos meus pagodes favoritos. Eu me levanto, ficando em pé e Sarah me acompanha, começo a sambar e cantar alto.
-Aquele homem não tira o olho de você. -Sarah diz no meu ouvido apontando com o olhar uma mesa no canto, meus olhos recaem sobre o homem sentado com os olhos cravados em mim, os cabelos negros combinava com os olhos escuros, ele usa uma camisa social azul com jeans, ele é muito bonito, provavelmente bem mais velho que eu, mas como dizem, panela velha é que faz comida boa, certo? O encarei de volta, mostrando claro que o interesse era recíproco, ele levanta o copo de chopp em uma saudação, eu retribuo e lhe lanço um sorriso, então ele se levanta, de repente começo a ficar nervosa, apesar de ser nova eu era muito boa em flertes mas sempre fiquei com meninos da minha idade, e de repente um homem experiente poderia me achar uma tola. Ele chega perto o suficiente.
-Boa noite, dança comigo? -Sua voz é grossa, e puta que pariu, posso jurar que um arrepio atravessou a minha espinha.
-Danço. -Respondo, ele segura a minha mão e me leva ao centro da pista, sua mão segura firme minha cintura, apesar de não ter muito Molejo ele sabe exatamente o que está fazendo, posso sentir seu cheiro, um perfume masculino amadeirado e um cheiro de hortelã, meu Deus já quero beijar esse homem, aqui e agora. -Você vem sempre aqui?
-Isso foi uma cantada? -Ele da um sorriso de canto depois que responde, sorrio.
-Não verdade não, é que estou sempre aqui, estudo aqui do lado e nunca te vi por aqui.
-Na verdade devido ao meu trabalho nunca tenho tempo nem cabeça pra sair, mas meus colegas de trabalho me arrastaram hoje, e graças a Deus eles fizeram isso pois desde que eu cheguei não tirei os olhos de você. -Ele diz bem no pé do meu ouvido, abro um sorriso, ele estava totalmente em modo ataque, e eu não podia negar, estava funcionando.
-E qual é o seu trabalho? -Pergunto descontraída, sua postura imediatamente ficou rígida, deve ser um trabalho cansativo.
-Sou funcionário público e você, o que estuda? -Percebo que ele não quer falar de trabalho e eu não vou insistir.
-Jornalismo. Qual é o seu nome mesmo? -Estavamos conversando a alguns minutos e não sabíamos os nomes um do outro.
-Roberto, mas pode me chamar de Beto e perdoa minha falta de educação por não ter perguntado seu nome mas desde que te vi eu só penso em uma coisa. -Dou um sorriso e chego bem perto do seu ouvido, também iria assumir minha posição de ataque, o cheiro e a voz daquele homem estava me deixando louca.
-Me chamo Ariel. E o que você tanto pensa desde que chegou? -Ele arqueia uma sobrancelha.
-Nisso aqui. -Ele diz já pegando a minha nuca e colando nossos lábios, sua língua adentra a minha boca pedindo passagem, nossas bocas se exploram avidamente, sua outra mão segurava firme a minha cintura, a sensação que eu tinha é que só tinha nós dois ali. O beijo foi cessado com um selinho demorado.
-Tenho ser honesto com você, queria levar você daqui agora. -Resolvo ser irresponsável uma vez na vida.
-E porque não leva?
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NA MIRA DO CAVEIRA
Fanfiction20 anos e uma vida completamente diferente é o que separa o capitão do BOPE Roberto Nascimento de Ariel Castilho uma estudante de Jornalismo de uma instituição federal. Eles são opostos em tudo, mas o destino é brincalhão e tratou de unir os dois...