Clima gelado, cheiro de cigarro barato, misturado com bebidas alcoólicas e suor. Cheiro de amor antigo. Pessoas dançado na pista como se o amanhã não existisse, outras se agarrando aos cantos.
Pj e Bobby estão sumidos a pelo menos meia hora. A última vez que os vi eles estavam bolando uns beck's e bebendo. Estou sozinho encostado na parede, enquanto fumava, com a lata de cerveja na outra mão.
Estou vendo Bradley do outro lado do salão, flertando com uma garota aleatória. Estavam se beijando e só parando para respirar. As mãos de Bradley na cintura da menina e apertando-a.
Engraçado pensar que antes era eu no lugar dela.
Nós éramos amantes. Grandes amantes.
Bradley vai embora, acabando seu ano de faculdade e sendo obrigado por seu pai, a sair da cidade. Não queríamos que isso nos afetasse tanto, então separamos e decidimos nos afastarmos.
Quer dizer, ele decidiu.
Eu não conseguia. Não aguentava ficar longe dele. Passar por ele e ser ignorado. Conversar por olhares de segundos.
Não aguentava ficar ali observando tudo isso. Terminei meu cigarro fui para o lado de fora, precisava respirar um pouco e tirar essas cenas da minha cabeça.
Acendi outro cigarro, agitando minhas pernas ansiosamente no chão. Olhando para lua e pensando o que fiz para aguentar isso.
Foi quando ouvi uma voz familiar, ecoando pelo espaço quase vazio, pois maioria das pessoas estavam no salão.
Ele sempre teve uma voz atraente, quando falava calmo assim, sempre batia um tesão. Não que agora fosse diferente.
-Esse é seu problema.- Diz sentando ao meu lado, o cheiro de álcool subindo a medida que se aproximava. Sua blusa amarrotada de agora pouco e sua boca inchada. - Ao invés de fazer algo ou arrumar alguém, você fica aos cantos sofrendo.
-Só cala a boca, que você é a única culpa pela minha situação. - digo dando um longo trago no cigarro, soltando a fumaça lentamente. Conseguia sentir os olhos azuis pregados em mim.
Queria um trago dele.
-E você queria que eu fizesse o quê? Íamos ficar juntos até meu último dia, para a despedida ser mais dolorosa?- Diz sarcasticamente. - Você sabe que não posso contrariar meu pai, Max. Eu te amo, mas não podemos mais.
-Fodasse seu pai cara, ou essa mudança idiota. Eu queria que você não tivesse me ignorado todo esse tempo. Esse é seu último dia aqui, e só está conversando comigo por que está bêbado.- Digo com raiva, meus olhos marejados com essa conversa. -Nem pra dar uma despedida decente você está fazendo.
Sinto uma curiosidade em seus olhos após a última fala, junto com um suspiro de tristeza.
-Quer uma despedida decente?- Seus olhos brilham enquanto me olha, sua voz baixa -Essa parte não é difícil, eu só quero me acertar com você e pedir perdão por toda dor que te causei. Nunca quis isso para você.
- Eu só queria você de volta de mim. - Estou olhando em seus olhos, acho que estou chorando, mas não ligo. Eu só queria essa conversa e a tal da despedida.
Foi se aproximando lentamente, suas mãos apoiando-se em meus ombros, subindo ate minha nuca, sorriu tristemente sussurando um "desculpa".
Foi quando uniu nossos lábios num beijo. Nossos arrependimentos e dores sendo depositados num único beijo. O beijo molhado pelas lágrimas, foi secando com o vento da madrugada.
A intensidade foi tomando conta da tristeza, não havia mais dor ali, somente tesão que havia se acumulado nesse tempo que nos separamos.
Acho que perdi a conta do quanto eu já bebi, mas sei que sóbrio eu não devo estar.
Até por que se estivesse, acho que Bradley não estaria por cima de mim nesse exato momento.
Já estava com as pernas abertas, com ele no meio delas. Minhas mãos estavam firmes em sua cintura, fazendo ele se mexer em meu quadril.
Paramos para respirar um pouco, seus olhos recém abertos me perfurando, me fazendo tremer inteiro.
Quando ouvimos vozes, percebemos que ainda estávamos num lugar muito exposto. Só nos levantamos depressa e fomos ao dormitório de Bradley, já que era o mais próximo de nós.
O caminho foi um tormento, com a tensão palpável e respirações pesadas. Sentia que nesse momento que não estávamos agarrados, ambos estavam corados ao raciocinar o que havia acontecido.
O que não durou muito, por que quando chegamos voltou a mesma intensidade de antes. Bradley foi me empurrando até sua cama, ele estava em meu colo, sua boca atacando a minha, nossas línguas se entrelaçando. Minha boca ia descendo por seu maxilar e pescoço, enquanto minhas mãos desabotoavam sua camisa social azul. A medida que a camisa ia se abrindo, os beijos iam descendo. Eu apenas o empurrei na cama, com as costas batendo com tudo nela, enquanto e suas mãos agarrando meu cabelo e nuca.
Com a camisa totalmente aberta, eu tirei ela e apertei seus músculos, agora visíveis. Podia falar o que quisesse de Bradley, menos que ele não tinha um corpo bonito. Seu cabelo loiro dava um contraste com sua pele bronzeada, que o deixava um bênção.
Continuei meu beijos, lambendo e pressionando seus mamilos, chupando e marcando sua pele. Minha mão descia até sua calça, abrindo o botão e logo após o zíper.
Parei cara a cara com sua ereção evidente, erguendo os olhos, encarando seu rosto.
- Parou porque, porra?- Bradley pergunta, com sua voz manhosa, erguendo seu rosto para me encarar ali em baixo, e apoiando-se nos cotovelos.
- Só vou continuar se você me pedir, Brad.- Minha mão estava na barra de sua cueca, descendo e deixando seu pau a mostra. -Ce' sabe que amo fuder contigo. Mas quero ver você pedir.
-Max, pelo amor de Deus, ou você me fode ou eu te expulso daqui.- Sua voz suplicante ecoando pelo quarto, deixando um sorriso aparecer em meus lábios.
- Como quiser meu amor. - Digo abaixando sua calça e roupa íntima ao mesmo tempo, sem tempo a perder, já colocando minha boca em seu belo pau. Meus piercings subiam e desciam, chupando e o saciando.
Já vivi entre coxas e curvas, entrando e dedilhando, dedicando, transando e chupando, Mas com nunca com a mesma emoção que tenho com Bradley. Com ele sempre pareceu mais certo, e até mais prazeroso.
Mas nesse exato momento eu posso dizer, eu fiz a melhor noite de nossas vidas.
Fuder com a noção de uma última noite, me esforçando para que nenhum outro faça igual. Ou se compare a mim.
Eu entro nele, alívio o estresse e deixo o prazer nos domar. A sensação de chapado que ele me dá pós foda, não tem igual.
Acabamos, e nos deitamos, olhando um para o outro num silêncio confortável.
Nós sabíamos o que aconteceria pela manhã, que isso seria só uma lembrança para ambos.
Sabíamos que isso foi um presente de despedida.
Mas não queria saber disso agora. queria olhar para esse garoto e pensar que talvez um dia nós iríamos nos encontrar novamente, e ser um casal finalmente. Sem um pai chato para encomodar ou um destino cruel.
Quem sabe um dia.

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A Última Noite // Maxley.
Fanfic"Me chupe como se fosse a última noite". Bradley Uppercrust III terminou a faculdade e se mudará por causa de seu pai. Max não consegue entender a ideia. Ele só queria Brad de volta. ONESHOT MAXLEY