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Izzie Lightwood point of view.
O Instituto estava fervilhando com o caos de sempre. Caçadores de Sombras treinando, Clary e Jace discutindo sobre algo trivial, e Alec, meu irmão sempre estoico, concentrado nos relatórios da missão mais recente. Eu, no entanto, tinha meus olhos fixos em algo – ou melhor, alguém – muito mais intrigante.
- Izzie, você pode me passar a lâmina serafim? — A voz de Clary me tirou dos meus pensamentos.
— Claro, Clary — respondi, entregando-lhe a arma. Mas meus olhos voltaram para a entrada, esperando por ela.
E então ela entrou. Sn. Mesmo no mar de guerreiros vestidos de couro, ela se destacava. Sua presença chamava atenção, sua confiança irradiando como o sol. Eu me peguei sorrindo enquanto ela se aproximava.
— Oi, Izzie — ela cumprimentou, sua voz como uma melodia que eu nunca me cansaria de ouvir.
— Oi, SN — respondi, tentando soar casual. — Pronta para o treino? —
Ela assentiu, seus olhos brilhando com malícia.
— Sempre. Vamos ver se você consegue me acompanhar hoje.
Eu ri, o som leve e genuíno.
— Ah, é um desafio. —
Sn point of view.
Treinar com Izzie era como dançar com fogo. Ela era feroz, focada e completamente cativante. Enquanto lutávamos, nossos movimentos sincronizados de uma maneira que parecia quase mágica. Cada golpe, cada bloqueio era uma conversa entre nossos corpos, e eu não podia deixar de me sentir mesmerizada.
— Você está melhorando — Izzie disse, ligeiramente sem fôlego enquanto pausávamos por um momento.
Eu sorri, limpando o suor da testa.
— Eu tenho uma ótima professora. —
Ela revirou os olhos de brincadeira.
— Elogios não vão te levar a lugar nenhum, Sn. —
— Quem disse que eu estava elogiando? — retruquei, meu tom provocativo.
A risada dela ecoou na sala de treinamento, e eu senti um calor se espalhar por mim. Era aqui que eu queria estar – ao lado dela, lutando e rindo, me sentindo viva.
Izzie Lightwood point of view.
Mais tarde naquela noite, eu me peguei vagando pelos corredores do Instituto, minha mente flutuando até SN. Ela tinha uma maneira de me atingir, me fazendo sentir coisas que eu não sentia há muito tempo. Quando virei uma esquina, quase colidi com ela.
— Izzie — ela disse, surpresa, mas sorrindo.
— Sn — respondi, meu coração acelerando. — Não conseguiu dormir? —
Ela balançou a cabeça. — Muitas coisas na minha mente. E você? —
Eu assenti, decidindo dar um salto.
— Quer conversar sobre isso? Meu quarto é logo ali. —
Ela olhou para mim, seus olhos procurando os meus por um momento antes de assentir.
— Eu gostaria. —
No meu quarto, sentamos na beira da cama, o silêncio entre nós confortável, mas carregado de palavras não ditas. Finalmente, Sn quebrou o silêncio.
— Izzie, tem algo que eu preciso te dizer — ela começou, sua voz suave.
Eu me virei para ela, meu coração batendo forte.
— O que é? —
Ela respirou fundo, seu olhar firme.
— Eu acho que tenho sentimentos por você. —
Sn point of view
O ar parecia elétrico enquanto Izzie me olhava, seus olhos arregalados de surpresa. Por um momento, temi ter interpretado tudo errado, mas então ela sorriu, e o mundo pareceu se ajeitar.
— Eu também tenho sentido o mesmo — ela admitiu, sua voz mal acima de um sussurro.
Alívio e alegria surgiram em mim, e eu estendi a mão para pegar a dela.
— E agora, o que fazemos? —
Ela apertou minha mão, seus olhos brilhando de determinação.
— Nós vamos devagar. Juntas. —
Enquanto a primeira luz do amanhecer começava a filtrar pela janela, Izzie se inclinou, seus lábios roçando os meus em um beijo que parecia uma promessa. Uma promessa de novos começos, de enfrentar qualquer sombra que estivesse à frente, juntas.
E naquele momento, eu soube que, não importando os desafios que enfrentássemos, enquanto tivéssemos uma à outra, poderíamos conquistar qualquer coisa.
