𝐀𝐦𝐨𝐫 𝐚 𝐩𝐫𝐢𝐦𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐚𝐣𝐮𝐝𝐚

𝐒𝐢𝐧𝐠𝐥𝐞 𝐜𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫

O dia começou animado na casa de Jeff e Barcode. Ambos acordaram mais cedo, devido às visitas que estavam em sua casa há quase três dias. Os pais de Barcode, sogros do Jeff.

Isara e Nack, pais do Code, moram em Pernambuco atualmente. Sempre que podem viajam até Porto Seguro, na Bahia, para ver como seu filho está vivendo.

Jeff e Barcode são casados há 3 anos, mas juntos no total de 8 anos. Se conheceram de uma maneira inusitada, no Carnaval de Salvador. O Satur dormia na beira da calçada, após dias e dias de folia. Barcode, que estava com os amigos, já ébrio, decidiu ajudá-lo, pois pensou ser um morador de rua.

Recordando, voltando há oito anos. Code sentou-se ao lado do homem de corte undercut, ele estava vestindo em uma calça branca, os botões de sua camisa aberta e alguns arranhões.

Barcode chorou, emocionado. Ele refletiu na maneira em como ele gastou tanto em bebidas, em roupas e passagens, enquanto havia ali uma pessoa em estado de rua. O Tinnasit ficou ali por horas, até que o homem finalmente acordasse. Quando o homem acordou, ainda meio bêbado e zonzo, riu do garoto que chorava incessantemente ao seu lado. E quando o contou que não era morador de rua, e sim um sem-vergonha que não aguentou chegar no hotel por estar fraco e bêbado, foi o ápice para Code, que o xingou todinho.

Dali surgiu uma amizade, que após meses, se tornou algo mais intenso, até que se oficializou. Os pais do Barcode não aceitaram Jeff tão rápido, eles não gostavam tanto do genro, pelo simples fato, de ele ser pior que o seu filho. E isso ainda não mudou.

Jeff que, quando ainda estava começando o relacionamento com o Barcode, morava no extremo sul, enquanto o Tinnasit morava em Salvador, começando a faculdade de letras. E como o Satur só estava de férias na capital, e teria que voltar brevemente para Porto, decidiu jogar as coisas para o ar. Vivendo alguns anos em Salvador, só para estar próximo ao namorado. Durante esses longos anos, eles fizeram bastante amizades, conheceram pessoas novas e apenas deixaram as coisas fluir naturalmente.

Barcode, que antes era uma pouco inquieto, vivia em festas com os amigos, sossegou, logo após o Satur entrar em sua vida. Diferente do outro, que vivia na gandaia. Tanto que Code já cansou de ir buscar Jeff tarde da noite nos bares das esquinas em Salvador. E isso também não mudou.

Quando finalmente se casaram, eles se mudaram para Porto Seguro. A atual cidade em que eles moram juntos há 3 anos.

Agora, eles estavam preparando o café da manhã, enquanto os pais do mais novo dormiam. Aproveitando o tempinho para eles.

A mãe do Jeff, mora na casa ao lado, por isso há um som nas alturas às 8h da manhã, tocando Silvano Salles. Pranee, mãe do Jeff, é fanática. Nada diferente do filho.

— A sua mãe hoje está animada... —Barcode murmurou, então se desvencilhava do aperto do marido.

— Achei até estranho, acredita? — O mais velho murmurou, sentando-se à mesa, juntando-se com o esposo.

Não demorou tanto para que Nack e Isara aparecessem ali, juntando-se com eles, para um café da manhã.

Nack sempre bem-humorado, sempre olhando o genro com todo amor, para não dizer o contrário. Pelo fato, de que, o marido de seu filho, está bebendo cerveja no café da manhã.

— Você não cansa não? Imagina se você morre por cirrose? — Nack indaga, e o Satur rir, batendo o copo americano na mesa.

— Se morrer, nós enterramos, né mesmo? — Jeff rebate, e o seu marido, dá-lhe um chute em sua perna por debaixo da mesa.

— Eu não dou um tostão para o seu caixão, desgraçado! — O pai do Code diz, e seu filho suspira.

É sempre isso.