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Lorena

Hoje era o churrasco no morro vizinho e eu já tava com uma saia, um cropedd e um tênis com o cabelo em um rabo de cavalo meio solto, Rio tá calor.

— Aí patroa, vamo embora? – encaro orochi, e Lara só olhava.

— Já foi se fuder? – entro no carro — Se as vizinhas tivessem escutado eu com toda certeza tava ferrada, imagina as baranga tudo atrás de mim por pouca coisa.

— Amiga o ret já deixou avisado pra todo mundo que tu tá no nome dele –Lara me joga uma bala —vai que você consegue pegar alguém de lá.

— Qualquer coisa eu não sei de nada – orochi entra na conversa — ele me atravessa na bala.

Ao pisar no morro vizinho eu já tava me sentindo uma completa estranha, os cara já encarava o carro como se fosse o próprio carro de polícia, orochi por outro lado tava com a cabeça pra fora cumprimentando algum.

Encaro a moto da BMW parada em frente a casa do tal do peixe, pô tô nem acreditando que o safado do Filipe tinha brotado até no outro morro, esse viado.

— Deu ruim Lore, patrão colou também – encarava a moto.

— Aí Lorena, sai dessa depressão, as vezes nem é dele.

— Pô minha loira, olha a placa como tá pra cima da luz, a moto tá a cara dos grau que o ret dá – orochi agarra Lara.

— Que ótimo, tava tudo tão bem.

Entramos na casa e logo fomos recebidas pela fiel do Peixe, uma tal de Renata mulher super simpática e simples.

— Fiquei sabendo que tu é a nova namorada do Ret – olha pra mim com um sorriso e Lara já olhava toda coisada.

— Olha pra falar a verdade eu nem sei dessa ideia aí não – sorrio pra ela.

— Entendo, vem vamos! – acompanha a gente até a área do churrasco e de cara o abençoado tava ali.

Filipe vem na minha direção e me da um selinho me fazendo olhar pra todos os lados, safado.

— Que isso cara? vão achar que eu namoro com tu, olhas os ideias Ret.

— Acalma aí morena, tô fitando você de longe, da mancada não se não vou ter que meter o louco.

Quero minha casa. Procuro Lara por todo lado e vejo ela sentada com uma ruiva e mais algumas mulheres, me aproximo pra não ficar tão antissocial assim.

— Falando nela – encaro Lara —Tamo falando em dar um giro de moto aqui no morro do Peixe pra conhecer, e a Renata pediu pra comprar uns bagulho ali na venda de baixo.

— Irmã eu nem tenho moto, tu sabe disso – pego um pedaço de carne.

— Pô Ret veio de moto, vai pedir ele mana, tá na cara que ele vai emprestar tu, as vezes a gente leva eles também uai.

Renata fala me fazendo olhar pra ele que olhava pra cá junto com orochi e Peixe, dou de ombros e vou pra mesa dele.

— Tem como você fazer um favor pra mim?

Filipe me olha estranho.

— Depende do que eu ganho em troca.

— Deixa, não quero mais!

Me viro puta pra sair e ele segura meu pulso me virando pra trás.

— Solta a voz Lorena.

— Renata chamou a gente pra dar um giro de moto no morro, só que eu não tenho – ia terminar de falar porém ele só jogou a chave pra mim.

— Quebrou pagou viu parceira.

Porra eu tô simplismente com uma moto da BMW na mão, chamo as meninas e vejo Renata entregar uma chave pra Lara, orochi tinha vindo de carro, os meninos tava logo atrás delas.

— Vamo junto com vocês – encaramos eles e Peixe puxa a voz — Tá maluco alguém da em cima de vocês, bora.

Reviramos os olhos, até nisso eles acabam com a diversão. Eu não sabia andar de moto até meus doze anos, com meus quinze eu tava até dando grau e me espatifando no chão por que a moto era pesada pra caralho, era aquela velhinhas saca?

Subo na moto do Filipe e ele sobe atrás, irmão quase que a moto tomba pro lado.

— Tá subindo em cavalo, que isso, se essa moto tombar no chão eu faço tu pagar o concerto.

— Parceira, a moto e minha.

Reviro os olhos e vejo Lara saindo tentando puxar o grau, pô a menina aprendeu junto comigo, Renata saiu na tranquilidade parece que ainda tá aprendendo já que o peixe falava alguma coisa pra ela que só concordava.

— Tu sabe andar né?

Vou nem responder esse ser humano deselegante, acelero a moto ficando do lado da minha loira.

— Tu puxa? – Falo pra Lara e orochi fica encarando.

— Puxa o que parceira? – olha pra mim e cutuca Lara — Vai puxar o que?

Lara quebra de um lado pro outro e puxa a moto pra cima, é possível escutar os gritos do orochi e isso me deixava com uma puta vontade de gravar só que o cara que tava atrás de mim já tava com o celular bem amostra.

— Tá maluca Lara, que palhaçada foi essa? – orochi diz colocando a mão no coração — Quase que eu cai desse caralho, porra, se fuder.

— Tem uma reta ali irmã, vai que é tua Lorena.

— Vai que a tua o caralho viu parceira, se tu cai com essa moto eu nem sei o que eu faço contigo.

— Cê tá com as "D" filho – faço o sinal.

Acelero a moto e começo e logo puxo ela pra cima, Filipe segurava na minha cintura porém logo tira a mão.

— Volta logo porra, olha a descida – abaixo a moto rápido — Tu é uma desgraçada, toma no seu cú.

Paramos do lado do mercadinho e Renata tava só na macha ré de tão devagar que a mulher tá, de longe podia ver peixe puto de raiva.

— Eu não piloto mais essa porra, vai se fuder Matheus!

Jogou a chave da moto pra ele que fechou a cara e logo entrou no mercado comprando as coisa que tinha que comprar, pensa num casal que briga.

— Bora joga essa porra dessa chave também, fica de gracinha mais com a moto não.

Filipe puxa a chave da minha mão e Flávio também já tava com a moto ligada e Lara sentada na garupa puta, acho que brigaram também.

— Não sabe andar na contenção, na disciplina – orochi fala me vendo sentar — Agora fica de mochilinha.



𝐀 𝐦𝐞𝐮 𝐟𝐚𝐯𝐨𝐫 - 𝐅𝐑 (em pausa)Onde histórias criam vida. Descubra agora