MENSAGEM DESTINADA - ABO (Concluída)

Capítulo | 08

Coloquei o telefone sobre a mesa de cabeceira e voltei meu olhar para minha Ômega, observei ela sorrir ainda alisando minha tatuagem, puxei seu corpo deixando ainda mais colado no meu

— Ainda tá me devendo uma resposta - ela falou e beijei a ponta do seu nariz

— É o símbolo da minha máfia - ela se ajeitou na cama colocando uma das suas pernas sobre meu corpo

— Só você tem? - ela me olhou e sorri ao ver seus olhos brilhando

Me agrada o quanto isso não assusta ela, pelo contrário, só faz chamar mais sua atenção, só me faz acreditar ainda mais que aquela mensagem deveria ser destinada para mim mesmo, e o destino se encarregou de que eu lhe encontrasse

— Não, todos os membros e aliados têm, menores, a minha que fica mais visível e maior - ela analisou a tatuagem

— Esse círculo representa o seguimento da máfia? - sorri

— Isso, é um círculo, portanto não tem final, e o lobo representa nós lúpus e a origem da nossa espécie - passei o dedo por suas costas nuas

— Isso é interessante - sua voz saiu falha junto a um bocejo

— Vem dormir anjo - aconcheguei ela no meu corpo - Dorme tranquila que seu Alfa vai cuidar de você

— Boa noite, Josh - ela fechou seus olhinhos

— Boa noite, Any - beijei sua testa vendo ela dar um pequeno sorriso

Logo a respiração da Ômega acalmou e olhei o relógio vendo que era quase uma da manhã, cobri minha Ômega e me levantei sem acordar ela, peguei minha cueca e minha calça e vesti pegando meu celular e saindo do quarto

— Dixon? - falei assim que o Beta atendeu - preciso que olhe a lista que te enviei por mensagem hoje mais cedo e consiga tudo para amanhã cedo

— Certo chefe, já estou com metade da quantidade que me pediu - ele falou enquanto eu descia as escadas - o senhor vai precisar de mais alguma coisa?

— Sim, acrescente na lista um sistema de segurança mais eficiente que o 789hb - falei olhando as câmeras

— Anotado - ele avisou e abri a porta vendo meus seguranças de prontidão

— Providencie um kit de autodefesa discreto e fácil de ser disfarçado - ele concordou e continuei falando o que queria

Assim que terminei parei na janela, vi um carro parar em frente a casa da Any e me dirigi até a porta ao ver o idiota descer do carro, abri a porta vendo ele me encarar assustado

— Achei que tínhamos um acordo - ele se tremeu conforme eu me aproximava

— Tem algumas coisas minhas aqui que eu preciso levar para casa - ele falou mantendo uma distância de mim

— Não precisa se incomodar, amanhã mesmo mando deixar tudo na sua casa - ele olhou para a janela do quarto da Any e em seguida para meu corpo

— Pelo visto ela foi bem mais fácil com você - ele soltou e lhe encarei vendo ele ficar pálido ao notar minha expressão - Digo... er..

Lhe interrompi acertando um soco na sua cara, o que lhe jogou no chão devido a minha força ser superior a ele, me aproximei segurando pelo seu pescoço e lhe levantei vendo ele tentar se soltar

— Volte a querer diminuir minha Ômega que pode ter certeza que não terá mais avisos, já estou sendo bem paciente com você, não queira que eu me arrependa disso - apertei mais seu pescoço

— Baby - ouvi a voz da Any e me virei lhe olhando - Vamos pra cama, está frio - ela se encolheu e olhou para o merda que estava suspenso em minhas mãos

Um olhar frio e vazio, era esse seu olhar para ele, observei ela que vestia só minha camisa, devido ao tamanho parecia tranquilamente um vestido nela, o que lhe deixava adorável, soltei o idiota no chão e ele puxou o ar tentando recuperar o fôlego

— Lembre-se do que eu falei, minha tolerância com você está acabando - encarei ele antes de me virar e ir na direção da minha Ômega - Desculpe Anjo, não queria incomodar seu sono

— Tudo bem, Baby - ela olhou para o cara que nos encarava do seu carro - Acho que ele não acreditou nas suas ameaças

Me virei encarando o alfa que se apressou e entrar no carro e dar partida dali

— Pior pra ele, quanto mais me desobedecer pior vai ser a morte a dele - me virei beijando sua testa - Agora entra, isso não são roupas para estar no meio da rua

Ela se virou e acertei um tapa na sua bunda ouvindo ela dar risada e entrar, observei os arredores e encarei os cantos escuros

— Fiquem de olho, me avisem qualquer coisa - falei para os seguranças e entrei - Anjo

— Tô na cozinha - ouvi sua voz sair do cômodo e caminhei até lá - Quer?

— Por que tem um bolo de chocolate na sua geladeira? - perguntei vendo ela retirar o bolo e colocar na bancada

— As vezes sinto vontade de comer de madrugada, aí sempre peço para a Yonta deixar um pronto - ela pegou dois pratos e partiu nos servindo

— Obrigado - falei enquanto ela se sentava ao meu lado

— Sabe, eu confesso que estou nervosa por amanhã - ela começou e lhe olhei enquanto ela comia o bolo

— Por que? Você é uma estrela para eles, tinha que ter visto a cara deles quando falei que tinha chamado você para a campanha - ela me olhou - Anjo, quero que saiba que está ganhando essa campanha por que realmente gosto do seu trabalho, não por ser minha Ômega, não duvide do seu potencial de merecer essa campanha nem por um minuto - ela sorriu

— É importante para mim saber disso, eu amo meu trabalho e não quero que isso seja um problema, sabemos que os ômegas depois que de casam param com seus trabalho e já adianto que isso não é uma alternativa - sorri

— Acredite, eu agradeço por isso, mas tem algo que eu também não vou abrir mão - ela me olhou - que me deixe cuidar de você

— Mas isso eu faço questão - ela beijou meus lábios em um selinho rápido - É o mínimo

Ela pegou os pratos vazios e os levou até a pia, estendi minha mão para ela e voltamos para o quarto, ela se arrastou para a cama e se deitou se aconchegando nos lençóis, sorri e retirei minha calma me deitando e puxando ela para junto do meu corpo

— Coitado do ser que tentar te fazer algo, não irá sobrar um para contar história - beijei sua testa sentindo seu cheiro doce

Agora sim tenho um motivo para dedicar meu tempo...