O Corvo e o Pavão
Numa floresta distante, viviam muitos pássaros de diferentes espécies. Entre eles, havia um corvo simples e um pavão majestoso. O pavão, com sua plumagem exuberante e cauda colorida, era admirado por todos os outros pássaros, enquanto o corvo, com suas penas negras e simples, passava despercebido na maior parte do tempo.
Certo dia, durante uma festa na floresta, o pavão exibiu suas penas brilhantes e dançou com graciosidade. Os outros pássaros o aplaudiram e o elogiaram pela sua beleza. O corvo, que observava de longe, sentiu-se triste por não poder atrair tanta atenção quanto o pavão.
Decidido a mudar isso, o corvo procurou a águia, a mais sábia de todas as aves, e pediu conselhos. A águia, conhecida por sua visão aguçada e sabedoria, ouviu pacientemente o corvo e disse:
"Corvo, cada pássaro tem sua própria beleza. O pavão encanta com suas penas coloridas, mas você tem a inteligência e a astúcia. Use suas habilidades de forma positiva."
O corvo, mesmo não entendendo completamente o conselho da águia, agradeceu e partiu em busca de uma ideia. Ele observou os outros pássaros e viu que muitos estavam com dificuldade para construir seus ninhos nas árvores altas da floresta.
Decidido a ajudar, o corvo começou a coletar galhos e folhas, construindo ninhos para os pássaros que não conseguiam alcançar os ramos mais altos. Com sua inteligência e agilidade, logo se tornou conhecido como o "corvo construtor de ninhos". Os pássaros começaram a admirar sua habilidade e a valorizar sua presença na floresta.
Enquanto isso, o pavão continuava a exibir sua beleza, mas percebeu que, apesar de todos o admirarem, poucos realmente o conheciam além de sua plumagem. Ele refletiu sobre o corvo e como ele era valorizado por suas ações, não apenas por sua aparência.
Com o tempo, o pavão e o corvo tornaram-se amigos. O pavão aprendeu a valorizar não apenas sua beleza exterior, mas também suas habilidades interiores e como poderia usá-las para ajudar os outros. O corvo, por sua vez, aprendeu que cada pássaro tem seu lugar e sua própria maneira de brilhar na floresta.
E assim, a floresta ficou mais harmoniosa, com pássaros que admiravam uns aos outros não apenas por suas aparências, mas por suas ações e pelo que cada um contribuía para o bem-estar de todos.
Moral da história: A verdadeira beleza está na maneira como usamos nossas habilidades e como tratamos os outros, não apenas na aparência exterior.