Ceder

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Antes da calamidade chegar, Luther, um jovem branco, forte com olhos castanhos e cabelos curtos e escuros, vivia normalmente, pensava nas provas da escola, ajudar seus pais em casa e seu trabalho meio período, como um garoto de 16 anos que ele era, mas mal sabia ele que tudo iria mudar naquele dia.

Era possível saber que algo iria acontecer, os jornais só contavam as notícias em que a violência e a criminalidade tinham crescido sete vezes naquele mês, porém naquela cidade pequena e pacata, ninguém acreditava nas notícias e por isso viviam sua vida normalmente, mas Luther naquela noite, não havia dormido muito bem, sua mente estava confusa e perturbada, e durante o dia inteiro estava com a mente aérea e era difícil se manter focado, durante suas provas, e até no trabalho, ele tentou agir como sempre agiu, com paciência e gentileza e conseguiu durante boa parte de seu dia, e até tirou boas notas nas provas semestrais.

Terminando o trabalho depois da escola, uma bela jovem de corpo escultural e pele parda, o esperava do lado de fora, ela esperava com seus cabelos cacheados e volumosos sobre o vento e o olhava com seus olhos castanhos, aquela era Beatriz, sua amiga de longa data, que sempre o esperava para irem para casa juntos, depois do trabalho, Beatriz percebia que Luther não estava bem:

- Vamos Luther – Diz Beatriz. – Por que está assim?

- Eu estou bem, não é nada – ele responde com um sorriso no rosto.

- Sério?!, você acha que me engana? fala logo Luther, não vou te julgar.

- Vai sim! - ele diz olhando em seus olhos com uma expressão séria.

Beatriz, com pena, se aproxima de Luther, e tenta o abraçar, para confortá-lo:

- Eu te conheço Luther, você é a pessoa mais gentil que conheço, você nunca...

- Tem certeza? - diz Luther a interrompendo – porque eu não.

- Ficou irritado? a gente deveria fazer uma festa! - ele reage com surpresa – você nunca fica irritado, isso me deixa até brava, nunca consigo brigar com você.

Luther sorri de forma genuína pela primeira vez no dia, e assim continua Beatriz, interagindo com ele para melhorar seu ânimo, mas mal sabia, que esse, seria o único momento feliz daquele dia.

Enquanto eles se dirigiam para casa, Beatriz brincava com Luther, relembrando do incidente com a mosca, mas em determinado tempo, enquanto passavam pela ponte ele acaba sentindo um cheiro estranho, ao prestar atenção no cheiro, sua cara se fecha ao mesmo tempo que olha para a fonte do cheiro.

Beatriz, sem entender, tenta dialogar, mas ele sinaliza para que ela se acalme, ela tenta falar com ele, sussurra em seu ouvido, porém, ao tentar ver de sua perspectiva, ela se assusta, ela vê um idoso que se contorcia logo a frente, antes que pudesse expressar qualquer palavra, o senhor grita e corre em direção a eles, Beatriz fecha os olhos por instinto, ela escuta sons estranhos mas continua com os olhos fechados e quando Beatriz toma coragem, ela abre os olhos e logo vê Luther, desferindo golpes no idoso, o idoso tentava atacar literalmente com unhas e dentes, agindo como um animal selvagem, porém, Luther não se intimidava e não era atingido, o que poderia ser uma briga, se torna um massacre, os golpes de Luther eram pesados, precisos e brutais mas mesmo jogando o idoso no chão, o mesmo se levantava rapidamente e o atacava com extrema ferocidade, como se tivesse desesperado, porém, Luther não era atingido de forma alguma até que, em uma dessas investidas, ele desvia do idoso e o impulsiona, o jogando da ponte que eles atravessavam.

Beatriz ficou em choque com a morte daquele idoso, Luther acabava de matar um homem, mas ele não estava preocupado, não havia expressão em seu rosto, somente um olhar cheio de fúria.

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⏰ Última atualização: Jul 18 ⏰

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