[001] - Cisne?

253 21 2
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Abri os olhos lentamente, sentindo a luz suava que entrava pelas janelas

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Abri os olhos lentamente, sentindo a luz suava que entrava pelas janelas. Virando-me na cama, encarei o teto acima, meus olhos ainda se acostumando com a claridade. Dormir ontem foi uma tarefa difícil, eu diria. O colchão parecia ser feito de espinhos, ou talvez, fosse apenas minha mente perturbada não me deixando descansar. Provavelmente a segunda opção, era algo óbvio.

Depois de alguns segundos procastinando, decido levantar, já que não tenho muita opção. Ao menos eu havia conseguido dormir um pouco, Mas consegui. Mesmo sentindo minhas pálpebras cansadas, e meu corpo pedindo por mais algumas horas de sono, eu tinha que avisá-lo que isso não era possível, não agora. Depois de verificar o relógio, e perceber ser ainda 8:20 da manhã, fiquei aliviada. Ainda é cedo.

O chão gelado abaixo dos meus pés é algo torturante até o momento em que calço as pantufas quentinhas e me afasto da cama em direção ao banheiro. Passando pela bancada alguns metros da minha cama, noto algo estranho. Uma pequena caixa preta, decorada com um laço vermelho bordô, minha cor favorita. Ela não estava ali ontem de madrugada quando me deitei, talvez... Quem sabe fosse um presente de Rika?

Não. Me aproximando mais e analisando a caixa pude notar uma pequena palavra gravada no cantinho da tampa, ao lado do laço. Cisne... Cisne? Só uma pessoa me chamava assim... Ele. Não, não podia ter sido ele a entrar aqui enquanto eu dormia. Ou podia?

Desfazendo o laço e abrindo a caixa tive a certeza que foi ele. Uma minúscula pena preta de cisne, ao lado de um pequeno papel, que confesso, não quero ler.
Pegando a caixa com dedos trêmulos, senti o cheiro vindo dela... Era o cheiro do meu perfume favorito, Scandal. Mas quê? Eu tinha absoluta certeza que tinham borrifado perfume naquela caixinha. Tinha o meu cheiro.

Ainda trêmula peguei a pena de cisne, a pena obscura e negra. Senti de novo aquela maldita sensação de estar sendo observada, e deixando a pena, junto da caixa e o papel em cima da bancada, respirei fundo. Talvez fosse algo da minha cabeça? Da minha mente conturbada? Na verdade, eu sabia que não.

Olhando ao redor, percebendo que naquele quarto, eu estava sozinha, tive a certeza que realmente não estou sozinha. Até porque, conheço essa falsa sensação. Sem mais rodeios segurei o pequeno papel entre os dedos, criando coragem para ler o que estava escrito.

 𝗗𝗔𝗥𝗞 𝗙𝗔𝗟𝗟  |  𝗗𝗔𝗠𝗢𝗡 𝗧𝗢𝗥𝗥𝗔𝗡𝗖𝗘Onde histórias criam vida. Descubra agora