*Daniela
29.01.1989 — 13h25 P.M
— Me ajuda aqui, Deka? — gritou Alecsander Alves, mais conhecido como Dinho, ou melhor, como meu irmão. Ele é 3 anos mais velho do que eu, e é um irmão incrível, tirando as brincadeiras de mau gosto dele. Mas mesmo assim, eu o amo.
— Já vou! — dou um grito.
Nós estávamos pegando as caixas do caminhão de mudança, pois tivemos que nos mudar de bairro. Sinceramente, eu não queria de jeito nenhum, mas não tinha muito o que fazer.
Desci as escadas correndo e saí para o lado de fora da casa, onde estava o caminhão. Meu irmão e minha mãe estavam carregando as caixas enquanto o meu pai estava do lado de dentro da casa, analisando o que seria cada cômodo. Nosso vizinho da frente estava nos olhando, era um garoto alto de roupas largas. A porta se abre atrás dele e um outro garoto surge, agora um pouco mais baixo que ele e usava uma regata. Ambos encaravam nossa casa. Eu ignorei e fui até meu irmão.
— Dinho, já tá acabando?
— Tá sim pitchula, só deixa eu pegar as últimas caixas e a gente sobe, beleza?
— Tudo bem então. — pego duas caixas e me viro para caminhar até a porta de casa, mas no meio do caminho, sinto alguém cutucando o meu ombro.
Eu me virei, esperando que fosse Dinho.
— Oi. — era o garoto alto de roupas largas, que estava encarando a casa.
Eu engasguei, não sabia o que dizer nem o que reagir.
— Me desculpa se eu te assustei — ele se afasta um pouco, com uma cara um pouco preocupada.
— Tá… Tá tudo bem! — eu gaguejei — eu só fiquei meio surpresa… pensei que seria meu irmão me cutucando — dou uma risadinha falsa e coloco as caixas no chão.
— Ah, sim! — ele sorri — me desculpa aparecer aqui do nada, sou Samuel, muito prazer. — ele estende a mão.
— Sou Daniela, o prazer é meu. — sorrio sem mostrar os dentes, apertando a mão dele de leve.
— Eu vi um caminhão de mudança na frente da casa de vocês, vocês são novos aqui em Guarulhos?
— Na verdade não, apenas mudamos de bairro.
— Ah, sim… — ele olha para baixo, e depois olha para mim — bom, a gente mora ali na frente, como você já deve imaginar. — ele aponta para a casa da frente — E aquele sentado ali na frente é meu irmão, Sérgio. Qualquer coisa é só bater lá.
— Tudo bem então — dou um sorriso.
Coloco as mãos na cintura, olho para o céu e depois para o chão, pensando em como puxar assunto. Abro a boca para falar, mas Dinho aparece do meu lado com uma caixa, ele coloca a caixa no chão e esfrega as mãos, depois as coloca na cintura.— Quem é? — ele chega perto de mim para falar, sem tirar os olhos de Samuel.
— Sou Samuel, prazer. — ele estende a mão novamente, agora para Dinho.
— Ah, sim. Sou Alecsander, mas pode me chamar de Dinho. — Ele aperta a mão de Samuel.
— Tudo bem então. — ele dá um leve sorriso sem mostrar os dentes — Bom, eu já vou indo agora, se precisarem de algo é só bater lá em casa. — ele acena com a mão e se afasta, ainda com um sorriso no rosto.
Eu encaro Samuel indo até sua casa, ele entra e eu continuo encarando sua casa.
— Bora? — Dinho olha para mim e vai até as caixas
— Bora.
Quebra de tempo.
18h56 P.M
Já era de tarde, perto das sete da noite. Eu estava terminando de arrumar meu quarto, estava passando um pano em minha mesa de estudos para tirar a poeira, quando Samuel veio à minha mente, tem alguma coisa naquele garoto…
— Ele é… diferente. — digo comigo mesma.
— Diferente como? Quem é diferente, Deka? - diz Dinho encostado na porta do meu quarto.
— Dinho!? — me viro rapidamente para encará-lo — Que merda! De onde você surgiu?
Ele ignorou minha pergunta e cruzou os braços, caminhando até mim.
— Quem é diferente?
— Ninguém moleque. Sai do meu quarto, o que você quer aqui?
— Vim encher seu saco.
— Sai daqui. — pego nos ombros dele para virar ele de costas para mim, e o empurro até minha porta.
— Filha da mãe hein... — Dinho resmunga, virando a cabeça para me olhar, e logo em seguida sai andando até seu quarto.
Eu reviro os olhos e dou um pequeno sorriso, andando até a mesa para continuar limpando
***
30.01.1989 — 06h20 A.M
No dia seguinte, acordo com minha mãe me chamando, eu me sento na cama e coço os olhos. Vou até o banheiro para me arrumar para ir a escola e me olho no espelho, estou com muita olheira e meu cabelo está bagunçado. Começo a escovar os dentes ainda sonolenta, termino de escová-los e começo a pentear o cabelo.
— Não vai se atrasar, em? — Dinho aparece na porta do meu quarto.
Tomo um susto e me viro rapidamente para encará-lo.
— Caramba Dinho! Como você chegou aqui do nada?
— Termina logo de se arrumar para a gente não se atrasar. — ele diz indo embora do meu quarto.
Penteei meu cabelo rapidamente e o prendi em um rabo de cavalo, troquei de roupa, calcei o tênis e peguei minha mochila. Desço as escadas correndo para não me atrasar. Era o meu primeiro dia em uma escola nova, eu não podia começar o ano me atrasando.
— Bora Dinho? — eu disse caminhando até a porta de casa, encarando Dinho sentado no sofá da sala com sua mochila em seu colo.
— Bora. — ele pega sua mochila e levanta do sofá.
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Oi! Aqui é a criadora da fanfic. Quero avisá-los que talvez nós iremos demorar um pouco para eu postar o capítulo 2, mas eu prometo que iremos postar! Pretendemos fazer vários capítulos de "Teus Beijos Valem Muito Mais". Enfim, espero que tenham gostado desse capítulo!
Créditos:
Ig.: @lyawrx_ (criadora da fanfic)
Ig.: @fefendxh
Ig.: @chr1sk_00
Ig.: @m4ttwr
Ig.: @b3llwrxPeço desculpas caso tenha erros ortográficos na fanfic.
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Teus Beijos Valem Muito Mais - Samuel Reoli
FanfictionDaniela Alves Leite, irmã mais nova de Alecsander Alves Leite (mais conhecido como Dinho), acaba tendo que se mudar com sua família para outra casa, outra rua, e outro bairro de Guarulhos. Nisso, ela conhece um garoto, Samuel Reis de Oliveira, e seu...