Capítulo 9 - Que Cheiro De Mulher É Esse?

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*Samuel

Cumprimentei meus pais, que sorriram ao me olhar, mas ficaram confusos ao olhar por cima de meu ombro e ver Deka, Dinho e Bento sentados no sofá.

- Quem é? - minha mãe perguntou, se referindo aos 3.

- Bom, aquela é Daniela, ou Deka. - apontei para a mesma, que sorriu para meus pais e acenou - Aquele abraçado nela é Dinho, irmão dela. - apontei para o mesmo que também sorriu - E o japonês é o Alberto, ou Bento. - o japonês sorriu e fez um joinha com a mão.

- Ah, sim! Tudo bem? - ela olhou para mim e depois para os 4 sentados no sofá.

- Tudo sim, mãe. - eu coloquei minha mão em seu ombro.

- Ótimo! - a mesma sorriu - Vou ir fazer o almoço.

- Tá bom - eu sorri e olhei para meu pai, que acenou para os meus amigos com um leve sorriso, e seguiu para a cozinha com minha mãe.

Um tempo se passou e minha mãe havia terminado o almoço, todos nós fomos para a cozinha comer, meu pai estava comendo em pé, enquanto minha mãe parecia pensativa encostada na parede, ao lado de meu pai.

- Quando vocês se conheceram? - a mesma olhou para mim, e depois para Deka, sentada em minha frente.

- Eu e a Deka? - respondi com a boca cheia de comida.

- Vai cuspir comida na Daniela, Samuel! - Sérgio riu enquanto falava.

- A gente se conheceu na escola, faz um tempinho. - disse colocando mais comida na boca.

- Ah, sim. - minha mãe sorriu e olhou para Deka.

- Vocês formam um casal bonito. - meu pai disse olhando para mim e para Deka, que se engasgou na hora.

- Eu concordo com o senhor. - Bento sorriu.

Deka começou a tossir e Dinho começou a bater nas costas dela. Olhei para Sérgio que estava rindo, mas parecia... Nervoso? Preocupado? Era quase impossível entender a expressão dele.

Quebra de tempo.

Já havíamos terminado de comer, depois que meu pai disse aquilo ficou um clima terrível na cozinha, ainda mais com Deka engasgada. Estávamos todos na sala, com um silêncio constrangedor.

- Acho que já vamos, né? - Dinho quebrou o silêncio, se levantando e lançando um olhar para Deka.

- Sim... - ela se levantou e ficou ao lado de Dinho - Muito obrigada pela refeição, agradecemos muito. - ela sorriu para minha mãe e meu pai.

- Por nada, "nora". - minha mãe sorriu - Pode voltar sempre que quiser, tá bom?

- Mãe! - olhei para ela, que riu da minha cara.

- Tá bom, obrigada. - Deka sorriu envergonhada e pegou no braço de seu irmão, o levando até a porta principal.

Eu os acompanhei e abri a porta para os dois.

- Desculpa por... - disse olhando para Deka, que me interrompeu.

- Tudo bem, não se preocupe. - ela sorriu - Aliás, a comida da sua mãe é muito boa.

Eu sorri e abri os braços, esperando que ela me abraçasse, ela chegou perto de mim e passou os braços pela minha nuca, e eu passei meus braços por sua cintura. Puxei ela um pouco mais para perto e pude sentir o cheiro de seu perfume ao encostar meu nariz na curva entre seu pescoço e seu ombro. Ela se soltou e eu me afastei de leve, soltando lentamente meus braços de sua cintura. Olhei para Dinho e apertei sua mão, me afastei dos dois e os observei atravessar a rua e chegar em casa.

Senti alguém cutucar meu ombro, ao olhar para trás vi Bento e Sérgio com um sorriso malicioso no rosto.

- Vão se lascar. - eu saí da porta balançando a cabeça, com um sorriso bobo no rosto.

Ouvi a risada de Sérgio, ele disse algo na qual eu não entendi o que era, mas apenas ignorei e fui para meu quarto. Sentei na cama e comecei a pensar em Deka, eu não sabia exatamente o que eu sentia por ela, mas eu não queria sentir algo a mais, isso estragaria nossa amizade. Eu comecei a sentir o cheiro dela... Porra, até o cheiro dela eu estava sentindo? Eu balancei a cabeça confuso comigo mesmo, olhei para o meu travesseiro e vi algo embaixo dele, tirei ele de cima da cama e arregalei os olhos, Deka havia esquecido a roupa dela em minha casa. Eu lembrei que ela havia deixado sua roupa embaixo de meu travesseiro, para não esquecer em qualquer outro lugar, mas acabou esquecendo mesmo assim. Eu peguei sua roupa e coloquei em meu colo, senti o cheiro dela e não pude deixar de sorrir, acariciei a roupa pensando na mesma... caralho! O que eu estava pensando? Peguei a roupa dela e guardei em um lugar seguro, para entregá-la em qualquer outro dia. Eu tenho que parar de fazer isso, não posso gostar dela.

- Samuel, você... - Sérgio entrou no quarto, tomei um susto ao vê-lo.

- Porra Sérgio! Avisa cara. - coloquei a mão no peito.

- Que cheiro de mulher é esse? - ele entrou no quarto e começou a procurar de onde vinha o cheiro.

- Deka esqueceu a roupa dela aqui. - cocei a nuca.

- Porra... - ele coçou o nariz - onde será que ela compra perfume?

- Pergunta para ela. - coloquei as mãos na cintura

- Vou perguntar depois. - ele brincou - Cara... aquele abraço... - ele se sentou na minha cama e olhou para mim.

- Foi um abraço normal, Sérgio. - revirei os olhos.

- Acho que vocês foram feitos um para o outro - ele sorriu.

- Não viaja cara, somos apenas amigos.

- Você não sente nada por ela, Sam? Porra, eu sou seu irmão cara. - ele colocou a mão no peito, fingindo estar ofendido - Você tinha que me contar essas coisas.

Eu me sentei ao lado dele e comecei a encarar o chão.

- Na verdade, eu não sei o que eu sinto. - suspirei

- Ah, maninho... - ele passou seu braço pelo meu ombro.

- Eu não queria sentir nada por ela, porque nós somos só amigos, mas é meio impossível.

- Eu não acho que ela quer ser só a sua amiga. - ele riu.

- Vai se ferrar. - eu ri junto com ele.

- Porra Samuel. - ele coçou o nariz - Esse quarto vai ficar cheirando a mulher para sempre.

Dei uma risada sincera, era engraçado o Sérgio vendo que nosso quarto estava cheirando a Deka, mas eu precisava devolver a roupa dela.

- Espera aí... - ele franziu o cenho - se a roupa dela tá aqui, ela foi com que roupa para casa?

Nós se olhamos, ela havia ido embora com a minha roupa e ninguém havia percebido.

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Créditos:
Ig.: @lyawrx_ (criadora da fanfic)
Ig.: @fefendxh (criadora da fanfic)
Ig.: @chr1sk_00
Ig.: @m4ttwr
Ig.: @b3llwrx

Peço desculpas caso tenha erros ortográficos na fanfic.

Teus Beijos Valem Muito Mais - Samuel ReoliOnde histórias criam vida. Descubra agora