Noites Cariocas

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Quem um dia irá dizer que não existe razão
Nas coisas feitas pelo coração
E quem me irá dizer que não existe razão”
~Eduardo e Mônica-Legião Urbana

Marina passou a noite se revirando na cama, se perguntando como seria, ansiosa. Na escola, ele não havia contado onde iriam, então a garota tentou criar o mínimo de expectativa possível.

Já eram seis horas da tarde, e Larissa estava na casa de Marina ajudando a mesma com roupa, maquiagem e cabelo.
Se havia uma coisa que Larissa amava fazer era finalizar os cachos de sua amiga, e então esse foi o primeiro passo. Finalizou um por um, os cachos de Marina eram cheios e como não tinham tanto fator de encolhimento, seu cabelo era longo. Larissa escolheu um lindo vestidinho azul, que valorizava seu quadril, sua cintura e fazia parecer que a garota tivesse mais seios do que realmente tinha. Algo bem casual. Era perfeito!

A maquiagem foi algo bem básico, pois a pele de Marina era linda, já que a puberdade não a afetara tanto. Corretivo, blush, iluminador e um gloss para dar vida ao lábios. Calçou sua sandália de salto, a única que tinha.
Quando ficou cara a cara com o espelho nem se reconheceu. Estava diferente, com um ar de apaixonada; olhos brilhando, um sorriso no rosto, tudo o que a Marina de uma semana atrás nunca se tornaria. A tela do celular brilhou, aparecendo uma notificação, era ele.

[Renan: Oi, garota carioca! Estou em frente a portaria de seu prédio, te esperando na carruagem, limousine, enfim...o que você preferir chamar!]

Aquela foi a primeira vez que o coração da garota não reclamou, já que ela tinha absoluta certeza de que era paixão, amor, mesmo que fosse á primeira vista.

Larissa deu um gritinho com a mensagem abraçando a amiga, enquanto o coração de Marina parecia querer parar a qualquer momento, não sabia se era pela euforia ou pelo medo que surgia ao pensar em Renan no carro de seu pai, sem carteira de habilitação, já que ambos tinham apenas dezessete anos.

                          

Não era uma limousine e muito menos uma carruagem

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Não era uma limousine e muito menos uma carruagem...era uma bicicleta! O que fez Marina rir, admirando o esforço de Renan para buscá-la.

—Nem todo príncipe anda de carruagem! A Disney deveria rever os novos príncipes. -Renan disse em um tom irônico de indignação. —Vamos, princesa? -Renan apontou para o pequeno assento atrás da bicicleta.

–Você é maluco. —Disse Marina sem hesitar antes de subir na bicicleta.
Renan riu e partiram para o lugar surpresa.

Conversaram sobre tudo que acontecera durante a semana, as provas que se aproximavam, vestibular, o que queriam para a vida e o monstro do conto de fadas de Marina; o Enem.

Renan deixou a bicicleta bem na frente do lugar, quando Marina se virou ficou surpresa. Eles entraram.

Um barzinho com música ao vivo, era tudo do jeito que Marina gostava; varal de luzes iluminando o ambiente, casais dançando de um lado, amigos rindo. Aquilo era uma noite de sexta feira animada, onde cada um naquele lugar tinha sua história.
A garota não reparou que estava paralisada olhando tudo em sua volta com um sorriso no rosto, era como se a paulista fosse ela. Logo reparou que Renan a encarava.

—Renan isso é...—Começou Marina, mas foi interrompida pelos lábios de Renan.

Renan agarrou a cintura da garota e a trouxe para mais perto. Quando suas línguas se encostaram pela primeira vez, Marina deu um leve sorrisinho, porque já tinha se pegado imaginando como seria beijá-lo. Nunca em milhões de anos imaginou que fosse assim, tão bom.

Tudo só melhorou à medida que a garota foi relaxando. Renan parou por um segundo para olhá-la e depois retornou com um beijo mais intenso. Marina não sabia exatamente por quanto tempo se beijaram, mas foi o bastante para matar a vontade que crescia aos poucos.

—Incrível. -Completou Marina, finalmente.

—A noite está apenas começando, carioca...-Renan disse, enquanto o coração dela ainda estava se recompondo. —Vou pegar algo para você beber...acho que te sequei demais. —Disse rindo, enquanto ia em direção ao barman.

Então, Marina entendeu que as noites cariocas são uma mistura de calor, emoção, sentimentos e sensação, assim como ela e Renan.

                  FIM DO CONTO.

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  Oii, xuxus! Uma pena que acabou, não é? Esse é apenas um conto...quem sabe um dia não transformo em um livro? Hahaha.
Espero que tenham gostado e se apaixonado tanto quanto eu pelo Renan e pela Marina.
Amo muito esses dois!
Esse é meu primeiro conto...e saiu bem melhor do que imaginei🫶🏻
Um beijo, até a próxima leitores!

Mas não desanimem, se chegarmos a 1K desse conto publicarei um capitulo extra da visão do Renan!! hihihi


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